Emagrecer: como controlar seus pensamentos e perder peso

Emagrecer costuma ser um desafio. Trata-se de uma tarefa que nunca é vista como algo fácil ou simples. Afinal, perder peso requer uma mudança significativa de hábitos alimentares, físicos e também psicológicos.

Nossos pensamentos e emoções costumam exercer uma influência significativa no modo como nos alimentamos. Da mesma forma, a comida que ingerimos também afeta nossa saúde emocional. É uma via de mão dupla que precisa ser controlada para que possa fluir adequadamente.

Por conta disso, cada vez mais tem se propagado a ideia da mudança de mentalidade em relação à comida. É preciso mudar o modo como percebemos nossa alimentação – ou não percebemos, agindo no campo do inconsciente – para que a mudança prática ocorra de maneira mais natural e consistente.

Ao trabalharmos nosso mindset sobre alimentação, emagrecer tende a ser uma consequência das novas atitudes. Muda-se o modo como passamos a encarar o “desafio” de fazer dieta, fazendo justamente com que deixe de ser um desafio e se torne um estilo de vida sem sofrimentos e abdicações.

Se você está em busca dessa mudança e quer saber como seus pensamentos podem influenciar na perda de peso, continue a leitura!

A comida como hábito

Com o passar do tempo e conforme os seres  humanos foram evoluindo, a comida deixou de ser vista apenas como uma necessidade física, fundamental para nossa sobrevivência. Ela passou a ter o status de hábito social.

O modo de organização das famílias fez com que o horário das refeições se tornasse uma oportunidade de reunir todos à mesa. Os eventos sociais fizeram da comida um item obrigatório. E não existe uma festa de aniversário, um casamento ou formatura, e até mesmo uma simples reunião entre amigos sem que algum tipo de comida seja servido.

Desse modo, a ingestão de alimentos a todo momento e em qualquer lugar acabou por ser naturalizada a tal ponto, que tornou-se até mesmo um jeito de se divertir e ter prazer. Quando na verdade, os alimentos deveriam servir apenas para suprir nossas necessidade de nutrientes indispensáveis à saúde e à vida.

A essa altura do campeonato é praticamente impossível mudar esse padrão. E, para quem está buscando emagrecer, esse “costume”, esse “ter que comer” pode ser bastante prejudicial.

Quantas vezes você já se pegou recusando convites para jantares ou coisas do tipo, justificando com o fato de estar de dieta? Ou ainda, furando sua dieta justamente por ir a lugares onde a comida é uma presença marcante?

Tudo isso acaba gerando conflitos internos e, de algum modo, prejudicando nossa relação com os alimentos e, até mesmo, com nosso círculo social. As consequências podem aparecer na balança e também fora dela, prejudicando nossa saúde mental tanto quanto a física.

Então como tornar a presença da comida em nosso cotidiano algo mais saudável, sem exageros e sem culpa? A resposta é: mudando nosso mindset, prestando atenção ao que se come e adquirindo consciência das nossas vontades. 

Mindful eating: atenção plena para emagrecer

Muito se tem falado em mindfulness, a técnica de atenção plena que ajuda a direcionar a consciência para o momento presente, auxiliando a reduzir os níveis de estresse, ansiedade, melhorar o sono, entre tantos outros benefícios.

E como a atenção plena é benéfica em tantas áreas da nossa vida, podemos direcionar a consciência também para nossa relação com a comida. 

O conceito de mindful eating utiliza os princípios do mindfulness na alimentação, de modo que se torna possível emagrecer controlando os pensamentos e direcionando o foco para o ato de comer. Isso ocorre porque passamos a fazer escolhas mais conscientes sobre a comida e prestar mais atenção à saciedade.

Veja a seguir algumas dicas práticas para introduzir a técnica de atenção plena na sua rotina de alimentação:

Questione e avalie sua fome

Fome e vontade de comer são coisas bastante distintas, mas ainda assim, muito confundidas. Como temos o hábito de comer ao menor sinal de “barriga roncando”, às vezes é difícil aprender a identificar a fome real.

Por isso, antes de comer questione o nível da sua fome e avalie a necessidade de se alimentar imediatamente numa escala de 1 a 10. Se de fato a fome vencer, continue se questionando após algumas mordidas ou garfadas. Avalie constantemente seu nível de fome até sentir-se satisfeito, mas não cheio.

Para emagrecer, coma lentamente

Diversas pesquisas relacionadas à obesidade já comprovaram que comer rápido não ajuda quem quer emagrecer. Por isso, uma das técnicas do mindful eating está relacionada com a velocidade de ingestão dos alimentos.

Ao comer devagar, é possível saborear os alimentos com mais atenção e perceber o nível de saciedade com maior clareza, o que levará a comer menos, consequentemente.

Elimine as distrações

Quem quer emagrecer não se beneficia ao comer de maneira distraída. E a atenção plena na alimentação sugere exatamente que o indivíduo se concentre essencialmente na sua refeição.

Por isso, quando decidir que realmente precisa comer, saia da frente da tv ou do computador, largue o celular e vá para um local tranquilo, onde esteja só você e seu prato. Não vale ouvir música, folhear revistas e jornais ou qualquer tipo de atividade que tire o foco da comida.

Dessa forma, será possível evitar os excessos e transformar as refeições em momentos de meditação e relaxamento.

Anote seus desejos alimentares

Para quem está buscando emagrecer e utilizando técnicas de atenção plena pela primeira vez, uma dica preciosa é manter um diário e registrar todos os desejos relacionados à comida.

A partir disso será possível aprender a identificar quando a alimentação é uma necessidade real ou apenas uma vontade desencadeada por algum fato ou sentimento, em que a comida pode estar servindo de válvula de escape.

Ao reconhecer seus desejos associados à alimentação, será possível tomar decisões mais conscientes sobre ceder ou não ao desejo de comer.

Cuidando dos transtornos alimentares para emagrecer

Não é só por falta de atenção, hábitos equivocados e más escolhas alimentares que muitas pessoas não conseguem emagrecer. A raiz do problema pode estar justamente no aspecto psicológico que envolve a relação com a comida, e praticar o mindful eating pode contribuir na identificação de transtornos alimentares, principalmente relacionados com a compulsão

Esse é um problema de saúde em que a terapia cognitivo-comportamental deve fazer parte do tratamento, e a atenção plena é uma das ferramentas utilizadas para se trabalhar o processo de cura. 

Além disso, uma avaliação médica é fundamental, pois a compulsão alimentar está geralmente ligada a casos de ansiedade e depressão, que podem exigir ainda o tratamento com medicação adequada, além da psicoterapia.

Por tudo isso é importante desenvolver a consciência e a capacidade de controlar os pensamentos, na intenção de adquirir bons hábitos e um estilo de vida mais saudável!

Plataformas como a Vittude podem facilitar a busca por um psicólogo que atenda a requisitos específicos para atender a todos que precisem de acompanhamento. Acesse nosso site e confira você mesmo todas as oportunidades oferecidas!

Se você gostou desse artigo, aproveite para seguir a Vittude no Instagram e também assinar nossa newsletter!

Leia também:

Cirurgia bariátrica: emagrecer também mexe com a cabeça

Alimentação saudável: sua dieta pode impactar sua felicidade

Autor

Tatiana Pimenta

ver outros conteúdos

CEO e Fundadora da Vittude. É apaixonada por psicologia e comportamento humano, sendo grande estudiosa de temas como Psicologia Positiva e os impactos da felicidade na saúde física e mental. Cursou The Science of Happiness pela University of California, Berkeley. É maratonista e praticante de Mindfulness. Encontrou na corrida de rua e na meditação fontes de disciplina, foco, felicidade e produtividade. Você também pode me seguir no Instagram @tatianaacpimenta