Falar sobre relacionamento doentio está cada vez mais comum. Ao longo dos últimos anos, muitas pessoas mostraram que é possível se desvincular de um parceiro possessivo, agressivo e com más intenções.
Por mais que assistir a essas histórias libertação e mudança de vida seja inspirador, quando você faz parte do relacionamento, enxergar a realidade da situação não costuma ser tão simples. Muitos sentimentos e momentos marcantes estão envolvidos. Nos casos em que filhos precisam ser considerados, a situação é ainda mais complicada.
Ainda assim, é possível se livrar de um relacionamento tóxico que não te faz bem. Já avisamos: o processo é longo e exige muita determinação para se autoconhecer fora da esfera do relacionamento.
Livrar-se de um relacionamento doentio pode ser um desafio. Este artigo vai ajudá-lo a reencontrar a liberdade, longe do parceiro possessivo.
Reconhecer que você está em um relacionamento abusivo é uma das tarefas mais difíceis. Embora o parceiro aja de maneira atípica e levante algumas suspeitas, a pessoa prefere focar em suas características positivas e relembrar os momentos felizes do relacionamento a ver a realidade.
Muitas vezes, quando os primeiros sinais começam a surgir, a pessoa é incapaz de ver o parceiro como aquele ser horroroso que os outros enxergam. Tomada por suas emoções, para ela, o parceiro sempre merece o benefício da dúvida.
É preciso salientar que normalmente se identifica um parceiro doentio com o tempo. A princípio, ele parece ser o par perfeito. Somente qualidades, risadas e momentos de diversão apreciados em união.
A convivência e a intimidade deixam as pessoas confortáveis o bastante para serem seus verdadeiros ‘eus’, revelando a identidade real do parceiro.
A pessoa que está no relacionamento doentio geralmente suspeita de sua anormalidade após a primeira agressão ou primeiro acesso de raiva ou situação traumática ocasionada pelo parceiro. É como um chacoalhar que traz a pessoa de volta à realidade.
É também comum que a pessoa já tenha sido afetada pela mentalidade do parceiro possessivo. Sua autoconfiança já está fragilizada, o que a impede de escapar do relacionamento mesmo após demonstrações de hostilidade.
O conhecimento prévio dos sinais pode ajudar alguém a se libertar antes que o relacionamento chegue neste estágio.
Reconhecer os sinais requer muita avaliação e reflexão do estado da relação e dos sentimentos envolvidos. Abaixo, veja algumas das ‘bandeiras vermelhas’ mais típicas deste tipo de relacionamento e relacione-as com a sua realidade.
Aguentar esses comportamentos tóxicos dia após dia desestrutura o emocional de qualquer pessoa. A pessoa, antes saudável e contente, se vê totalmente apática, assustada, desconfiada, insegurança e dependente do parceiro. Se você sente que não possui mais controle do seu relacionamento, é provável que ele seja abusivo.
O primeiro passo é reconhecer os sinais na conduta do parceiro. Preste atenção em como age em eventos sociais, nas mudanças de humor e nas contradições da fala. Depois, coloque as coisas boas e ruins em uma balança.
É comum encontrar resistência, mesmo quando o relacionamento não está bom. Não tenha medo nem vergonha de admitir que foi enganado ou desrespeitado pelo outro. Embora as lembranças felizes possam trazer uma sensação boa, lembre-se de focar o pensamento no presente para ver a realidade como ela é.
Reflita, principalmente, sobre seus sentimentos. Está feliz? Está satisfeito? Consegue se imaginar nesta relação nos próximos anos? Relacionamentos amorosos saudáveis devem ser sobre amor e companheirismo, e não fazê-lo sentir-se mal por ser quem você é.
É somente percebendo que aquela pessoa não é quem você pensava conhecer que o desapego acontece.
Seus amigos e familiares são os melhores aliados nesta situação. Pergunte se pode passar um tempo na casa de alguém de confiança, se necessário, ou peça ajuda para encontrar as palavras certas para terminar a relação. Conte com a ajuda deles também após o término.
É maravilhoso ter pessoas a nossa volta para nos ajudar a superar os momentos dolorosos de nossas vidas. Portanto, peça o apoio deles para conseguir se livrar do relacionamento doentio.
Ao declarar o término do relacionamento, você deve estar ciente que não será possível voltar atrás. Nessas circunstâncias, reatar transmite a mensagem equivocada de que você não se importa em sofrer com as atitudes possessivas do parceiro. Seja forte ao colocar um ponto final na relação e deixe seus desejos bem claros para não haver desentendimentos.
Se o relacionamento contar com históricos de agressões físicas ou ameaças, não encontre com o parceiro pessoalmente ou escolha um local público onde se sinta seguro. Chame amigos ou familiares para acompanhá-lo caso o outro reaja com violência.
É provável que um parceiro doentio não desista de primeira. Ele vai insistir e insistir através de ligações constantes e forçar encontros cara a cara para discutir o relacionamento. Vai, ainda, usar de chantagens emocionais para convencê-lo a voltar. É neste momento que você precisa se lembrar de que a felicidade do outro não é sua responsabilidade e seguir em frente com a sua decisão.
Caso o parceiro seja violento ou viole a sua privacidade, arriscando a sua segurança, não hesite em contatar a polícia.
Faça de tudo para manter distância. Evite encontrá-lo pessoalmente no início em ambientes que costuma frequentar ou em eventos de amigos em comum. Os outros podem até achar que você está agindo com covardia, porém esse período de afastamento é necessário para curar a ferida do término.
Você provavelmente vai estar abalado e triste, sentindo falta da presença constante do parceiro. Esta reação é comum mesmo em casos de relacionamento abusivo. A manipulação emocional é tanta que pode surgir o desejo de ver o parceiro ou puxar conversa para saber como ele está.
Exclua o número do celular para combater esses anseios e bloqueie o perfil nas redes sociais para não cair na tentação de espionar a vida do agora ex-parceiro. Corte totalmente o contato com o outro para que ele também perceba que você estava falando sério e deixe de incomodar.
Pense apenas em você e no seu bem-estar. Chegou a hora de ser “egoísta”! Faça o que gosta, se inscreva em um curso, visite locais interessantes e encontre pessoas queridas para driblar a baixa autoestima.
Mantenha o foco longe do passado a fim de esquecer as acusações, as brigas e os xingamentos. Resumidamente, volte a ter a vida que costumava levar antes do parceiro sabotá-la. As lembranças o deixarão em paz eventualmente. É como aquele sábio ditado: “O tempo cura todas as feridas”.
Se está difícil dar este passo tão gigantesco sozinho ou se você encontrou dificuldades para recomeçar após se ver livre do parceiro, procure um psicólogo.
A Vittude está aqui para ajudá-lo a colocar a sua vida de volta nos trilhos. Peça ajuda de um de nossos profissionais para curar as sequelas deixadas pelo relacionamento doentio clicando aqui.
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