Categoria: Sexualidade Humana

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A que sexo chegamos?(diálogos sobre sexualidade)

  |  Tempo de leitura: 6 minutos

Na Idade Média tudo o que tivesse qualquer conotação sexual era visto como pecado, a relação sexual tinha como objetivo único a procriação. Um casal, para ser adequado diante da sociedade, encarava duas situações contraditórias: A necessidade de sustentar uma imagem de castidade, onde o sexo por prazer não teria espaço, e, a cobrança de gerar um filho para que o casal fosse visto como uma verdadeira família. O sexo no casamento era praticado em um quarto separado, onde além de várias artimanhas para que ambos os corpos não pudessem ser vistos, era comum entre as famílias mais ricas colocarem, neste quarto, uma espécie de altar com várias imagens de santos com o objetivo de “vigiar” o ato sexual, para que qualquer prática considerada impura fosse punida. Nos anos de 1800, depois do período colonial no Brasil, a sociedade pregava a castidade e o casamento recatado enquanto os bordéis faziam...

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Sexualidade em Psicanálise. É muito mais amplo do que parece!

Sexualidade em Psicanálise. É muito mais amplo do que parece!

  |  Tempo de leitura: 5 minutos

Sexualidade é um termo em que, quase sempre que citado, comentado, expressado, gera uma conexão ou referência direta com a perspectiva da genitalidade, do sexo em seu ato propriamente dito. Entretanto, quando abordamos o tema da sexualidade em psicanálise com esse foco reduzimos toda a amplitude que esse extenso conceito nos possibilita abordar. A perspectiva do ato sexual, e a relação da sexualidade e a genitalidade são sim, importantes, mas não podem receber um rótulo totalitarista, levando a compreensão para um entendimento equivocado, preconceituoso e limitado. Impossibilitando, inclusive a discussão do tema em contexto que ainda encaram o tema como tabu. È necessário elevar o olhar a um ponto que se permita pensar na ideia de sexualidade, num contexto bem mais amplo, num lugar conceitual como uma grande energia que direciona, impulsiona nossa vida. Uma energia que circula, perambula, corre para dentro e para fora do corpo do sujeito na...

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O que você sabe sobre o orgasmo da sua esposa_

O que você sabe sobre o orgasmo da sua esposa?

  |  Tempo de leitura: 10 minutos

Muitos homens me procuram na terapia por não saberem lidar com suas esposas. Por quererem ter mais sexo com elas. Sim, mais sexo com elas, e não mais sexo…com qualquer uma. Pelo menos a maioria que chega até mim querem isso. Mas não entendem o motivo de elas não quererem tanto. E essa falta de entendimento é, muitas vezes, interpretada como falta de paciência ou de tolerância, mas pasmem, é totalmente ligada à falta de conhecimento. Eles não percebem que as mulheres, de uma maneira geral, são diferentes dos homens, na forma que são criadas em relação ao sexo, principalmente. Mas eles também não conhecem bem e intimamente as suas esposas. Não sabem o que elas gostam, como elas gostam e como deixá-las “molhadas” querendo sexo também.  E por isso venho trazer um pouquinho sobre o universo sexual feminino. Mesmo em relacionamentos longos, algumas mulheres não conseguem alcançar o orgasmo,...

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3 erros que podem minar a sua vida sexual depois do casamento

3 erros que podem minar a sua vida sexual depois do casamento

  |  Tempo de leitura: 4 minutos

Sou Isabele Lucchesi, Psicóloga Clínica dedicada a ajudar as pessoas a melhorarem a vida sexual. Além da visão profissional adquirida com a experiência e estudos, sou uma pessoa que já passou por dois casamentos. Um cheio de expectativas e sonhos trazidos da adolescência e outro, atual, vivido com base na realidade, diálogo, sexo, fantasias e muito mais..rs E hoje vou te dar umas dicas, sobre sexo e casamento, quer dizer de 3 erros que vão afastar vocês disso…rs: 1. “Agora somos um só” Sabem aquelas cenas de casamentos que aparecem em filmes, novelas, seriados onde dizem assim: “Então agora vocês são um só!” Será? Não é bem assim. Ao casar vocês continuam sendo duas pessoas, com um projeto em comum, o casamento, composto por diversos planos, compartilhando os momentos da vida, sendo cúmplices, mas não passando a serem um só. São dois que se somam, preservando os momentos de individualidade,...

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Culpa ser LGBT

Ser LGBT: por que lidamos com a culpa?

  |  Tempo de leitura: 4 minutos

Quem é LGBT provavelmente já se viu tentando ser “o/a/e melhor” e vendo que seus esforços, mesmo que muito dedicados, não trazem um sentimento de satisfação duradouro e até despertam o sentimento de culpa. Às vezes nos percebemos fazendo de tudo para agradar os outros (por muitas vezes se anulando); estudando e aprendendo inúmeras habilidades diferentes para conquistarmos a admiração alheia; almejando uma condição financeira exorbitante para que possamos mostrar para todos como estamos “bem de vida”; entre outras situações compensatórias. Porém, apesar de essas situações serem vistas como coisas boas, não significa que elas nos trarão felicidade. Culpa: nunca seremos bons o suficientes? O simples fato de ser LGBT, por muitas vezes, traz consigo um fardo. Esse peso nos faz sentir como se não importasse o que fizermos, nunca seremos bons o suficientes. Isso traz grande angústia e sofrimento para grande parte da população de gays, lésbicas, trans, bissexuais,...

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LGBTQI+fobia, vulnerabilidade e saúde mental

LGBTQI+fobia, vulnerabilidade e saúde mental

  |  Tempo de leitura: 4 minutos

A luta contra a LGBTQI+fobia é antiga, e temos muitas datas para relacionar. Em 1952, a primeira publicação do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mentais (DSM), classificou a homossexualidade como uma desordem. Porém, durante anos não foi possível comprovar pela ciência que era, de fato, um distúrbio. Em 1973, a Associação Americana de Psiquiatria retirou a orientação sexual da lista de transtornos mentais do DSM-II.   Um histórico necessário No dia 17 de Maio de 1990 a homossexualidade foi retirada da Classificação Internacional de Doenças. Essa data se tornou o Dia Internacional contra a LGBTQI+fobia. A homossexualidade deixou de ser uma patologia mental pela Organização Mundial de Saúde, um desvio à norma heterossexual e não apenas outra orientação.   Então, em 1999, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) define normas éticas para atuação dos profissionais da área. Principalmente pensando na apologia que existia a “Cura Gay”, com a reversão de homossexual para heterossexual. Essas tentativas de reorientação...

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