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Autoestima baixa: como alcançar o amor próprio?

O problema da autoestima baixa é capaz de impactar o bem-estar físico e mental de uma pessoa e, em alguns casos, até mesmo atrapalhar a convivência social. Está relacionada à falta de confiança em si mesmo, que pode ter como causa diferentes tipos de fatores externos.

Precisamos falar sobre isso para que todos que sofrem com baixa autoestima possam enxergar o problema, aceitá-lo e buscar meios de superá-lo. Para entender mais, neste artigo você terá acesso às principais informações sobre o assunto e, assim, estará melhor preparado para identificar quando algo não vai bem consigo mesmo ou com pessoas próximas.

O que é autoestima?

A autoestima consiste em uma avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma. É a percepção que ela tem sobre si mesma de acordo com o seu comportamento, qualidades, habilidades e modos de pensar. A partir disso, são gerados sentimentos de autocrítica, narcisismo, superioridade ou inferioridade.

Quando a autoestima vai bem, significa que o indivíduo está satisfeito e confiante em relação à sua identidade e valoriza a si mesmo. Por outro lado, se está baixa, há problemas de autoaceitação, amor-próprio e autoconfiança.

Os pilares da autoestima

Para entender melhor este conceito, confira osquatro pilares da autoestima definidos por Potreck-Rose e G. Jacob:

  1. Autoaceitação: é uma a postura positiva em relação a si mesmo, como estar satisfeito consigo mesmo e se respeitar.
  2. Autoconfiança: é uma postura positiva em relação às suas próprias capacidades, habilidades e desempenho, sendo capaz de fazer alguma coisa bem e suportar as dificuldades.
  3. Competência social: é sobre conseguir fazer contatos e lidar com outras pessoas, se sentindo confiante e capaz de lidar com situações complexas.
  4. Rede social: se trata de estar conectado a uma rede de relacionamentos positivos, seja com amigos, família ou parceiros(as).

Quais são os sintomas da autoestima baixa?

A autoestima baixa dá sinais. É preciso conhecer os sintomas para identificar quando algo não vai bem, mas lembre-se sempre da importância de consultar um psicólogo ou psiquiatra para ter auxílio quando necessário.

Os principais sintomas são:

  • dificuldade para aceitar as próprias limitações;
  • falta de confiança em si mesmo;
  • medo de enfrentar desafios;
  • mania de colocar defeito em tudo o que faz;
  • timidez em excesso;
  • perfeccionismo;
  • não se permitir errar;
  • excesso de comparação com os outros;
  • dificuldade para aceitar as próprias  conquistas;
  • sente-se incapaz e insuficiente;
  • diálogos mentais negativos constantes;
  • desmarcar compromissos por insegurança com algo, como a aparência;
  • crises de ciúmes muito intensas em relacionamentos amorosos ou amizades.

Como consequência, a tendência é que a pessoa com baixa autoestima se isole na sua própria zona de conforto e crie um ciclo vicioso de desistências em diferentes áreas da vida.

Assim, você desiste de se candidatar a uma vaga de emprego porque não se considera bom o suficiente para a vaga ou deixa de ir a um encontro porque se sente feia. Caso o quadro se prolongue, é possível que questões ainda mais sérias, como depressão.

Qual é a relação entre baixa autoestima e transtornos mentais?

A baixa autoestima não é uma doença, mas pode ser um sintoma de um transtorno grave, como depressão, bipolaridade, síndrome do pânico e borderline.

Por isso, é tão importante procurar ajuda psicológica caso os sintomas de autoestima baixa sejam muito frequentes e intensos. Apenas psicólogos e psiquiatras poderão auxiliar de maneira profissional para evitar que o seu quadro se agrave.

O que pode causar a baixa autoestima?

É necessário ressaltar que um conjunto de fatores externos, culturais e sociais podem contribuir para a balança da baixa autoestima. Cada pessoa tem um certas vivências e sofre algumas influências que são capazes de impactar positiva ou negativamente a autoestima.

Alguns os fatores de influência são:

Minorias sociais

Pesquisas apontam que, se comparadas aos homens, as mulheres têm menos autoestima e segurança em si mesmas até os 40 anos. Depois dessa idade a tendência é que se equipare e as mulheres cheguem ao auge aos 60, superando os homens dessa mesma faixa etária.

Há vários motivos que fazem com que as mulheres mais jovens cultivem uma autoestima mais baixa, entre eles, a sociedade machista em que vivemos. No geral, todas as minorias, seja de gênero, raça ou religião, podem sofrer mais com percepções mais negativas sobre si mesmas.

Desemprego

O desemprego também é um fator capaz de abalar a autoestima. Pesquisas revelam que, em comparação com as pessoas empregadas, as desempregadas têm o dobro de chances de sofrer com a depressão. A dificuldade para conseguir emprego pode gerar problemas de autoconfiança, estresse, ansiedade etc.

Maternidade

A maternidade pode ser bem desafiadora para muitas mulheres que, durante a gravidez e após o parto, se veem infelizes com seus corpos e passam a viver baseadas em comparações. A autocobrança e os questionamentos sobre o novo papel como mãe são capazes ocasionar sentimentos de culpa e incapacidade.

Relacionamentos tóxicos

Relacionamentos abusivos e tóxicos podem existir em situações amorosas, amizades ou entre familiares. Há muitos casos em que uma pessoa desmerece as conquistas do outro e o faz se sentir inferior, equivocado, feio, incapaz etc.

Muitas vezes, é difícil para o indivíduo se dar conta de que está em um relacionamento tóxico e acaba acreditando em tudo o que o outro diz.

Como cultivar o amor próprio e recuperar a autoestima?

Não há uma única fórmula, pois cada ser humano enfrenta dificuldades particulares que precisam ser trabalhadas com certa singularidade. Em seguida, confira algumas estratégias interessantes para recuperar a autoestima:

Faça terapia

O acompanhamento de um psicólogo é muito importante, pois contribui para o processo de autoconhecimento, além de ajudar o paciente a detectar gatilhos e padrões em seus modos de pensar e agir.

A psicoterapia é um processo de médio a longo prazo, portanto, não espere resultados do dia para a noite. É necessário ter consistência e não desistir no meio do caminho. Pode ser doloroso encarar os seus fantasmas, mas é importante para resgatar o seu amor próprio.

Celebre as suas conquistas

Quem sofre com a baixa autoestima costuma ter dificuldade para comemorar as suas próprias conquistas. Para mudar isso, que tal começar a cultivar um diário de conquistas, no qual você lista todos os dias ou toda semana motivos de orgulho e celebração.

Não se apegue somente às coisas grandiosas e permita-se comemorar pequenas conquistas do dia a dia. Este exercício também é muito interessante para relembrar as suas qualidades e habilidades.

Evite comparações

Lembre-se o tempo todo de que cada um tem um contexto de vida e uma jornada. Não adianta se comparar, pois você não sabe o que as pessoas passaram ou estão passando em suas vidas.

O mundo atual tem gatilhos demais que nos levam à comparação, principalmente por meio das redes sociais. Por isso, se considerar necessário, estabeleça um limite de tempo diário para navegar pelo Instagram, Facebook, LinkedIn etc.

Não faça generalizações

Também é muito comum que quem tem problemas de autoestima acredite que só porque cometeu um erro no passado irá cometê-lo sempre.

É preciso trabalhar a ideia de que estamos em constante evolução e que um um arrependimento de anos atrás não reflete quem você é hoje. Aceite os erros, aprenda com eles e siga em frente.

Foque no presente

Como é fácil cair na armadilha de focar apenas no passado ou no futuro e se esquecer do presente. Viver no agora é fundamental para não ter problemas sérios de autoestima que podem ser decorrentes de algo que aconteceu há anos ou pela ânsia daquilo que ainda está por vir.

Cuidar da sua autoestima é cuidar da saúde mental

Agora que você já entendeu como a baixa autoestima se manifesta e algumas das suas causas, já tem várias informações em mãos para detectar quando algo não vai bem com si mesmo ou com alguém próximo.

Lembre-se de que pensamentos negativos e de inferioridade não são saudáveis e impactam a sua saúde mental. Procure suporte psicológico sempre que sentir necessidade!

Para mais artigos, confira o blog da Vittude!

Tatiana Pimenta

CEO e Fundadora da Vittude. É apaixonada por psicologia e comportamento humano, sendo grande estudiosa de temas como Psicologia Positiva e os impactos da felicidade na saúde física e mental. Cursou The Science of Happiness pela University of California, Berkeley. É maratonista e praticante de Mindfulness. Encontrou na corrida de rua e na meditação fontes de disciplina, foco, felicidade e produtividade. Você também pode me seguir no Instagram @tatianaacpimenta

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