Psicologia Clínica: O que é psicoterapia? Quais os benefícios?

Psicologia Clínica: O que é psicoterapia? Quais os benefícios?

Psicologia clínica é a área da psicologia dedicada ao estudo dos distúrbios mentais, seus sintomas, causas, tratamentos e intervenções psíquicas.

O escopo da psicologia clínica engloba todas as idades, múltiplas diversidades e sistemas variados.

O surgimento da Psicologia

Os gregos acreditavam que nós humanos tínhamos uma parte imaterial, e o cérebro seria um mediador entre essa parte imaterial com a parte material. Seria uma espécie de alma. A filosofia trouxe então que existia a mente e o corpo. Do estudo da alma, passou para o estudo da mente.

Quando os médicos decidiram estudar a mente de forma empírica, resultou em escolas psicológicas, e um dos principais estudos era o do comportamento humano, em diversas perspectivas e pontos de vista de diversos estudiosos. Com a comprovação dos estudos e das experiências, a Psicologia foi considerada uma ciência.

O que a Psicologia propõe?

Temos comportamentos similares entre um grupo de humanos que se diferenciam de outros grupos, mulheres tendem a terem certos comportamentos que os homens não têm e vice-versa. Crianças têm comportamentos diferentes que os dos adultos, e também podem ter comportamentos vistos como inadequados entre crianças com a mesma idade.

Devido a alguns comportamentos uma pessoa pode ser demitida do emprego, pode não conseguir ter uma relação amorosa. Muitas vezes esses comportamentos geram problemas emocionais e o desejo de mudança é refletido nos seres humanos.

O que a psicologia propõe é ir além de uma mudança ensaiada de comportamento. É necessário um questionamento da palavra e do ato, uma liberação das amarras do existir, para uma construção e reconstrução de sentido acerca da vida. Vendo os comportamentos e experiências com outro olhar, amplia as formas de resolução dos problemas, e o ser se apropria e se responsabiliza, tomando consciência de seus atos, podendo então melhorá-los.

A Psicologia Clínica

Desde o final do século passado e ainda no início deste século, presenciamos, no País, um aumento considerável das áreas de atuação da Psicologia, o que evidencia uma ampliação de seus locais de trabalho: o psicólogo torna-se presença cada vez mais constante nos sistemas de saúde pública, nos centros de reabilitação, nos asilos, nos hospitais psiquiátricos e gerais, no sistema judiciário, nas creches, nas penitenciárias, nas comunidades. Dessa maneira, surgem, para o profissional, outras oportunidades de trabalho que escapam a seus espaços usuais de atuação, restritos até então aos consultórios, às escolas e às empresas.

A Psicologia Clínica é então uma das área que os psicólogos atuam e que sofre mudanças ao longo do tempo. A clínica psicológica se caracteriza não pelo local em que se realiza – o consultório -, como antigamente, mas pela qualidade da escuta e da acolhida que se oferece ao sujeito. Por isso, atualmente, já existem diversas plataformas que oferecem atendimentos psicológicos on-line.

Posso dizer que a forma que funciona a Psicologia clínica é parecida com o modelo médico, onde, cabe ao profissional observar e compreender a demanda do sujeito para, posteriormente, intervir, isto é, remediar, tratar, curar. Nós psicólogos, não exatamente olhamos e focamos na patologia como os médicos fazem e sim na demanda do sujeito.

O sujeito é visto como um ser singular, de demandas únicas, e a clínica deve oferecer acolhimento para essas suas questões particulares. Propondo ao cliente que construa por si seus sentidos subjetivos e individuais, sem necessariamente ditá-los, pois o ser tem um potencial inato que deve ser instigado e trabalhado.

Em outras palavras, nem sempre o que é bom para um é bom para o outro, não tem como ditar e oferecer sentidos e sim construir juntos novos sentidos, novos olhares, novos comportamentos que provavelmente vão influenciar na resolução dos problemas. O ser humano não é o problema, ele tem um problema.

Quando digo que o ser humano é singular e de demandas únicas, é necessário acrescentar que os outros têm uma grande influência na existência de todos nós. Temos uma influência social. E os psicólogos não podem negar isso. Tanto é que alguns de nossos problemas estão relacionados com outras pessoas, baseados nas relações que criamos e vivenciamos.

O que é psicoterapia?

A psicoterapia é um dos atendimentos oferecidos na clínica psicológica. Crianças, adolescentes, adultos, idosos, casais, famílias, podem se beneficiar desse atendimento. Existem três formas gerais de psicoterapia, a individual, coletiva (ou de grupos) e a institucional (realizada em casas de saúde, ou outras instituições que costumam ter internos).

Há diversos significados para o termo psicoterapia. Trago um deles: a psicoterapia se trata da aplicação de técnicas especializadas ao tratamento de distúrbios mentais ou aos problemas de ajustamento cotidiano.Para a realização da psicoterapia o Psicólogo se baseia em alguma abordagem. Estas abordagens são diversas. Vejamos, logo abaixo, como as abordagens veem a psicoterapia.

Na Abordagem Centrada na Pessoa, a psicoterapia é um processo que visa a restauração do autoconceito renovando os processos de crescimento. Para a Abordagem Gestáltica, a psicoterapia visa restaurar os processos inerentes de crescimento. Para a Abordagem Psicanalítica, visa a um ajustamento mais construtivo por meio da introvisão dos conflitos inconscientes. Para a Abordagem Cognitiva a psicoterapia possibilita mudar os processos de pensamento irracional, enquanto que para a Abordagem Comportamental a psicoterapia tem por foco o achar e manipular as condições que produzem e mantém um comportamento problemático e alterá-las. Todas as abordagens funcionam e trazem benefícios.

Quais os benefícios da psicoterapia?

O efeito benéfico do comportamento de relatar quer oralmente quer por escrito os acontecimentos de vida perturbadores e as experiências emocionais associadas tem sido atribuído a diferentes fatores. Por um lado, o relato repetido das experiências favorece a percepção gradual de diferentes partes da experiência, bem como a habituação a expressão e vivência emocional. Um outro efeito é permitir o reconhecimento público do impacto dos acontecimentos, o que impede a continuidade do comportamento de inibição. Deste modo os acontecimentos traumáticos assumem outro significado e enquadramento na narrativa pessoal.

A psicoterapia é um catalizador do desenvolvimento do suporte social e dessa forma favorece a diminuição dos comportamentos de inibição ou repressão emocional, conduzindo à organização e assimilação da experiência, e a melhorar a compreensão e construção de significado.

Kelly Justino Zago é psicóloga clínica, atende em consultório na cidade de Franca no interior de São Paulo e virtualmente. Oferece atendimentos presenciais em ludoterapia, psicopedagogia, grupoterapia, psicoterapia e atendimentos virtuais de orientação psicológica para crianças, mulheres e pais. Esta sempre antenada e capacitada diante da profissão. Sempre busca alcançar a melhor versão da pessoa, acredita firmemente no potencial que elas têm em conseguir realizar desejos e solucionar problemas.

Tel.: (16) 3703-8124
Whatsapp: (16) 99460-2313
Youtube: https://www.youtube.com/channel/UC4xoD704IFecS_9jnvvyGlQ
Facebook: https://www.facebook.com/kellyjustinozago/

 

Bibliografias consultadas:

BARCELLOS, Bruno Fernandes. O que a psicologia propõe. Blog O pensador. 2018. Disponível em: https://www.pensador.com/frase/MTkzMDcwMw/. Acesso em? 12 de junho de 2018.

BERNI, Luiz Eduardo V. Psicoterapia como clínica psicológica: um campo em permanente construção. Disponível em: http://www.crpsp.org.br/psicoterapia/pdfs/A_CLINICA_PSICOLOGICA_UM_CAMPO_EM_CONSTRUCAO.pdf.  Acesso em: 12 de junho de 2018.

FERNANDES, Erynat. Origem Da Psicologia No Mundo E No Brasil – Como Surgiu A Psicologia. Web artigos. 2008. Disponível em: https://www.webartigos.com/artigos/origem-da-psicologia-no-mundo-e-no-brasil-como-surgiu-a-psicologia/6731/. Acesso em: 12 de junho de 2018.

MAIA, Ângela da Costa; FERNANDES, Eugénia. Impacto do exercício de psicoterapia nos psicoterapeutas. Análise Psicológica (2008). Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/pdf/aps/v26n1/v26n1a04.pdf. Acesso em: 12 de junho de 2018.

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