Pesquisas apontam que por volta de 30% da população mundial costuma roer as unhas, um hábito que pode provocar consequências negativas para a saúde das pessoas. Mas, afinal, por que tanta gente tem esse costume e como parar de roer as unhas?

Essas perguntas são muito importantes e é preciso ter em mente que, em alguns casos, pode ser necessário buscar ajuda profissional para auxiliar no quadro, pois há a possibilidade de estar associado à ansiedade.

Se você quer saber mais sobre o assunto e ter acesso a informações valiosas sobre o hábito de roer as unhas, está no lugar certo. Neste artigo, você poderá conferir tudo!

Por que as pessoas roem as unhas?

A onicofagia é o nome dado ao comportamento crônico de roer as unhas. Geralmente, começa na infância, por volta dos 6 anos ou início da adolescência e, em muitos casos, continua acompanhando o indivíduo ao longo de toda a vida adulta.

Não há um fator exclusivo associado ao hábito, mas pesquisas apontam que boa parte das pessoas que roem as unhas tem algum tipo de transtorno de ansiedade. Por incrível que pareça, para muita gente se trata de uma compulsão extremamente difícil de superar, mas, mesmo assim, nem sempre é levada a sério como deveria. Há quem considere o hábito inofensivo e apenas uma questão estética, mas isso não é correto.

Um estudo com 339 jovens estudantes de medicina apontou que 46% tinham ou já haviam tipo a onicofagia. As mulheres, por sua vez, eram maioria e agiam de forma mais inconsciente ao levar os dedos à boca. Além disso, uma parte significativa dos entrevistados foi diagnosticada com ansiedade (22,5%).

É importante pontuar que algumas pessoas relatam prazer e relaxamento ao roerem as unhas. O ato é automático para muita gente, principalmente quando se está envolvido em uma atividade imersiva ou quando é preciso realizar uma tarefa difícil.

Em alguns casos, a onicofagia também está associada ao medo, insegurança, fome ou timidez. Além disso, estudos também revelaram que roer as unhas pode estar associado ao perfeccionismo, mas no fim o ato acaba gerando muito mais prejuízos do que ganhos.

Roer as unhas está sempre atrelado a um transtorno mental?

Nem sempre. O problema é quando roer as unhas traz uma angústia significativa e uma repetição descontrolada que ocasiona lesões nas pontas dos dedos, infecções e mutilações. Nesses casos, é preciso pensar se o quadro já não está associado a um transtorno de ansiedade, por exemplo.

É interessante pontuar que mesmo que haja dor, a mesma não é o suficiente para eliminar o comportamento. Pelo contrário, pode até mesmo ser estimulante, pois a dor prende a atenção. Dessa forma, se a pessoa está ansiosa e começa a roer as unhas, consegue se distrair daquilo que está causando a ansiedade e sente alívio e prazer.

Quais são as consequência de roer as unhas?

Por mais que alguns ainda considerem roer as unhas algo inofensivo, se trata de um ato que pode ter consequências negativas bem graves, ou seja, vai muito além das questões estéticas.

As unhas são uma proteção da parte superior dos dedos, atuando como uma barreira para a entrada de micróbios na corrente sanguínea. Por isso, roê-las pode causar muitos problemas, entre eles:

  • anormalidades nos dentes, como recessão gengival;
  • infecções da pele ao redor das unhas, que sofrem encurtamento irreversível;
  • transmissão de uma grande quantidade de germes que passa da unha para a boca, o que aumenta os riscos de contrair doenças como a gripe;
  • dificuldades para realizar atividades como tocar um instrumento ou desenhar;
  • aumento das chances de problemas gastrointestinais, como gastrite e gastroenterites;
  • bruxismo.

Como parar de roer as unhas?

Agora você deve estar se perguntando como parar de roer as unhas, não é mesmo? Bom, é importante ressaltar que para algumas pessoas isso é muito difícil, pois as unhas são acessíveis, ou seja, estão sempre perto da gente e cumprem a função de alívio.

Além disso, boa parte dos tratamentos são sintomáticos e não focam na causa do problema. Entre as principais técnicas para parar de roer unhas, as mais conhecidas são:

  • passar esmalte com gosto amargo;
  • medicações;
  • castigos;
  • colocar pimenta nas mãos;
  • mascar chicletes;
  • colocar unhas postiças;
  • manter as mãos em movimento com bolinhas de borracha ou outros objetos.

Mas, na realidade, a maneira ideal de lidar com o problema é buscar ajuda para entender a causa raiz da onicofagia. Para isso, é importante consultar um psicólogo, profissional especializado em saúde mental que ajudará o indivíduo a entender o que há por trás do hábito de roer as unhas.

A psicoterapia se trata de um processo que irá auxiliar na identificação de gatilhos para, assim, serem trabalhadas as verdadeiras causas do hábito de roer as unhas. Dessa forma, as sessões visam o autoconhecimento e a criação de estratégias de enfrentamento à ansiedade ou outros transtornos de saúde mental que possam estar relacionados à onicofagia.

Hábitos que ajudam a lidar com a ansiedade

Além da psicoterapia, podem ser indicadas outras formas de lidar com a ansiedade que complementem o tratamento e ajudem no combate à onicofagia. No geral, a prática de esportes costuma ajudar bastante devido aos seus efeitos de redução da ansiedade e estresse.

Além disso, cultivar hobbies, garantir a qualidade do sono e manter uma alimentação saudável também são pontos que contribuem positivamente para a balança.

Onde encontrar um psicólogo?

Se após a leitura deste artigo você se deu conta de que precisa procurar um psicólogo para entender o que há por trás do hábito de roer as unhas, conte com a Vittude, uma plataforma que conecta pacientes aos psicólogos de diferentes linhas de abordagem terapêutica.

A Vittude é referência e terapia online, por isso, se preferir realizar as suas sessões no conforto da sua casa você pode optar por esta modalidade quanto estiver realizando a sua busca. Basta se cadastra e escolher os filtros para realizar a sua busca por um profissional de acordo com as suas necessidade. É fácil, simples e eficaz! Faça terapia na Vittude.

Bruna Cosenza

Escritora, produtora de conteúdo freelancer e LinkedIn Top Voice 2019. Autora de "Sentimentos em comum" e "Lola & Benjamin", escreve para inspirar as pessoas a tornarem seus sonhos reais para que tenham uma vida mais significativa.

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