Quetiapina é um medicamento tipicamente usado por pacientes com transtorno bipolar e esquizofrenia. Ela é classificada em quatro categorias: antipsicótico atípico, antipsicótico de segunda geração, antagonista da serotonina-dopamina e, por fim, estabilizador de humor. Se você ouvir qualquer uma dessas definições, saiba que as quatro estão corretas.
Ela também pode ser usada para tratamento de insônia e ansiedade leve como também ser potencializador de antidepressivos, no caso de depressão grave ou depressão associada à bipolaridade.
A quetiapina é um antipsicótico atípico derivado da dibenzotiazepina e possui ampla afinidade por diferentes subtipos de receptores presentes no sistema nervoso central. Ela é considerada tão eficaz quanto a clorpromazina no tratamento de sintomas negativos e positivos da esquizofrenia e, ainda, apresenta menos efeitos colaterais.
Ela pode ser encontrada em formato de comprimido nas doses 25 mg, 100 mg, 200 mg e 300 mg. Também existem os comprimidos de liberação prolongada, encontrados nas doses 50 mg, 200 mg e 300 mg. Podem fazer uso do medicamento os adultos e, em alguns casos específicos, crianças e idosos.
De acordo com o U.S. National Library of Medicine, foi percebido um risco maior de morte durante o tratamento com quetiapina de adultos mais velhos ou idosos com demência. Neste caso, convém conversar com o psiquiatra para verificar qual é o melhor remédio para esta faixa etária.
Crianças, adolescentes e jovens adultos (até os 24 anos) com depressão podem apresentar pensamentos suicidas e desejo de automutilação, especialmente no período de ajuste à dose do antidepressivo em conjunto com o potencializar.
Indivíduos que já tiveram pensamentos ou tentativas suicidas, ou possuem casos de transtornos mentais na família, são mais suscetíveis a ter este efeito colateral. Se notados esses sintomas, o médico e o psicólogo devem ser consultados imediatamente.
A atuação acontece em áreas diferentes do cérebro. Nas regiões centrais, age como bloqueador de dopamina, diminuindo sintomas de insônia, irritabilidade e impulsividade.
Já na área frontal, ela promove a liberação de dopamina. O resultado disso é a diminuição de oscilações de humor e aumento da afetividade, interações sociais e concentração. Em pessoas com esquizofrenia, o medicamento também diminui as alucinações.
Em ambos os casos, os pacientes possuem mais energia para levar vidas ativas e não sentem tanta ansiedade. A perspectiva sobre si mesmo é outro elemento que se modifica, embora ainda não se saiba exatamente como. A pessoa passa a ter uma percepção mais positiva de sua autoimagem.
Este medicamento é frequentemente receitado para pacientes com transtorno bipolar e esquizofrenia. Para a bipolaridade, ele é usado tanto para reduzir quanto para prevenir episódios de mania e/ou de depressão.
A ingestão é feita sozinha ou em conjunto com outro fármaco. Não raro é usado com o lítio, indicado para o tratamento do transtorno bipolar.
Em casos de depressão grave, a quetiapina é prescrita para ser ingerida em conjunto com o antidepressivo quando somente um medicamento não faz efeito.
Diferentes dosagens são passadas para cada condição. Para a insônia ou ansiedade, por exemplo, a dose geralmente é entre 25 a 100 mg. Já para a depressão bipolar, é de até 300 mg. Em casos muito raros de esquizofrenia, pode chegar até a 800 mg.
Para reduzir a possibilidade de efeitos colaterais, o tratamento começa com uma dosagem menor e, conforme a reação do paciente, o médico aumenta-a. As instruções de ingestão devem ser seguidas rigorosamente para que os efeitos positivos sejam sentidos.
Antes de iniciar o uso do psicofármaco, o médico deve ser aviso sobre a existência de alergias e condições de saúde, como: doenças no fígado, cataratas, convulsão, tireoide, doenças gastrointestinais, diabetes ou histórico na família, pressão alta, patologias cardiovasculares, entre outras patologias.
De qualquer forma, o paciente será questionado sobre o seu histórico de saúde durante a consulta.
Os efeitos colaterais não são estáveis, ou seja, pacientes que fazem uso da quetiapina podem ter reações diferentes ou não apresentar nenhuma. Pessoas muito sensíveis à substância, por exemplo, apresentam sonolência diurna em excesso.
Os efeitos mais comuns são:
Uma reação muito rara aos medicamentos antipsicóticos é o surgimento da síndrome neuroléptica maligna. Além de alterar o estado mental, causa hipertermia (elevação da temperatura do corpo acima de 40ºC), hiperatividade autonômica (taquicardia, sensação de medo e hipertensão) e rigidez muscular (tremores e redução de reflexos).
Outra condição muito rara é a discinesia tardia. Consiste em movimentos repetitivos involuntários, como fazer caretas, piscar em demasia e trejeitos, resultantes das altas doses antagonistas de dopamina, típicas dos antipsicóticos.
Em caso de identificação de qualquer um dos sintomas citados, o médico deve ser prontamente consultado para fazer a reavaliação do uso do remédio.
Embora os psicofármacos apresentem múltiplos efeitos colaterais, são receitados com o intuito de ajudar as pessoas a terem vidas com mais qualidade.
As pessoas costumam ter medo da quantidade de efeitos que podem acometê-las, porém, quem não se adaptar a quetiapina (ou qualquer outro medicamento), sempre pode pedir um remédio alternativo ao médico.
Além disso, todos os devidos cuidados são tomados pelo psiquiatra antes do início do tratamento. Caso existam condições que possam resultar em efeitos graves, outro psicofármaco será receitado. Como muitos tratam os mesmos transtornos, você pode ter uma experiência melhor com outro.
Portanto, não é preciso sentir receio sobre o uso.
Para que o tratamento seja feito com eficácia, o paciente deve seguir todas as orientações repassadas a ele.
Veja algumas dicas úteis para este fim abaixo:
O tratamento medicamentoso (biológico) e a terapia (psicológico) costumam andar juntos. Pacientes que também tratam questões emocionais e comportamentais que lhe perturbam tendem a responder de forma mais positiva.
Os psicofármacos se fazem necessários porque regulam o funcionamento anormal do organismo. Quando o transtorno é debilitante, o paciente consegue levar uma vida funcional graças ao medicamento. Com os sintomas controlados, ele também está mais aberto para receber a intervenção terapêutica.
Já o psicólogo auxilia a fazer as mudanças necessárias para viver uma vida mais feliz, conquistar objetivos almejados no início do acompanhamento psicológico e administrar os sintomas do transtorno bipolar ou esquizofrenia.
Como as pessoas reagem ao tratamento medicamentoso de forma diferente, algumas podem obter mais sucesso somente com a ingestão do psicofármaco, enquanto outros podem precisar do auxílio da terapia.
Por vezes, mudanças no modo de vida, como adição de exercícios físicos, alimentação saudável e atividades produtivas, também são recomendadas pelo psiquiatra para enriquecer o tratamento.
Seja como for, é válido verificar como será a sua evolução com os dois tratamentos. Não há contraindicações para a terapia, portanto, ela pode ser feita em qualquer momento e em qualquer lugar.
Para saber mais, converse com seu médico para receber orientações sobre o tratamento misto e navegue pelo site da Vittude para conhecer mais sobre os benefícios da terapia.
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