Os líderes, antes de qualquer coisa, são os responsáveis pela retenção de colaboradores ou pelo alto turnover. Segundo uma pesquisa da consultoria Michael Page, 8 a cada 10 pessoas pedem demissão por causa deles. Por isso, é fundamental desenvolver habilidades de liderança.
Quando isso não acontece, todas as responsabilidades interpessoais são alocadas no RH que provavelmente não vai conseguir atender todas as demandas de trabalhadores.
E não precisa nem ser um expert na área para entender como isso vai gerar uma bola de neve de problemas que, em última instância, pode prejudicar muito a empresa – da queda de produtividade ao aumento de processos na Justiça do Trabalho.
Por isso, neste artigo, você vai ver:
Ser líder significa inspirar e influenciar outras pessoas. Essa não é mais uma tendência, é uma realidade do mercado. Tanto quanto é impensável uma empresa se estruturar sem tecnologia, é dificílimo que ela sobreviva sem lideranças de qualidade.
Muito diferente dos antigos chefes, cuja cultura era apenas de gerenciar o trabalho realizado, ou seja, supervisionar o que está sendo feito e certificar-se de que os funcionários tenham um bom desempenho. Já desenvolver habilidades de liderança vão muito além.
Se você quiser entender melhor a diferença entre chefe e líder, leia o artigo Desvendando a liderança: como se tornar um bom gestor e motivar a equipe?
Optar por este modelo de gestão tem diversos benefícios, entre eles:
Mas isso não acontece rápido e tem uma série de pré-requisitos.
Tony Robbins, empreendedor e coach estadunidense que treinou pessoas como Bill Clinton, princesa Diana, Nelson Mandela e outros grandes líderes, considera que a liderança não é um cargo ou uma posição. É uma habilidade interpessoal.
Além disso, uma liderança autêntica ou de qualidade acontece quando o líder, ao invés de ter uma mentalidade tomada pelo ego, em que se considera uma pessoa poderosa; tem um modo de pensar diferente: entende que precisa servir outras pessoas.
É uma inversão total de valores se levarmos em conta o que é praticado pela maioria das pessoas.
Você não está no comando. Você é responsável por aqueles que estão sob o seu comando.
Ou seja, ele acredita que mudar a mentalidade dos líderes é a forma mais rápida e eficiente para uma empresa ter sucesso financeiro.
Mas, afinal, quais são as principais competências necessárias para ser um bom líder?
Veja a seguir!
Uma pesquisa realizada pela Indeed mostrou que essa é a principal competência de liderança desejada pelas empresas. Ela foi escolhida por 70% das empresas, seguida de:
Desenvolver os colaboradores não é só um desejo das empresas, mas também um dos principais motes dos próprios colaboradores. Ou seja, resulta em benefícios como engajamento e retenção de talentos ao mesmo tempo em que potencializa o resultado financeiro das organizações.
O melhor dos dois mundos, não é?
Conseguir se comunicar bem com os liderados é um aspecto fundamental. Afinal, essa é a principal ferramenta de relacionamento, que é a base de uma boa liderança.
O líder pode ser um mestre naquilo que faz e dominar todas as habilidades técnicas, mas se não tiver soft skills bem desenvolvidas – e essa é uma das principais – dificilmente se manterá na empresa.
Até porque, como já dissemos, bons profissionais não ficam em empresas com líderes tóxicos. Ou seja, a percepção sobre a qualidade da liderança está muito mais relacionada a aspectos comportamentais.
Delegar tarefas, falar com clareza e também saber ouvir precisa fazer parte das habilidades de liderança.
A empatia é uma soft skill, logo, é algo que pode – e deve – ser aprimorado.
O escritor renomado e mentor de líderes, Simon Sinek, fala sobre o desenvolvimento da empatia no ambiente de trabalho como algo que precisa ser exercitado, como um músculo, e dá o exemplo de uma situação corriqueira no trabalho.
Um líder vai conversar com um colaborador e diz: “Suas metas não foram batidas nos últimos três quarters. Se nada melhorar no próximo, não posso garantir seu emprego.”
Isso deixa qualquer colaborador apavorado e não demonstra nenhuma empatia ou responsabilização por parte do líder. Afinal, se ele é responsável pelas pessoas e a performance delas não está de acordo com o esperado, é o líder que está falhando também.
Agora, imagine a mesma conversa sendo feita desta forma: “Suas metas não foram batidas nos últimos três quarters. Você está bem? Está acontecendo alguma coisa em casa ou aqui no trabalho? O que eu posso fazer para te ajudar?”.
Percebe a diferença gritante entre uma e outra? E que o colaborador amedrontado do primeiro cenário pode se tornar muito mais engajado no segundo?
Outro aspecto muito importante é conseguir autogerir suas emoções. Afinal, um líder, sendo responsável por um time, é uma pessoa que está sob muito estresse constantemente.
Sem conseguir lidar com isso de maneira saudável, ele vai acabar descontando nos colaboradores e gerar situações muito desagradáveis, que podem gerar conflitos internos, queda de produtividade e até mesmo ter suas atitudes enquadradas como assédio moral.
Isso não é só ruim para o próprio líder, mas é péssimo para a empresa e ainda pior para os liderados. Assim, essa é exatamente a situação a ser evitada.
E, da mesma forma que a empatia, a resiliência é uma habilidade interpessoal que precisa de treino. Não é na primeira situação de crise que você terá a melhor resposta ao estresse, mas existem diversos mecanismos que podem te ajudar.
Veja neste artigo quais as principais ferramentas para construir resiliência emocional!
Conseguir ter visão de longo prazo e traçar estratégias para garantir a sustentabilidade da operação faz toda a diferença para a liderança.
Aliás, não é só importante fazer isso, mas também comunicar. Muitas vezes, o baixo engajamento dos profissionais é gerado porque o líder não fez o básico: comunicar o que cada um tem que fazer de maneira clara e transparente para todos.
Outra consequência negativa disso é que dificilmente o líder será um exemplo e terá seguidores.
A liderança é, essencialmente, uma soft skill. Isso você já sabe. Mas é claro que um bom líder é um profissional de destaque no seu setor.
Ele pode, inclusive, ter sido promovido por causa das suas habilidades técnicas – nesse caso, desenvolver suas habilidades de liderança é ainda mais importante.
Porém, em situações em que os membros da equipe precisam de uma pessoa mais experiente para buscar soluções, é com o líder que eles vão falar. Assim, ter essa expertise também tem uma enorme importância para que ele consiga guiar os profissionais e exercer influência sobre eles.
Além de tudo o que já falamos, o líder também precisa estar sempre atualizado e aberto para práticas de conhecimento constantes.
E, mesmo dentro da sua especialidade, existem uma série de assuntos que impactam a rotina profissional das lideranças – desde psicologia organizacional à inteligência de mercado e novas tendências na sua área de atuação.
Mas, é importante dar especial atenção a questões interpessoais, já que essas terão mais impacto nos liderados. Inclusive porque para que uma liderança seja eficaz, ela precisa conhecer cada um dos colaboradores do seu time.
Afinal, o que motiva uma pessoa não é necessariamente o que vai motivar outra. Assim, conhecer os maiores medos e desejos de cada um ajuda a liderança a criar uma estratégia para ter sucesso no trabalho.
Analisar a realidade de maneira crítica é fundamental em diversos aspectos.
No ambiente organizacional, isso te ajuda a avaliar o desempenho do time, verificar a necessidade de feedbacks, além de buscar melhorias constantemente – tanto no time quanto em si mesmo.
A soma de tudo isso será uma performance coletiva com muito mais qualidade!
Por fim, é impossível falar de liderança sem citar essa habilidade. Desafios acontecem cotidianamente nas empresas e muitos deles são de responsabilidade dos líderes.
Mas, resolver problemas nada mais é do que ser criativo e realizar boas escolhas. Tanto uma quanto a outra necessitam de outra habilidade: gerenciamento emocional, algo fundamental em práticas de resiliência também.
É com a mente tranquila e focada que o líder encontra soluções melhores para todos.
Um dos maiores erros que as empresas cometem é não desenvolver, de fato, os líderes. Simplesmente promover um profissional a uma posição de gestor não o faz líder.
E, como você já viu, não existe só um benefício em desenvolver estas habilidades, mas uma necessidade fundamental porque colaboradores precisam de bons líderes e empresas precisam dos colaboradores fazendo o seu trabalho. E, na maioria das vezes, com alta produtividade.
O que a empresa espera da liderança? A primeira coisa a ser feita é testar os profissionais em relação às competências organizacionais, pessoais e práticas.
Além disso, os líderes precisam estar muito alinhados com a empresa. Não só com sua cultura e valores, mas com o contexto organizacional do momento.
Lembre-se de avisar os profissionais que eles serão avaliados para cargos de liderança e inclua pessoas de todos os níveis hierárquicos. Uma pessoa que acabou de chegar pode ter mais aptidão do que seu supervisor, afinal, estamos falando de habilidades comportamentais.
O Programa de Desenvolvimento de Líderes não é uma ação isolada. Precisa acontecer de maneira contínua, por vários motivos, mas principalmente para que as pessoas ideais sejam selecionadas. E uma avaliação apressada pode comprometer os resultados.
Vale lembrar também que uma empresa é um organismo vivo. Por isso, utilize avaliações de desempenho, aplique pesquisas comportamentais e forneça feedbacks.
Depois desta etapa, veja quais são as potencialidades mais comuns e quais as deficiências, pensando no público geral.
Uma vez selecionados os líderes, eles precisarão ser treinados para conseguirem realizar um bom trabalho.
Apenas escolher as novas lideranças e deixar que eles aprendam sozinhos as habilidades que mencionamos aqui não é uma estratégia eficaz e não vai beneficiar ninguém. Ao contrário, há grandes chances da própria empresa ser indiretamente prejudicada.
Realize treinamentos completos. De preferência, selecionando uma habilidade por vez. E também não espere que elas sejam aprendidas do dia para a noite. Tudo isso leva tempo, mas você verá como a evolução contínua se espalha rapidamente.
A partir da análise comportamental, feita durante o PDL, é possível ver, inclusive, qual o melhor estilo de aprendizagem. Também podem ser adicionadas dinâmicas, além de gamificar exercícios e avaliações.
A última etapa é revisar todo o processo, ver o que pode ser melhorado e o que deu certo.
A Vittude é a única especializada do mercado em saúde mental corporativa. Contamos com um time de psicólogos e especialistas no ambiente empresarial, que podem te ajudar a desenvolver treinamentos como os que acabamos de citar.
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