Felicidade no menu: 10 alimentos que combatem a depressão

Uma alimentação equilibrada e saudável não é apenas benéfica para a saúde do corpo. Como aquele antigo ditado já diz, “você é o que você come”. Os alimentos que ingerimos também afetam o nosso emocional. Existem diversos alimentos que combatem a depressão que podemos adicionar ao nosso cardápio diário.

Primeiro, responda as seguintes perguntas. Como é a sua alimentação? Você consome alimentos frescos e naturais ou anda comendo muita comida processada, frituras e doces? Se a resposta da segunda pergunta ficou maior, está na hora de buscar refeições saudáveis. 

Qualidade da alimentação x Saúde mental

Nos últimos anos, dezenas de cientistas e pesquisadores de universidades renomadas se propuseram a estudar a atuação da alimentação no tratamento e prevenção de transtornos mentais. Todavia, para a ciência, é complicado identificar exatamente todos os fatores que contribuem para a nossa saúde mental. 

Mesmo assim, alguns estudos publicados no The Lancet Psychiatry, revista científica global voltada para a área da psicologia, evidenciam a importância da alimentação para combater transtornos mentais. 

A Universidade de Melbourne, na Austrália, por exemplo, publicou um estudo referente às dietas mediterrânea e japonesa – compostas por frutos do mar, legumes e verduras, grãos não processados, e quantidades limitadas de açúcares e carnes. Em ambas as nacionalidades, foi identificada uma redução de até 35% na probabilidade de desenvolver depressão e outros transtornos mentais.

Logo, compreende-se que os alimentos ingeridos interferem no funcionamento do organismo. Se de forma positiva ou negativa, depende apenas de nossas escolhas. Afinal, é através da alimentação que adquirimos todos os nutrientes necessários para a saúde do corpo. 

Embora apenas a alimentação por si só não seja o suficiente para tratar a depressão, é um fator o qual se deve prestar atenção tanto para não agravar quanto para melhorar os sintomas do transtorno. 

Como os alimentos que combatem a depressão podem ajudar?

Um dos sintomas mais comuns da depressão é a fadiga. O cansaço excessivo impossibilita a pessoa depressiva de concluir tarefas diárias ou buscar atividades prazerosas. Todavia, uma alimentação equilibrada proporciona uma série de benefícios que combatem o desânimo e a perda de energia.

Comer, além de ser necessário para a nossa sobrevivência, é uma forma de obter prazer. O consumo de alimentos antidepressivos acelera a produção de serotonina e dopamina, responsáveis por uma sensação de prazer momentâneo. 

Outro aspecto positivo de se manter uma alimentação equilibrada é a saúde da flora intestinal, composta por micro-organismos e “bactérias boas” do sistema digestivo. São essas bactérias que regulam as funções do intestino e o humor. Mais da metade da serotonina disponível no organismo se encontra no intestino. 

Quando a flora intestinal apresenta desequilíbrio, os micro-organismos nocivos presentes no intestino se multiplicam e a irritabilidade aumenta. 

Muitos pacientes com depressão ou ansiedade também apresentam doenças gastrointestinais, como gastrite nervosa ou úlcera. A alimentação não balanceada é um dos fatores que colabora para esse problema. O tratamento dessas doenças já colabora para a melhora da depressão.

Quando consumir alimentos que combatem à depressão?

Ficou claro que os nossos hábitos alimentares são de grande importância no funcionamento do nosso corpo e mente, certo? 

É preciso começar a pensar nos alimentos saudáveis, incluindo os alimentos que combatem à depressão, como uma parte imprescindível do nosso modo de vida e não apenas um meio para perder medidas.

Atualmente, conteúdos “fit” estão em alta. Tanto nas redes sociais quanto em mídias tradicionais encontramos dicas e histórias de pessoas que mudaram sua alimentação por questões estéticas. 

Em muitos casos, os bons hábitos alimentares adquiridos ao longo dessa jornada são deixados de lado uma vez que o objetivo final é alcançado. Todavia, a alimentação regular deve conter uma boa quantidade de legumes, frutas, carne magra, nozes, frutos do mar, leguminosas e cereais integrais. 

Não há segredos para consumir os alimentos para depressão. Ou seja, se não existe o hábito de comer refeições saudáveis, comece, aos poucos, adicionando esses alimentos em seu cardápio diário. Caso precise de um incentivo a mais, construa um plano alimentar com um nutricionista.

De qualquer forma, o importante é ter em mente que uma alimentação balanceada vai além das tendências “fit” e estéticas. É, na verdade, uma questão de saúde mental e física que contribui tanto para a felicidade quanto para a longevidade. 

Ao modificar o propósito de comer mais saudável, se torna mais fácil desvencilhar-se dos vícios alimentares, como carboidratos e doces.

Dicas de alimentos que combatem à depressão

Os alimentos que combatem à depressão são diversos. Analise os seus hábitos alimentares atuais para introduzir mais e mais porções e unidades desses alimentos saudáveis. 

Floras Verdes

As hortaliças verde-escuras (espinafre, brócolis e alface) são alimentos ricos em folato. Esta vitamina presente no complexo B está ligada à prevenção de transtornos mentais, incluindo a depressão, segundo pesquisas. Além disso, na alface, há diversas substâncias nos talos das folhas, principalmente a lactucina e a lactupicrina, que atuam como calmantes naturais.

Laranja

Rica em vitamina C, a laranja garante o bom funcionamento do sistema nervoso e combate à fadiga com uma boa dose de energia. A vitamina C inibe a liberação de cortisol, o conhecido hormônio do estresse

Frutas

Procure comer melancia, abacate, mamão, banana e limão. Essas frutas possuem o aminoácido triptofano, que ajuda na produção de serotonina. O consumo de três a cinco porções de frutas diariamente é o mais recomendado. Para facilitar a ingestão, você pode fazer saladas de frutas para consumir ao longo da semana.

Mel

Ajuda na produção da serotonina, responsável, como já se sabe, pelo bom humor. Duas colheres ao dia são suficientes para começar a sentir os efeitos positivos do mel. Além disso, você pode adicioná-las na sobremesa, nas frutas ou em bebidas.

Leite e iogurte desnatado

São excelentes fontes de cálcio. Este mineral elimina a tensão e combate a depressão, pois reduz e controla o nervosismo e a irritabilidade. Assim, de duas a três porções por dia são o bastante. 

Não é recomendado para pessoas com estômago que se irrita facilmente. Sendo assim, pessoas com intolerância à lactose, mesmo ao consumir produtos próprios para a sua dieta, ainda podem experimentar complicações ao consumir leite. 

Carboidratos complexos

A batata-doce, a lentilha, o feijão, o pão integral e o arroz integral são alguns exemplos de carboidratos complexos. A diferença entre esses carboidratos e os considerados simples é a forma de digestão. Como esse processo é mais lento, ocasiona o aumento gradual de glicemia. O organismo, então, sente-se saciado e fornece energia por um longo período.

Além disso, auxiliam o organismo a absorver triptofano, estimulando a produção do neurotransmissor serotonina. Apesar do carboidrato ser o inimigo número um das dietas, o recomendado é ingerir uma pequena quantidade diariamente.

Castanha-do-pará

A castanha-do-pará auxilia na redução do estresse. Também é rica em selênio, agente antioxidante que reduz a quantidade de radicais livres. Estes podem causar danos, como inflamação e envelhecimento das células. Mas basta consumir uma unidade ao dia. 

Aveia e centeio

Além de possuírem uma boa quantidade de vitaminas do complexo B e vitamina E, melhoram o funcionamento do intestino, combatendo também a ansiedade e a depressão. É recomendado ingerir três colheres de sopa por dia. Você pode misturar na vitamina, no suco verde e no shake, ou comer com frutas. 

Peixes e Frutos do Mar

Em diversos estudos sobre alimentos que combatem à depressão, o ômega-3 é frequentemente citado. Isso porque os ácidos graxos do ômega-3 fornecem uma variedade de atividades neuroquímicas: modulam a recaptação, degradação e síntese de neurotransmissores (noradrenalina, dopamina e serotonina) e ligação ao receptor; efeitos anti-inflamatórios; e aprimoramento da fluidez e neurogênese da membrana celular. 

Soja

Para combater a falta de energia originada da depressão, passe a consumir mais soja. Este alimento desempenha papel fundamental no fornecimento de energia para as células e possui propriedades calmantes que combatem a ansiedade e o nervosismo. 

Alimentos que prejudicam a saúde mental e física

Para experimentar todos os benefícios dos alimentos que estimulam a produção de hormônios e neurotransmissores da felicidade e do humor é preciso evitar os que pioram a depressão. 

É difícil encontrar alguém que não conheça quais alimentos fazem mal a saúde. Todos nós, hora ou outra, escolhemos consumir refrigerantes, fast foods, bebidas alcoólicas, doces, frituras e carboidratos. Nos deixamos levar pelo sabor desses alimentos, os quais estão frequentemente presentes em eventos sociais. 

Em outras palavras, acabamos comendo docinhos em aniversários e batata frita em botecos com os amigos apenas por estarmos presentes no local. Por isso, para mudar nossos hábitos alimentares, é necessário disciplina. 

Os alimentos citados acima causam diversos efeitos negativos ao longo de décadas de consumo impróprio: aumento de peso, alterações de humor, produção desequilibrada de hormônios, doenças cardiovasculares, diabetes, entre outros. Todos esses fatores contribuem para agravar a depressão. 

Balancear o consumo desses alimentos é a melhor maneira de obter uma alimentação saudável. Não é necessário cortá-los de uma vez por todas. Para o corpo acostumado a ingerir esses alimentos, uma parada brusca é extremamente negativa.

Vá diminuindo as porções, procurando ingerir mais dos alimentos que combatem à depressão presentes nesta lista um dia após o outro. 

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Saúde mental: que tal malhar a mente?

Tatiana Pimenta

CEO e Fundadora da Vittude. É apaixonada por psicologia e comportamento humano, sendo grande estudiosa de temas como Psicologia Positiva e os impactos da felicidade na saúde física e mental. Cursou The Science of Happiness pela University of California, Berkeley. É maratonista e praticante de Mindfulness. Encontrou na corrida de rua e na meditação fontes de disciplina, foco, felicidade e produtividade. Você também pode me seguir no Instagram @tatianaacpimenta

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