Como lidar com uma crise de ansiedade? [Guia completo]
28 de novembro de 2019
Tempo de leitura: 9 minutosComo lidar com uma crise de ansiedade? Você já viu alguém se questionando sobre isso ou pedindo ajuda? Crises de ansiedade têm sido cada comum em nossa sociedade.
Você já ouviu algum colega afirmar que foi parar no pronto socorro, achando que estava tendo um infarto? Taquicardia, sudorese e todos os sinais de estamos à beira da morte? É isso mesmo, uma crise de ansiedade à vista!
A crise de ansiedade acontece quando os sintomas da ansiedade se manifestam abruptamente. O coração acelera, as mãos tremem e a respiração se torna irregular. A pessoa fica paralisada, sem saber como reagir. A sensação é de desespero e medo profundo, como se algo muito ruim estivesse prestes a acontecer.
Porém, é comum que a crise se desencadeia em ocasiões inesperadas quando, na verdade, não existe perigo. A pessoa que sofre com crise ansiedade tem dificuldade para executar tarefas simples porque são elas que lhe causam tanta angústia.
O que é transtorno de ansiedade?
É a preocupação excessiva, constante e de difícil controle. A pessoa ansiosa está sempre à espera de uma catástrofe ou de um imprevisto para estragar o seu dia. E, então, entra em um estado de hipervigilância extremamente cansativo tanto para o emocional quanto para o corpo físico.
A ansiedade se manifesta física e psicologicamente de variadas formas. Cada pessoa apresenta sintomas diferentes, por isso, pode ser de difícil diagnóstico no início.
O constante nervosismo, problemas de concentração, medo excessivo, irritabilidade e distúrbios do sono são alguns sintomas psicológicos. Já os físicos são respiração ofegante, taquicardia, mãos e pés suados, dor de barriga, náusea e tremores no corpo, entre outros.
A crise de ansiedade ou ataque de pânico é uma combinação de vários sintomas, intensificados por pensamentos desesperadores. A pessoa em momento de crise raramente consegue controlá-la.
Quem sofre de crise de ansiedade?
Pessoas com ansiedade generalizada não são as únicas que sofrem de crises. Quem já passou por experiências traumáticas, como a morte de alguém querido ou alguma forma de abuso, também está propenso a ter ataques de ansiedade.
Fatores externos da vida cotidiana também podem ser gatilhos, como crises financeiras, divórcio ou demissão. Em suma, todos nós podemos, em algum momento da vida, desenvolver ansiedade e ter crises.
A existência de outros transtornos, como a síndrome do pânico, ou de fobias, como a agorafobia, também estão associados à crise ansiosa.
Outro transtorno que pode ocasionar a crise é o transtorno misto e depressivo, quando a pessoa apresenta sintomas de ansiedade e depressão de baixa intensidade. Por isso, é ideal procurar ajuda profissional para chegar a um diagnóstico.
Sintomas da crise de ansiedade
Os sintomas da crise ansiosa são semelhantes ao da ansiedade generalizada. Porém, há alguns que são particulares da crise.
- Palpitação;
- Calafrios;
- Sensação de garganta fechada;
- Falta de ar ou respiração alterada;
- Suor;
- Dores no peito;
- Tremores;
- Náusea;
- Formigamentos;
- Dores no peito;
- Vontade de fugir para um local seguro;
- Medo de perder o controle ou enlouquecer;
- Medo de morrer ou de uma possível tragédia;
Os últimos três são a principal diferença entre os sintomas da ansiedade generalizada e da crise. Pensamentos e sentimentos de intenso pânico, em que a pessoa acredita viver um episódio trágico. Em caso de dúvidas, um teste de ansiedade pode ajudar a esclarecer a existência dos sintomas.
Quando a crise de ansiedade se manifesta?
Comumente, a crise ocorre em momentos de tensão ou estresse elevado. Estes podem ser qualquer coisa considerada intimidadora para a pessoa.
Por exemplo, apresentações, reuniões, competições, trabalhos em grupo, ou tarefas complexas e de longa execução. Locais muito movimentados ou espaços apertados também costumam ser gatilhos.
Entretanto, a crise de ansiedade também pode se manifestar em ocasiões aparentemente de pouco apego emocional. A pessoa ansiosa vê tarefas e situações corriqueiras como grandes desafios.
Mesmo que ela tenha passado por um acontecimento bom, sua mente pode começar a criar histórias negativas. Assim, a pessoa fica confusa e preocupada com possíveis cenários futuros, desencadeando o ataque de ansiedade.
O que fazer no momento da crise de ansiedade?
Embora a crise seja de difícil controle, é possível amenizar e procurar encurtar os sintomas.
Focar na respiração
Passar por uma crise é uma experiência assustadora. Isto é, a incapacidade de controlar o corpo e os pensamentos pode amedrontar quem está em crise. Focar na respiração, procurando regularizá-la por meio de respirações profundas, ajuda a focar a atenção em outra coisa, além de prevenir a hiperventilação.
Combater os pensamentos
O pensamento acelerado é comum em ataques de ansiedade. É essencial que a pessoa lute contra eles. Lutar no sentido literal. Quando nossa mente está bagunçada, é complicado ver a razão. É preciso argumentar contra a própria mente, expulsando pequenos ilógicos para trazer a pessoa de volta a realidade. Esta raramente é tão ruim quanto o cenário formulado em nossa cabeça.
Fazer exercícios de visualização
Uma maneira eficaz de combater o súbito pânico é se imaginar em um local calmo, seguro e agradável. Pode ser um campo de flores ou um cenário real em que a pessoa se sinta bem. Também é possível visualizar o pós-crise, quando a pessoa está recuperada e vivendo tranquilamente. Esta técnica funciona da mesma forma que os pensamentos caóticos: criando um cenário imaginário, mas, desta vez, positivo.
Procurar distrações
É ideal se distrair com o que há ao redor ou com o que gosta: músicas suaves, mantras de positividade, leituras leves e encorajadoras, automassagens para relaxar os músculos. Se possível, deixar o lugar onde se encontra se este for agitado ou claustrofóbico. Criar uma distração impede a dissociação do presente e conforta, confirmando que tudo ficará bem. O principal, no entanto, é o controle da respiração.
Estar ciente do pânico
Quando se tem uma crise de ansiedade pela primeira vez, a experiência é um assalto aos nossos sentidos. Raramente, é possível permanecer no controle. Se a crise acontecer novamente, não se deve ficar irritado ou frustrado ou lutar desesperadamente contra o pânico. Aceitar a ocorrência da crise pode acalmar momentaneamente, pois a pessoa sabe o que está ocorrendo com ela. Assim, consegue se concentrar nas práticas para superar o ataque de ansiedade.
O que fazer para prevenir a crise de ansiedade?
A prevenção da crise vem com a consciência da ansiedade generalizada ou de apenas alguns sintomas que, com o tempo, podem evoluir para este quadro.
Hábitos nocivos a nossa saúde mental e bem-estar, como consumo frequente de alimentos gordurosos, vício nas redes sociais, e preocupação em excesso, servem como catalisadores para o desenvolvimento da ansiedade e de outros transtornos.
É importante ficar atento para os possíveis sintomas e hábitos ‘viciados’, os quais perpetuamos sem consciência. O estilo de vida que levamos influencia diretamente a nossa saúde mental e física. Devemos nos esforçar para fazer as modificações necessárias para torná-lo mais leve, mais prazeroso.
Praticar atividades físicas, comer lanches saudáveis, desligar a TV durante o noticiário e participar de eventos locais de sua cidade são coisas simples que podemos fazer frequentemente.
Cuidar dos níveis de estresse é igualmente primordial, especialmente nos dias atuais, em que a maioria das pessoas está sempre estressada. É preciso encontrar mecanismos eficientes de relaxamento bem como cultivar o amor-próprio. Assim, evitaremos nos colocar em situações de extremo desagrado que prejudicam o nosso emocional.
Os florais para ansiedade são um exemplo. Eles ajudam a equilibrar as emoções, trazendo conforto, coragem e sensações positivas. Para quem não gosta muito de recorrer a remédios, esta é uma ótima opção para se livrar de pensamentos e sentimentos ruins. Para potencializar os efeitos, utilize os florais juntamente com o tratamento psicológico.
Como ajudar alguém com ansiedade?
É muito difícil assistir a uma pessoa querida passar por ataques de ansiedade ou crises do pânico bem como viver com o excesso de ansiedade.
A pessoa ansiosa já vive com dezenas de preocupações que não são totalmente suas ou racionais. Por isso, quem deseja ajudar precisa compreender como a ansiedade funciona e se manifesta. Quando a motivação desaparecer e os sentimentos ruins se instalarem, puxando a pessoa para baixo, é preciso compreensão e paciência.
Simples atitudes são o suficiente para ajudar: ouvir desabafos sem julgamentos, incentivar visitas ao psicólogo e cuidar as palavras para não causar mais dor ao outro.
Basicamente, demonstrar que está disposto a ajudar, sem pressões ou expectativas grandiosas, e agir conforme o combinado é a melhor maneira de ajudar alguém com ansiedade.
Já durante a crise de ansiedade, a ajuda precisa ser mais bem pensada para não piorar a situação. Conversar com a pessoa em tom suave, procurar acabar com a origem da ansiedade ou pânico e assegurar que a crise passará em breve são atitudes que podem confortar no momento da crise.
Se a pessoa estiver muito agitada, apenas permaneça presente em uma distância confortável para que ela não se sinta sufocada. Sempre que possível, porém, procure assistência médica.
Ansiedade tem cura!
Logo na primeira crise, se possível, procure um profissional. A ansiedade generalizada está atrelada a diversas causas. Na maioria das vezes, essas são desconhecidas.
A pessoa ansiosa raramente tem consciência de que pode mudar a forma como vive e extinguir as apreensões. Ou, pelo menos, aprender a lidar com eles.
A ajuda psicológica proporciona essa realização, além de garantir o tratamento do transtorno de ansiedade.
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