5 maneiras de superar o complexo de rejeição

O complexo de rejeição pode se tornar um grande impedimento para quem sofre com ele. Você já deve ter ouvido o ditado “não se pode agradar gregos e troianos” por aí. Essa sabedoria popular diz respeito à impossibilidade de satisfazer a todos. 

Quem se sente rejeitado sem motivo, geralmente procura fazer exatamente isso para se livrar deste sentimento ruim. O problema é que esse comportamento resulta em grandes decepções. 

Enquanto a pessoa espera um agradecimento e um possível estreitamento do laço de amizade, o outro nem faz ideia de suas expectativas. Este desencontro acaba gerando frustração

Dessa forma, é difícil para a pessoa com sentimentos de rejeição formar laços duradouros. O problema, infelizmente, é um paradoxo, pois esta dinâmica apenas aumenta a sensação de estar sendo rejeitado.

O que é complexo de rejeição?

Primeiramente, precisamos esclarecer que esta denominação é popular. O termo ‘complexo’ se refere, na verdade, a crença de rejeição constante. Em todas as situações sociais, a pessoa ou acredita estar sendo rejeitada ou especula que logo será rejeitada. 

Uma conduta dúbia ou comentário infeliz é o suficiente para alertar a pessoa complexada. Em outras palavras, vive em constante medo de sentir as emoções ruins que surgem com um possível abandono.

O complexo de rejeição age como um bloqueio para o desenvolvimento de relações interpessoais sadias. Pode até mesmo ser um mecanismo de autossabotagem inconsciente. 

A lógica é mais ou menos assim: “Vou terminar/ir embora/desistir/não me apegar antes de ser rejeitado”. Assim, a pessoa não consegue se entregar totalmente aos seus relacionamentos, prejudicando a convivência. 

O mesmo se aplica a projetos pessoais, trabalho ou estudo. Como está sempre imaginando um cenário de possível rejeição, o indivíduo complexado não conclui suas tarefas ou não dá tudo de si. “Por que tentar já que a minha ideia vai ser negada?”, é a lógica costumeira dessas situações. Neste caso, o medo da rejeição é um empecilho para que encontre o seu verdadeiro potencial. 

Características do complexo de rejeição

Quando o medo da rejeição é muito forte, a tendência é esperar por uma situação semelhante a do passado. Isso acontece porque a pessoa complexada já está com uma forte crença que dificilmente haverá outra forma de tratamento. Consequentemente, não aproveita o presente nem descobre as coisas boas nos outros ou em sua vida atual.

Quando algo lhe é negado ou percebe um comportamento “estranho” de alguém próximo, o indivíduo complexado inconscientemente acredita que o passado está prestes a se repetir. Assim, já se arma contra a possível ameaça a sua autoestima e saúde-mental

Essa reação também revela uma grande necessidade de agradar o outro. A pessoa dá grande importância para a opinião de terceiros, mesmo se nada tem a ver com a sua vida. Procura fazer de tudo para que os demais tenham uma opinião positiva sobre ela. Caso contrário, entra em desespero por ter medo de ser abandonada. 

Outra consequência comum do complexo de rejeição é o isolamento social. Pessoas solitárias geralmente acreditam que não são bem-vindas já que foram machucadas diversas vezes pelo sentimento de rejeição. Desse modo, preferem se manter reclusas.

Como desenvolvemos o complexo de rejeição?

Todo mundo vivencia a rejeição ao longo da vida. O ditado popular lá do começo se encaixa perfeitamente aqui também. Os troianos podem se satisfazer com uma atitude nossa bem como os gregos podem detestar a mesma atitude. Logo, é impossível receber uma resposta positiva em todas as ocasiões.

Porém, raramente somos ensinados a lidar com a frustração de um não.  Os pais e professores podem ensinar o não para prevenir comportamentos perigosos ou grosseiros. Mas dificilmente encontramos orientações sobre como agir quando alguém nos rejeita. 

Na infância, quando as crianças do parquinho se recusam a brincar com você, esse acontecimento pode marcá-lo para sempre. Na adolescência, o bullying, que também é uma forma de rejeitar o próximo, também deixa marcas profundas em quem sofre. 

No próprio ambiente familiar podemos encontrar muitos casos de rejeição. Pais que desaprovam o sonho de vida dos filhos, não gostam de um traço de sua personalidade ou rejeitam a sua sexualidade. Situações como essas se repetem diariamente no Brasil. Dinâmicas familiares negativas podem impulsionar o aparecimento do complexo de rejeição. 

Os sentimentos negativos que surgem desses acontecimentos machucam. Eles se tornam dores emocionais que carregamos para o resto da vida. Muitas vezes, sem ter consciência de que aquele momento específico foi determinante para a nossa condição atual.

Dicas para superar o complexo de rejeição


Para se livrar desse padrão de comportamento nada saudável, você pode seguir as dicas da Vittude!

Ressignificar a rejeição

Quando o seu chefe nega a sua ideia no trabalho, não significa que você é incompetente. Caso um amigo rejeite a sua ajuda para algum projeto, pode ser que você não possa contribuir naquela situação específica. Se o seu parceiro terminar com você, não quer dizer que ninguém nunca vai amá-lo.

Essas pequenas formas de ser rejeitado são comuns no dia a dia de todos nós! Elas não podem deixá-lo paralisado de medo ou de frustração. É preciso dar um novo significado aos sentimentos ruins entrelaçados na ideia de rejeição.

Embora dolorosa, a rejeição pode ser um caminho para uma realidade melhor ou um aprendizado para não cometer o mesmo erro. Procure encontrar as lições presentes também nestas situações. 

Mudar a perspectiva 

Pare de focar no abandono iminente. 

Saiba que quando você interage com alguém, ele não consegue ver todas as coisas ruins que você julga possuir. O outro desconhece o seu passado e não tem conhecimento dos segredos que você guarda. E, mesmo se tivesse, não seria motivo para rejeitá-lo.

Quando vivemos perseguidos pelo medo da rejeição, acreditamos ter todas as razões para merecermos essa realidade. A verdade é que não, você não tem. Não deixe esses pensamentos ditarem como você vive. 

Quando vivenciar uma situação de rejeição, procure pontos a serem melhorados para ter um resultado diferente no futuro ou simplesmente siga adiante. A vida é repleta de recomeços. Combata os pensamentos degradantes que surgem para deixá-lo para baixo.

Praticar o amor-próprio

Veja quem você é hoje. Certamente, é bem diferente do seu ‘eu’ do passado. Aquela pessoa que sofreu tanto conquistou feitos incríveis e chegou até onde você está! Independentemente se esta for realidade desejada ou não, seja grato pelo crescimento pessoal.

Em seguida, analise suas virtudes. O que você mais gosta em você? Liste-as e leia todos os itens diariamente. As chances de você não acreditar em suas próprias qualidades são grandes. Por isso, este exercício irá lentamente fazê-lo se acostumar com elas.

Outra forma de cultivar o amor-próprio é utilizar os fracassos para aprender e celebrar as vitórias. Mesmo se essas forem pequenas, comemore e faça uma reflexão do seu sucesso. Assim, o seu cérebro vai se acostumar a pensar de forma positiva novamente.

Reencontrar a vulnerabilidade

É difícil se abrir para o mundo depois de múltiplas rejeições. 

O medo é um poderoso dominador. Viver assim, no entanto, é insustentável. Deixe as suas armas de lado por um momento e tente se abrir para as pessoas próximas. Pode ser um colega de trabalho ou um parente que até então era distante.

Se for preciso, comece conversando online em grupos voltados para os seus interesses. É mais fácil formar laços com pessoas que possuem o mesmo gosto que nós. Além disso, no mundo cibernético a pressão das interações sociais é muito menor.

Faça isso aos poucos, no seu ritmo e no seu tempo. Respeite as suas limitações, oferecendo apenas o que consegue cumprir. Se o medo de se tornar vulnerável for muito, não sucumba ao desespero. Procure ajuda profissional para abrir o seu coração e superar experiências traumáticas.

Perdoar o passado

Este passo também é um pouco complicado, mas possível. O passado está cheio de sentimentos. Ao revivermos uma memória, esses sentimentos voltam à tona.

O perdão é uma forma de libertação dessas sensações ruins. Por meio de um processo longo de compreensão e aceitação dos eventos em nossas vidas, é possível se livrar da mágoa. Porém, é necessário ter muita coragem para revisitar traumas. Vá com calma neste passo também.

Uma técnica eficiente é simplesmente visualizar as pessoas que o rejeitaram e repetir “eu perdoo você” diversas vezes.

 O caminho para a mudança

 Se a mudança está sendo árdua demais, não se preocupe. A Vittude está aqui para ajudá-lo a reencontrar o seu valor. A terapia é um caminho de cura para quem carrega as mágoas da rejeição. Através da análise dos fatores que podem ter contribuído para o surgimento deste sentimento, são criados métodos para contorná-lo.

 Como é complicado tocar em assuntos passados, que nos marcaram profundamente, o psicólogo pode ajudá-lo a superar os desafios do processo de cura. Na Vittude, há muitos profissionais prontos para atender pacientes com as mais variadas objeções.

É só acessar este link para conhecer cada um deles e marcar uma consulta online. A terapia nesta modalidade surgiu justamente para dar mais conforto ao paciente. No mundo digital, é possível encontrar psicólogos com qualificações específicas para cada perturbação emocional. Então, não hesite!

Autor

Tatiana Pimenta

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CEO e Fundadora da Vittude. É apaixonada por psicologia e comportamento humano, sendo grande estudiosa de temas como Psicologia Positiva e os impactos da felicidade na saúde física e mental. Cursou The Science of Happiness pela University of California, Berkeley. É maratonista e praticante de Mindfulness. Encontrou na corrida de rua e na meditação fontes de disciplina, foco, felicidade e produtividade. Você também pode me seguir no Instagram @tatianaacpimenta