Reeducação alimentar é o ato de modificar hábitos alimentares e comportamentos com relação à alimentação. Ela visa solucionar doenças, emagrecer ou a manutenção da saúde.
Fazer uma reeducação alimentar serve para compreender melhor o efeito da alimentação em nossa vida diária. Além disso, entender suas consequências para a mente e para o corpo, aproveitando o prazer de se alimentar ao mesmo tempo em que traz mais saúde em todos os aspectos da vida.
A melhor maneira de garantir uma boa forma e saúde não é a partir de dietas, mas sim da adoção de bons hábitos a partir da reeducação alimentar. E isso não se limita somente a seleção de ingredientes melhores, mas também a mastigar corretamente e estabelecer horários para as refeições, dando continuidade nas práticas até se tornarem hábitos.
Fazer uma reeducação alimentar não significa necessariamente restringir alimentos, mas organizar melhor a ingestão das porções desses alimentos de forma mais saudável. As mudanças no estilo de alimentação podem ser difíceis no início, mas quando se transformam em hábitos ficam mais fáceis.
Estudos na área de nutrição humana demonstram que um indivíduo equilibrado nutricionalmente tem menos chances de desenvolver doenças mentais e físicas.
A reposição dos nutrientes, bem como o uso de dietas ricas em substâncias como vitaminas, antioxidantes, oligoelementos, minerais, micro e macro nutrientes, que participam e controlam ativamente todas as reações químicas do organismo, são imprescindíveis para a manutenção da vida e da saúde.
Existem inúmeras formas de reeducação alimentar, sempre com a orientação de um nutricionista, cada uma adaptada para as condições do paciente e seus objetivos para a melhoria de saúde. A mudança de hábitos alimentares pode servir para reduzir o apetite, acelerar o metabolismo, eliminar alimentos danosos, reduzir a ingestão calórica, acompanhar alguma restrição ligada a doenças, aumentar a energia para a execução de exercícios específicos, entre outros.
Apesar de existirem diversas formas de reeducação alimentar, alguns hábitos durante a alimentação são indicados para melhorar a saúde de todos, como:
A falta de sono está relacionada com muitas doenças sérias que incluem a aumento de peso e a obesidade. A falta de sono aumenta o risco de obesidade em 55% e o risco de obesidade infantil em 89%.
Tanto a falta de sono como o estresse aumentam o apetite por alimentos doces e salgados. Isso está relacionado com os níveis de cortisol elevados que gastam as reservas de glicose e causam os desejos.
Você pode estar seguindo a melhor dieta de perda de peso do mundo, mas se você é extremamente ansioso, o poder que a sua mente exerce irá limitar a capacidade de eliminar calorias do seu corpo.
Assim como o estresse e outras doenças tem efeito significativo na saúde e no peso, uma alimentação saudável também influencia diretamente no funcionamento da mente e do corpo. Cada vez mais as pessoas apresentam doenças precoces, como diabetes, obesidade e depressão. Introduzir novos hábitos alimentares serve para minimizar esses sintomas e consequências.
O estresse pode fazer você engordar, dificultar sua digestão, gerar transtornos compulsivos, entre outros. Da mesma forma, se sentir mais relaxado e de bem consigo mesmo ajuda a emagrecer. Ajuda, também, a ter consciência dos alimentos que ingerimos, a não exagerar e comer mais devagar, apreciando cada pedaço.
Em grande parte das vezes, maus hábitos alimentares estão associados a condições mentais e distúrbios, que geram comportamentos nocivos de alimentação para compensar outros incômodos. Cada indivíduo, em particular, está sujeito a fatores genéticos na escolha do tipo e da quantidade de alimentos a consumir. Quando nosso sistema está em desequilíbrio, há possibilidade de desencadear alguns transtornos alimentares, como anorexia, bulimia, vigorexia e obesidade.
Aprender a reconhecer a origem desses comportamentos é o primeiro passo alterar hábitos alimentares. Mente e corpo estão sempre influenciando um ao outro a partir de comportamentos. Por isso é tão importante unir o trabalho do nutricionista com o psicólogo durante a reeducação alimentar. Uma boa conversa com esses profissionais ajuda não só a conhecer os alimentos adequados para cada pessoa e condição como a reconhecer a importância de adotar uma nova postura com relação à alimentação, com o objetivo de cuidar da saúde acima de tudo.
Uma pessoa que se alimenta corretamente possui mais energia para realizar suas tarefas diárias. Isso gera ânimo, boa vontade e mudanças perceptivas em seu bem-estar. Da mesma forma, cuidados com a saúde mental vão influenciar diretamente na forma como essa mudança de hábitos alimentares irá ocorrer.
“O que pensamos gera emoções, mas o que comemos também gera emoções”.
– Montse Bradford
Tudo aquilo que ingerimos no dia a dia reflete diretamente em nossa vida. Desde aspectos físicos às questões emocionais e comportamentais. É muito comum buscarmos pela comida que preenchem o vazio. Pessoas com problemas emocionais muitas vezes buscam alimentos para se sentirem melhor. Isso acontece porque muitos deles contém triptofano, um aminoácido que provoca a liberação da serotonina. Os baixos níveis de serotonina estão associados à depressão e à obsessão.
A falta de serotonina causa diferentes efeitos negativos sobre o organismo, como a angústia, a tristeza ou a irritabilidade. Quando o corpo não produz triptofano, o conseguimos através da dieta. Portanto, os alimentos ricos em triptofano atuam como antidepressivos naturais.
Quando unimos a terapia cognitivo comportamental com reestruturação da alimentação, é possível compreender e modificar o padrão de pensamentos e crenças da pessoa sobre a sua própria alimentação. A maneira como cada indivíduo interpreta sua experiência e seus pensamentos influencia a resposta emocional e o comportamento. Isso culmina em hábitos ruins, vícios e fome excessiva.
A terapia alimentar é a psicoterapia que tem como foco o comportamento alimentar disfuncional. Pode ser útil em casos que objetivam o emagrecimento. Além disso, casos de transtornos alimentares, como a anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar. Esses caracterizados por uma grave perturbação do comportamento alimentar e que traz diversos prejuízos para a saúde.
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Nós somos seres humanos e levamos para a mesa nossas emoções e sentimentos, isso é inevitável. Não existe nada de errado em gostar de comer. Quanto mais incluímos um perfil nutricional bem equilibrado que inclui relaxamento, prazer e comer de forma mais lenta, mais poderemos nos nutrir em todos os níveis. Unir a alimentação saudável e equilibrada à prática de um exercício físico, trabalho da autoestima, boas noites de sono e uma boa qualidade de vida em geral é o melhor caminho para uma vida satisfatória.
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