Realidade Virtual no Tratamento de Ansiedade Social

Você já pensou em como a Realidade Virtual pode ajudar no tratamento da ansiedade social? Se nunca pensou, você vai adorar esse artigo.

O DSM V-5 indica alguns critérios diagnósticos para o Transtorno de Ansiedade Social, sendo um deles: “medo ou ansiedade acentuadas acerca de uma ou mais situações sociais em que o indivíduo é exposto a possível avaliação por outras pessoas”. Exemplos: falar em reunião, falar em sala de aula, ser apresentado a pessoas novas, comer em público e outras situações.

Podemos dizer que a ansiedade social é o medo que a pessoa tem de ser avaliada negativamente pelos outros. É desproporcional à ameaça real apresentada pela situação social. Geralmente interfere negativamente no desempenho de vários papéis e em várias situações.

Segundo o autor Robert L. Leahy há três maneiras que uma pessoa pode enfrentar seus medos: observando como as outras pessoas lidam com aquelas situações temidas, praticar na imaginação o enfrentamento das situações e exposição à situação real.

A Realidade Virtual e a Exposição Imaginária

A Terapia Cognitiva-Comportamental (TCC) tem como objetivo, com o decorrer do processo, auxiliar o paciente no enfrentamento das situações temidas. Para trabalhar os Transtornos de Ansiedade, e aqui está incluída a Ansiedade Social, na TCC utilizamos várias técnicas.

Uma delas é a exposição imaginária , na qual o paciente enfrenta na imaginação as situações que causam ansiedade. O objetivo é que o mesmo se habitue a situação temida, fique menos responsivo a mesma, ou seja, que o nível de ansiedade diminua gradativamente.

Juntamente com esta técnica utiliza-se a reestruturação dos pensamentos, ou seja, a questionação dos mesmos objetivando formular um pensamento mais adaptativo, flexibilizado.

Vencendo a ansiedade

Utiliza-se também a respiração diafragmática e o relaxamento muscular progressivo, para auxiliar na minimização dos sintomas de ansiedade. E é entre a etapa da exposição imaginária e a real que entra a realidade virtual, enquanto recurso, para auxiliar o paciente neste enfrentamento. Pois poderá “estar” em situações similares as que teme e poderá praticar esse enfrentamento.

Seja enquanto processo da habituação, conforme citado anteriormente; seja para fazer um ensaio mental, ou seja, ensaiar o modo mais adaptativo de pensar e se comportar e, aqui, ao invés da fazer na imaginação, irá utilizar a realidade virtual. Essas etapas acontecem antes do enfrentamento na vida real.

A Realidade Virtual como um recurso

É importante considerar que a utilização da realidade Virtual é um recurso. Ele deve ser somado ao embasamento teórico da Terapia Cognitivo Comportamental. E, como recurso, deve ser adequado à necessidade de cada paciente e sempre com o auxílio do psicoterapeuta.

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Maria Inês Ramos Paton é pscióloga clínica. Trabalha com Realidade Virtual no tratamento de pacientes com ansiedade social.

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Autor

Tatiana Pimenta

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CEO e Fundadora da Vittude. É apaixonada por psicologia e comportamento humano, sendo grande estudiosa de temas como Psicologia Positiva e os impactos da felicidade na saúde física e mental. Cursou The Science of Happiness pela University of California, Berkeley. É maratonista e praticante de Mindfulness. Encontrou na corrida de rua e na meditação fontes de disciplina, foco, felicidade e produtividade. Você também pode me seguir no Instagram @tatianaacpimenta