Como saber se estou com depressão? Fique atento aos sinais!

Depressão não é frescura nem fraqueza. É uma doença como qualquer outra. Apesar de afetar milhões de pessoas em todo o mundo, ainda sofre muitos preconceitos. Mesmo com bastante informação disponível sobre o assunto, a pergunta que muita gente se faz é “como saber se estou com depressão”?

Para começo de conversa, é importante entender que a depressão é um transtorno provocado pelo desajuste no funcionamento do cérebro, em que neurotransmissores como serotonina e dopamina sofrem certo desequilíbrio.

Existem várias tipos de causas para a depressão, como fatores externos, gatilhos genéticos e variações hormonais.

Se você ou alguma pessoa próxima demonstrar sintomas da depressão, o mais importante é consultar um psicólogo o quanto antes. Apenas um especialista poderá fornecer um diagnóstico adequado e seguro.

Como saber se estou com depressão?

Muita gente se faz essa pergunta. Afinal, como saber se estou com depressão?

É bem comum confundirmos depressão com tristeza, no entanto, existem algumas diferenças claras entre ambos.

A tristeza é uma emoção universal, que faz parte da vida do ser humano. É normal vivenciarmos algumas situações que desencadeiam tristeza, como a perda de um amor, a morte de um ente querido ou uma frustração profissional.

Diante de um acontecimento triste, faz parte ficarmos desanimados por determinado tempo. Na verdade, é até saudável! A tristeza nos faz evoluir e refletir.

A depressão, por sua vez, é marcada por apatia e desânimo constantes, que podem não ter razão nenhuma e duram mais de quinze dias.

A pessoa perde a vontade de fazer coisas que antes proporcionavam prazer e não vê luz no fim do túnel para o seu desespero emocional.

É comum que pessoas que tem ou tiveram depressão reportem sinais como falta de vontade de levantar da cama, diminuição do sentimento de esperança e uma sensação de que as atividades atuais perderam o sentido.

Quer saber se os sinais que têm sentido são mesmo de depressão? Você pode realizar o teste abaixo!

Para ficar mais claro, vamos conferir abaixo as diferenças mais relevantes entre a tristeza e a depressão:

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Tristeza

  • Existe uma razão para se estar triste, como a morte de uma pessoa querida ou uma frustração amorosa, por exemplo;
  • É temporária, ou seja, vai diminuindo com o tempo;
  • A pessoa sente vontade de chorar, fica desanimada e angustiada.

Depressão

  • Não há um motivo justificável para os sintomas de tristeza e desânimo – é comum a pessoa não ter clareza sobre as razões de estar sentindo tudo aquilo;
  • É permanente, permeando todos os dias da vida da pessoa por mais de 14 dias;
  • Além de se sentir triste, a pessoa também sofre com algumas mudanças alimentares e de sono, tem baixa autoestima, sensação de culpa constante, pensamentos suicidas e perda de prazer em fazer o que antes proporcionava alegria.

Apesar de existirem muitos testes disponíveis na internet para descobrir se você está depressivo, nada substitui o acompanhamento psicológico. Para ter certeza sobre o seu diagnóstico, assim que suspeitar do seu quadro é importante consultar um especialista!

Depressão vs. Luto

Um dos momentos mais dolorosos da vida do ser humano é aquele em que precisamos lidar com a morte. Quando uma pessoa muito querida morre, é normal viver o luto.

Muita gente confunde esse período com depressão, pois pode durar muitos meses ou até um ano.

Vale ressaltar que se trata de uma tristeza justificável, que costuma ter altos e baixos e variar conforme a pessoa se lembra da perda.

Em alguns casos pode ser importante fazer terapia para aprender a lidar com a perda e buscar um novo sentido para a sua vida. Além disso, existem situações em que a pessoa não consegue sair do luto sozinha e precisa de auxílio para que o quadro não se torne depressivo.

É importante, portanto, viver o luto, mas ficar atento se o mesmo persistir por mais de um ano, o que pode significar que a pessoa está desenvolvendo a depressão e precisa de ajuda médica.

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Não tenha medo de falar sobre a depressão

A partir do momento em que a pessoa se questiona “como saber se estou com depressão” e vai atrás de informação, quer dizer que está aberta para procurar ajuda.

Mas devido aos inúmeros preconceitos que ainda existem em relação à doença, é muito comum haver o receio de se abrir com parentes e amigos sobre o que se está passando.

Ficam com medo de serem julgados e ouvirem comentários que pouco ajudam nessas horas, como por exemplo: “Vai passar!” ou “Poderia ser pior!”.

Caso realmente não se sinta confortável para conversar com ninguém do seu círculo mais próximo, o mais indicado é procurar um psicólogo ou psiquiatra para conversar e receber o diagnóstico correto.

As sessões de psicoterapia podem ser um pontapé inicial para que você consiga se abrir com as pessoas e, assim, receber apoio.

Por mais que, muitas vezes, não seja a intenção da pessoa, o pior que pode acontecer é ela se isolar ainda mais e não buscar ajuda de ninguém.

Justamente por isso os amigos e familiares precisam estar atentos aos sinais de que algo não vai bem e oferecer o conforto que o outro precisa para buscar o tratamento adequado.

Quais são os sintomas da depressão?

Os sintomas principais da depressão são o humor deprimido por mais de 2 semanas, perda de prazer em realizar atividades que antes traziam alegria e sensação de fadiga. Caso a pessoa apresente pelo menos dois desses sintomas por 14 dias, é sinal de que algo não vai bem.

Além disso, há outros sintomas secundários que também merecem atenção:

  • Alterações de peso (come muito ou come pouco);
  • Mudanças no sono (dorme muito e continua se sentindo cansado ou insônia);
  • Baixa autoestima;
  • Sentimento de culpa;
  • Pensamentos negativos e suicidas;
  • Concentração e raciocínio baixo;
  • Baixo desejo sexual;
  • Irritabilidade;
  • Ansiedade.

Como saber qual é o nível da depressão?

Existem vários níveis de depressão e apenas um psicólogo ou psiquiatra pode confirmar exatamente qual é o estágio do quadro. Além disso, o diagnóstico exato também irá impactar no tipo de tratamento.

Confira, abaixo, os três principais níveis da doença:

  • Leve: o paciente apresenta 2 sintomas principais e 2 secundários;
  • Moderada: o paciente apresenta 2 sintomas principais e de 3 a 4 secundários;
  • Grave: o paciente apresenta 3 sintomas principais e mais de 4 secundários.

A importância da prevenção e do tratamento

Prevenir a depressão é a melhor forma de combater a doença. Além de cultivar um estilo de vida saudável, praticar exercícios regularmente e cuidar da mente, a terapia também pode ser uma aliada poderosa nesse processo.

Você sabia que ao longo das sessões de terapia você vivenciará uma jornada de autoconhecimento muito profunda? O psicólogo ajuda o paciente a entender as raízes dos seus problemas, reconhecer as suas emoções e aprender a lidar com elas.

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É recomendável que todas as pessoas façam terapia ao longo da vida, pois é inegável que o acompanhamento de um psicólogo pode ajudar na resolução de conflitos internos e a ter um dia a dia mais equilibrado.

Caso a pessoa seja diagnosticada com depressão, o médico irá indicar qual é o tratamento adequado, podendo ser apenas a psicoterapia ou havendo a necessidade de medicação. Além dos tratamentos convencionais, existem terapias alternativas que podem ser complementares e ajudar o paciente a evoluir mais rápido e combater a doença.

Agora que você já consegue responder à pergunta “como saber se estou com depressão”, que tal compartilhar esse conteúdo em suas redes sociais para que a informação sobre o assunto ajude outras pessoas a procurarem ajuda?

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Autor

Bruna Cosenza

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Escritora, produtora de conteúdo freelancer e LinkedIn Top Voice 2019. Autora de "Sentimentos em comum" e "Lola & Benjamin", escreve para inspirar as pessoas a tornarem seus sonhos reais para que tenham uma vida mais significativa.