Categoria: Psicanálise

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O alerta vital ou por que isso está acontecendo comigo?

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Somos ensinados a ser bons profissionais. Aprendemos a cozinhar, gerir uma casa, fazer pequenos consertos, cuidar do jardim. Muitos de nós aprendem a formar uma família, passar de ano na escola, respeitar o próximo, pagar as contas, quem sabe, até viver em coletividade. No entanto, ninguém nos ensinou como lidar com os nossos afetos e como eles influenciam nossas vidas. Quando adoecemos do estomago, tomamos remédio. Quando nosso coração tem problemas procuramos cardiologista. Quando nosso dente dói, procuramos o dentista. Mas quando nossos pensamentos e afetos adoecem…parece que não sabemos o que fazer. Por que será que conseguimos acolher a doença física, mas a fragilidade dos afetos não? A cultura que nos afasta de nossos afetos Desconfio que podem ter questões culturais envolvidas. Algumas vezes relaciona-se desqualificação e fraqueza ou pré-conceito: isso é coisa de louco, uns afirmam. Também não somos estimulados a falar sobre isso. Aqui no Brasil, o tema...

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A_mudança_paradigmática_na_saúde_fundada_pela_psicanálise

A mudança paradigmática na saúde fundada pela psicanálise

  |  Tempo de leitura: 6 minutos

Investigar o surgimento da psicanálise como campo científico pode nos fazer entender muito sobre a importância da psicologia nos cuidados com a saúde mental e nossas concepções sobre saúde. Ela não só trouxe uma nova leitura a respeito do funcionamento mental, mas nos mostrou que a saúde não se faz somente nos cuidados médicos, em uma visita eventual e sob os cuidados das ciências naturais. A psicanálise nos mostra que estamos imersos em ambientes e culturas potencialmente patológicos ou prejudiciais. Para isso é necessário entendermos a interação que existe entre sujeito e ambiente, a busca por realização ou satisfação das pulsões orgânicas e as restrições existentes ou estabelecidas pelo meio em que se insere, obrigando os sujeitos a buscarem fontes de satisfação compatíveis com o que é aceito socialmente, caso contrário, surgirão sintomas e somatizações. Essa grande virada conceitual a respeito da humanidade nos provoca um questionamento que ainda parece...

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Felicidade

Felicidade

  |  Tempo de leitura: 4 minutos

A felicidade já era um tema discutido desde a antiga Grécia. Vejamos então o que era a felicidade na visão de alguns filósofos, o que é verdadeiramente empolgante de conhecermos e perceber que é o oposto do que a sociedade contemporânea atual pensa. Para Aristóteles a felicidade é algo que precisa ser praticado constantemente, seja virtuoso em suas ações e será feliz. Envolve ética a caráter nas escolhas cotidianas. Para Sócrates a felicidade é alcançada através do conhecimento, compreender as coisas e conhecer a si próprio, buscando autoconhecimento e o saber sobre a verdade. Para Platão o bem ético está ligado a toda ação humana, são atitudes que promovem o bem, que em sua premissa é justo e verdadeiro. Todas essas concepções nos mostram um caminho interno, uma busca interior pelo conhecimento, por realizações virtuosas e éticas, que aqui pode ser entendido como o verdadeiro prazer. Freud, nos deixou a seguinte frase: A felicidade é um problema individual....

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Psique em Prosa – Primórdios da Psicanálise

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Cantos do nosso interior… Como cantos do reino, onde habita Psique; às vezes como cantos do armário, onde se guarda a alma; cantinhos do coração, onde palpitam emoções. Forrados de ideias, a serem exploradas de muitos ângulos, para acolher o desafio de pensamentos cheios de arestas; espaços da sensibilidade, onde o aconchego inspirador abriga o inóspito opressivo, tudo iluminado de trevas e de sombras, vultos de nossas recordações. Como cantos de mil vozes, que às vezes desafinam, corais que entoam nossa história, percorrendo uma escala tonal inteira, feita não só de momentos graves e agudos, mas de pausas necessárias, contracantos de enredos silenciosos. Sinfonias inacabadas de desejos sufocados, expressos num súbito fôlego nos jograis de nossos sonhos, furtivamente despertam ecos do que está presente, não se sabe bem aonde … A vida tem ritmos tranquilos ou até alucinantes, pedindo composições feitas de esperança – sons em busca de uma partitura...

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Sonhos – um mergulho no inconsciente

Sonhos – um mergulho no inconsciente

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Essa imagem onírica que ilustra esse texto, à la Magritte, pintor surrealista, representa para mim o mar do inconsciente e o mergulho profundo do autoconhecimento no processo psicoterapêutico. O surrealismo foi um movimento significativamente influenciado pelas teses psicanalíticas de Sigmund Freud, que mostram a importância do inconsciente na criatividade do ser humano. O livro “A Interpretação dos Sonhos” (1900) representa o nascimento da teoria da análise dos sonhos que Freud descreveu como “o caminho real para o Inconsciente”. (Rowell, 2017 – http://www.freudpage.info/sonhos.html) Nesse livro, Freud propõe que a primeira função dos sonhos consistiria em ser o guardião do sono. Porém, frente à presença de fortes estímulos angustiantes, pode ocorrer um pesadelo que despertaria o sonhador imediatamente. Mas o que dizer dos pesadelos e daqueles sonhos que se repetem muitas vezes ao longo de nossas vidas? Eles  corresponderiam à pura repetição de um trauma vivido que não foi elaborado. Em eventos...

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Qual a importância do dinheiro em nossas vidas_

Qual a importância do dinheiro em nossas vidas?

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Há um hábito comum dos menos abastados financeiramente de desvalorizar as formas de felicidade e satisfação que o dinheiro proporciona. É comum dizerem que o dinheiro não compra felicidade, mas te leva pra chorar no Hawaii ou nas ilhas Cayman. Ou que dinheiro não compra felicidade, mas é melhor chorar dentro de uma Mercedes do que dentro de um fusca. Há quem diga que dinheiro não traz felicidade, mas afasta a tristeza, pelo menos de algumas formas. De fato o dinheiro não é necessário ou indispensável para a vida feliz. E o dinheiro também não chega nem perto de ser uma garantia de que haverá felicidade. O quanto vale “ter dinheiro”? É importante que quem tem pouco dinheiro não valorize tanto isso de ter muito dinheiro, porque assim a pessoa que tem pouco busca outras formas de ser feliz. Se alguém muito pobre se investe muito em pensar nas felicidades...

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