12 dicas para se tornar uma pessoa empática

Pessoa empática é aquela que possui a habilidade de “calçar os sapatos” de outra pessoa, visando compreender seus sentimentos e perspectivas, e usar essa compreensão para orientar nossas ações.

Em um mundo ocupado, complexo e estressante, uma pessoa empática consegue ter sucesso em seus relacionamentos. Se você quer se conectar com seus colegas, clientes ou crianças, você precisa dominar a arte da comunicação empática.

A empatia é definida como a capacidade de detectar as emoções dos outros e entender sua perspectiva. Quando as pessoas se sentem aceitas e validadas, isso gera confiança. É o que você precisa para consolar um colega de trabalho em luto, levar as pessoas a bordo com suas ideias ou desarmar a tensão com seu chefe, por exemplo.

Os seres humanos são seres sociais e todos têm a capacidade de desenvolver empatia. É uma habilidade e, como qualquer habilidade, a empatia pode ser cultivada por meio de esforço intencional.

A empatia é uma condição das relações interpessoais funcionais. Em contextos pessoais, incluindo casamentos, parcerias, amizades e relacionamentos parentais, bem como em contextos profissionais, como relações gerenciais, profissionais-clientes, aluno-professor e pares, ser empático com as situações de outros pode promover a confiança, levando a comunicação aberta e honesta, facilitando assim a resolução de conflitos interpessoais e mudanças construtivas.

Daniel Goleman, em seu trabalho sobre inteligência emocional, sugere que, o quociente emocional (QE), que inclui a empatia como componente central, às vezes pode ser mais importante do que o quociente de inteligência (QI).

Seja uma pessoa empática

Se você acha que tem ouvido a palavra “empatia” em todos os lugares, você está certo. Empatia está nos lábios de cientistas e líderes empresariais, especialistas em educação e ativistas políticos. Mas há uma questão vital que poucas pessoas perguntam: como posso expandir meu próprio potencial empático? A empatia não é apenas uma maneira de ampliar os limites do seu universo moral. De acordo com novas pesquisas, é um hábito que podemos cultivar para melhorar nossa qualidade de vida.

O grande impulso sobre a empatia decorre de uma mudança revolucionária na ciência de como entendemos a natureza humana. A velha visão de que somos criaturas essencialmente egoístas está sendo deixada de lado. Isso evidencia que também somos homo empathicus, direcionados para a empatia, a cooperação social e a ajuda mútua.

Ao longo da última década, os neurocientistas identificaram um “circuito de empatia” de 10 seções em nossos cérebros que, se danificados, podem restringir nossa capacidade de entender o que outras pessoas estão sentindo. Biólogos evolutivos como Frans de Waal mostraram que somos animais sociais que naturalmente evoluíram para se cuidar uns dos outros, assim como nossos primatas primos. E os psicólogos revelaram que somos preparados para a empatia por fortes relações de apego nos dois primeiros anos de vida.

Entretanto, a empatia não pára de se desenvolver na infância. Podemos cultivar seu crescimento ao longo de nossas vidas – e podemos usá-la como uma força radical para a transformação social. Pesquisas em sociologia, psicologia e história revelam como é possível fazer da empatia uma atitude e uma parte de nossa vida diária, e assim melhorar a vida de todos a nossa volta. Aqui estão 12 hábitos das pessoas altamente empáticas!

1 – Cultive curiosidade sobre estranhos

Pessoas empáticas têm curiosidade sobre o desconhecido. Qualquer hora e lugar são bons para fazer novas conexões, apenas por curiosidade. Eles são dotados de uma curiosidade insaciável sobre estranhos.

A curiosidade expande nossa empatia quando conversamos com uma pessoas fora do nosso círculo social habitual, encontrando vidas e visões de mundo muito diferentes das nossas. A curiosidade também é boa para nós: o guru da felicidade Martin Seligman identifica-a como uma força de caráter que pode melhorar a satisfação com a vida.

Cultivar a curiosidade requer mais do que ter um breve bate-papo sobre o clima. Crucialmente, um indivíduo empático tenta entender o mundo dentro da cabeça da outra pessoa. Somos confrontados com estranhos todos os dias, como a mulher fortemente tatuada que entrega seu correio ou o novo funcionário que sempre come seu almoço sozinho. Que tal estabelecer o desafio de conversar com um estranho todas as semanas? A única atitude necessária é coragem.

2 – Desafie-se e seja uma pessoa empática

Realize experiências desafiadoras que o levem para fora da sua zona de conforto. Aprenda uma nova habilidade, por exemplo, como um instrumento musical, passatempo ou idioma estrangeiro. Desenvolva uma nova competência profissional. Fazer coisas assim vai aumentar sua resiliência e humildade. Este último é um elemento chave da empatia.

3 – Saia do seu ambiente habitual

Faça viagens, especialmente para novos lugares e culturas. Isso lhe dá uma melhor apreciação pelos outros.

4 – Peça feedback

Peça comentários sobre suas habilidades de relacionamento (por exemplo, ouvindo) da família, amigos e colegas – e depois confira com eles periodicamente para ver como você está evoluindo.

5 – Explore o coração, não apenas a cabeça

Leia livros que explorem as relações pessoais e as emoções. Isso mostrou melhorar a empatia dos jovens médicos, por exemplo.

6 – Caminhe nos sapatos dos outros

Fale com os outros pessoas sobre seus problemas, preocupações, dilemas, desafios e procure entender como elas percebem experiências que vocês compartilharam.  O sociólogo Sam Richards, fala sobre “calçar o sapato dos outros” no TED abaixo. Ele propõe uma experiência radical em empatia.

7 – Examine seus preconceitos

Todos nós escondemos (e às vezes não tão escondidos) alguns vieses que interferem em nossa capacidade de ouvir e simpatizar. Estes são muitas vezes centrados em fatores visíveis, como idade, raça e gênero. Não acha que você tenha algum preconceito? Pense novamente!

8 – Cultive seu senso de curiosidade

O que você pode aprender com um colega muito jovem que é “inexperiente”? O que você pode aprender com um cliente que você vê como “certinho”? Pessoas curiosas fazem muitas perguntas, levando-as a desenvolver uma compreensão mais forte das pessoas ao seu redor.

9 – Para ser uma pessoa empática faça melhores perguntas

Tente sempre elaborar três ou quatro perguntas mais abertas, até provocativas, para todas as conversas que você tenha com clientes ou colegas.

10 – Experimente a vida de outra pessoa

Então, você acha que escalar uma montanha ou saltar de asa delta são esportes radicais? Então você precisa tentar a empatia experiencial, o mais desafiador – e potencialmente gratificante – de todos eles. Algumas pessoas expandem sua empatia ganhando experiência direta na vida de outras pessoas.

11 – Ouça atentamente e esteja aberto

A única forma de estar presente para o que realmente está acontecendo dentro do sentimento de alguém, é dominar a arte da escuta radical. Seja um amigo com problemas, ou um familiar que está magoado com algum tipo de conduta, pessoas altamente empáticas sempre estarão atentas ao que o próximo diz, fazendo o possível para compreender suas necessidades e estado emocional.

Ainda assim, ouvir nunca é suficiente. Às vezes, se tornar vulnerável vira algo indispensável. Deixar as máscaras caírem e revelar os sentimentos a alguém que está ferido, pode se tornar um forte vínculo empático. Empatia é uma via de mão dupla que, no seu melhor, é construída sobre entendimento mútuo, troca de crenças e experiências importantes.

12 – Inspire ação em massa e mudança social

Normalmente, nós assumimos que a empatia ocorre no nível dos indivíduos, mas as pessoas empáticas entendem que a empatia também pode ser um fenômeno de massa que traz mudanças sociais fundamentais. A empatia provavelmente irá florescer em escala coletiva se as sementes forem plantadas em nossos filhos. Um grande desafio é descobrir como as redes sociais podem aproveitar o poder da empatia para criar uma ação política de massa, espalhando não apenas informações, mas uma conexão empática.

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Autor

Tatiana Pimenta

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CEO e Fundadora da Vittude. É apaixonada por psicologia e comportamento humano, sendo grande estudiosa de temas como Psicologia Positiva e os impactos da felicidade na saúde física e mental. Cursou The Science of Happiness pela University of California, Berkeley. É maratonista e praticante de Mindfulness. Encontrou na corrida de rua e na meditação fontes de disciplina, foco, felicidade e produtividade. Você também pode me seguir no Instagram @tatianaacpimenta