Terapia: guia completo sobre o processo

Ainda existem muitos mitos em relação à terapia. 

É coisa de louco? Só quem tem transtornos mentais precisa fazer? É um sinal de fraqueza?

Infelizmente, tudo isso faz com que muitas pessoas deixem de procurar auxílio psicológico em momentos em que esse tipo de suporte deveria ser uma prioridade.

E se engana quem pensa que o processo terapêutico é indicado somente a quem tem um diagnóstico de doença mental. Na realidade, todo mundo pode se beneficiar do acompanhamento psicológico e, ao longo deste artigo, você poderá entender como se dá a terapia e os seus benefícios. Confira!

O que é a terapia?

A psicoterapia, também chamada de terapia, é um tratamento conduzido por um profissional com formação em psicologia, ciência que estuda a mente e o comportamento humano.

É um processo que tem como objetivo cuidar da saúde mental, auxiliando o cliente no seu processo de autoconhecimento, a fim de aliviar dores emocionais e aprender a lidar com as questões da vida de maneira mais saudável e equilibrada.

As sessões de terapia são encontros guiados por um psicólogo, que costumam acontecer uma vez por semana ou a cada quinze dias, com duração de 50 minutos. Paciente e profissional trabalham em conjunto com o objetivo de identificar melhorias e mudanças positivas.

Além disso, é importante pontuar que existem várias abordagens da psicologia e, portanto, as sessões podem ser conduzidas de maneiras diferentes de acordo com a área de especialização do psicólogo. 

Como funciona a terapia?

Cada sessão de terapia tem as suas particularidades de acordo com a abordagem da psicologia que é aplicada. No entanto, no geral, a maioria segue um roteiro pautado na interação entre terapeuta e paciente, em que ambos falam e escutam.

Não há regras a se seguir! A terapia é um espaço livre de julgamentos, no qual o paciente deve se sentir confortável para expor seus sentimentos, inseguranças, alegrias e conquistas.

O mais importante é que, ao longo do tempo, seja construído um laço de confiança nessa relação e, para isso, é importante que fique claro para o paciente que tudo o que é dito em sessão é confidencial. Ou seja: o psicólogo jamais irá expor as suas experiências e sentimentos para outras pessoas.

Em algumas abordagens mais práticas, como a Terapia Cognitivo Comportamental, as sessões são permeadas por outros tipos de atividades além da fala e da escuta. Dependendo do caso, são propostos exercícios a serem aplicados durante a sessão ou até mesmo fora dela.

O que acontece na primeira sessão de terapia?

A primeira sessão de terapia é um pouco diferente das demais porque é um momento inicial, em que paciente e psicólogo estão se conhecendo.

É comum que nessa fase o cliente contextualize o psicólogo sobre a sua vida e os principais pontos que deseja abordar na terapia. O psicólogo, por sua vez, tem como objetivo conhecer a pessoa, seu contexto e características. 

Não é preciso se preocupar em organizar tudo o que você irá falar nesse momento, pois deve ser uma conversa leve. Além disso, o mais importante é ter em mente que o psicólogo jamais irá julgar ou dizer o que está certo ou errado. O espaço terapêutico é livre de preconceitos e julgamentos para que você se sinta à vontade para ser quem realmente é e falar o que desejar.

Por fim, vale ter em mente que as primeiras sessões também são uma oportunidade para tirar dúvidas sobre como funciona o processo terapêutico, afinal, não é algo do conhecimento de todos.

O que falar na terapia?

Não há um roteiro a ser seguido, pois a terapia é uma jornada muito particular para cada indivíduo.

Você deve falar para o seu psicólogo sobre aquilo que se sente confortável para expor, independentemente de qual for o tema. Podem ser questões mal resolvidas, dúvidas, inseguranças ou qualquer outro assunto que desejar.

Você pode falar sobre carreira, relacionamentos, sexualidade, amizades, luto, doenças físicas… Realmente não há regras, o importante é que seja significativo para você.

No caso de quem sofre com algum transtorno mental, é importante procurar se aprofundar em temas relacionados ao problema que está sendo vivenciado, por exemplo, os padrões de comportamento e gatilhos. 

Assim, com o tempo, é possível aprofundar o autoconhecimento, traçar estratégias de enfrentamento e aprender a lidar de maneira mais saudável com a situação.

Por quanto tempo é preciso fazer terapia?

As sessões costumam ser semanais ou quinzenais, porém, a duração do processo terapêutico pode variar. Há pessoas que fazem terapia a vida toda (ou a maior parte dela). Outras, no entanto, fazem somente durante momentos específicos em que sentem a necessidade de cuidar com mais cuidado de alguns assuntos.

Aqui, é importante reforçar que a terapia não é recomendada somente para quem tem transtornos mentais diagnosticados. Qualquer indivíduo pode se beneficiar do processo, afinal, se trata de uma ferramenta de autoconhecimento para se desenvolver como ser humano, fazer melhores escolhas para a sua vida e cultivar relações mais saudáveis.

Há casos em que a abordagem terapêutica tem um prazo, como é a TCC, que é uma linha muito mais prática e que traz resultados rapidamente. Por isso, realmente tudo depende das queixas e necessidades do paciente e da especialização do psicólogo.

O importante é ter em mente que você pode sim fazer terapia por quanto tempo desejar, independentemente de ter um problema de saúde mental, como depressão, ansiedade ou outros transtornos.

Quanto custa a terapia?

Os valores de uma sessão de terapia podem variar bastante de acordo com diversos fatores, por exemplo, o nível de experiência do psicólogo, a região na qual é realizado o atendimento e a modalidade (presencial ou online).

É possível encontrar profissionais iniciantes que começam cobrando menos de R$100,00 por sessão e outros mais caros, que já têm um valor acima de R$250,00. O investimento total no mês depende também da frequência.

Além do preço, essa escolha deve levar em consideração outros fatores, como a experiência, abordagem terapêutica e, é claro, se há uma conexão genuína com o profissional.

Quem deve fazer terapia?

A terapia é para todo mundo, não apenas para quem sofre com um transtorno mental.

Trata-se de uma forma eficaz de aprofundar o autoconhecimento a fim de construir uma vida mais saudável e equilibrada, aprendendo a lidar de maneira mais inteligente com as situações dolorosas e os desafios que cruzam o seu caminho.

Para quem convive com algum transtorno mental, como ansiedade, depressão, bipolaridade, ou qualquer outro, a terapia é fundamental e faz parte do tratamento junto de outras estratégias que podem incluir mudanças de hábitos e medicamentos.

É muito comum que as pessoas procurem o suporte terapêutico apenas em momentos difíceis, como o luto, uma separação amorosa ou o desemprego, mas é sempre necessário reforçar que a terapia não é importante apenas nessas horas.

Quais são os principais benefícios da terapia?

Conforme você aprendeu ao longo deste artigo, a terapia é muito valiosa por diversos motivos, trazendo benefícios essenciais para se viver com maior consciência em relação a quem você é, as suas escolhas e como cultivar relacionamentos mais saudáveis também.

Por mais que, para algumas pessoas, possa pesar o investimento financeiro, é importante levar em consideração na balança todos os outros ganhos que fazem a diferença na sua vida como um todo. São eles:

Aprofundar o autoconhecimento

A terapia é uma forma de entrar em contato com as suas camadas mais profundas e se entender de uma maneira que você nem imaginava ser possível.

Ao se conectar com as suas emoções, você passa a entender suas limitações, quebrar preconceitos e descobrir diferentes versões de si mesmo.

Aprender a lidar com momentos desafiadores

Ao longo da vida, todo mundo passa por situações complexas e desafiadoras, como problemas no trabalho, crises financeiras, términos de relacionamentos e luto. 

Visto que são momentos atípicos e difíceis, se não forem bem administrados podem gerar ansiedade, depressão e outros problemas de ordem emocional.

A terapia, por sua vez, contribui para que as emoções negativas resultantes desses contextos sejam trabalhadas e, assim, o paciente consiga superar as dificuldades e encontrar caminhos de esperança.

Nesses momentos, são desenvolvidas habilidades muito importantes, como a resiliência e a autocompaixão, ambas fundamentais para superar obstáculos sem deixar de ter um olhar compreensivo e amoroso consigo mesmo.

Desenvolver a inteligência emocional

A inteligência emocional é uma habilidade necessária tanto em âmbito pessoal como profissional. Aprender a reconhecer e a gerir as suas emoções contribui para uma vida mais equilibrada e um manejo mais adequado dos conflitos.

É uma competência que está relacionada à automotivação, empatia e resiliência. Tudo isso é fundamental para ter uma relação mais saudável consigo mesmo e com as pessoas ao seu redor.

Melhorar os relacionamentos

O convívio com amigos, colegas de trabalho e familiares é capaz de gerar tensão e conflitos. 

Para lidar melhor com essas situações, é importante ter um profundo conhecimento sobre si mesmo para ter clareza sobre o que é necessário desenvolver para conseguir se relacionar de maneira mais saudável com as pessoas.

As habilidades sociais ajudam a aprimorar a qualidade das relações e isso é algo que pode ser desenvolvido ao longo do processo terapêutico.

Cuidar da autoestima e autoconfiança

Quanto maior é o seu autoconhecimento, maior clareza você tem sobre as suas qualidades. Como consequência positiva, a sua autoestima e autoconfiança tendem a se elevar.

Assim, ao acreditar no seu potencial, você consegue lidar com as adversidades com mais leveza e confiança, o que faz total diferença nos resultados alcançados.

O que são abordagens da psicologia?

As abordagens da psicologia nada mais são do que as linhas teóricas utilizadas por um profissional da área para conduzir o seu trabalho com a psicoterapia.

Isso significa que todo psicólogo trabalha a partir da abordagem na qual fez a sua especialização e que é responsável por guiar como ele atua com o paciente e as questões que são levantadas ao longo das sessões. 

Não há uma abordagem que seja melhor do que a outra. São apenas formas distintas de entender o ser humano, seus comportamentos e como se relacionam com o mundo.

Ter conhecimento sobre as principais linhas é fundamental porque, dependendo do que motiva a busca pela terapia, há algumas que são mais recomendadas para determinados casos.

Algumas das principais são:

  • Terapia Cognitivo Comportamental;
  • Behavorismo;
  • Psicanálise de Freud;
  • Psicanálise de Lacan;
  • Psicodinâmica;
  • Psicologia Analítica Junguiana;
  • Gestalt-Terapia;
  • Fenomenologia.

Para se aprofundar em cada uma delas e muitas outras, é recomendada a leitura do “Guia completo das principais abordagens da psicologia”.

Quais são as diferenças entre terapia online e presencial?

Em 2018, com a aprovação do Conselho Federal de Psicologia (CFP), a terapia online foi finalmente regulamentada. Com isso, o limite de sessões por mês deixou de existir e o atendimento online saiu da restrição de caráter experimental.

Portanto, agora os profissionais da área podem oferecer atendimentos presenciais ou online, o que contribui significativamente para a democratização do acesso à terapia no Brasil.

É fundamental ressaltar que ambas as modalidades funcionam, porém, há algumas diferenças que precisam ser levadas em consideração. São eles:

Custos

De acordo com o Conselho Federal de Psicologia (CFP), o valor médio de uma consulta psicológica é de R$309,44 (valores atualizados pelo INPC-IBGE até Maio de 2023 para Vigência em 1º junho/2023).

Visto que se trata de um processo contínuo (semanal ou quinzenal) que, normalmente, se prolonga por alguns meses ou anos, o investimento total acaba sendo maior do que boa parte da população consegue realizar.

A boa notícia é que, normalmente, as consultas onlines são mais baratas, afinal, o profissional não tem custos com deslocamento e consultório. Portanto, é uma opção interessante para quem deseja fazer terapia, mas não consegue investir um valor tão alto.

Localização

A oferta de bons psicólogos fora dos grandes centros é muito baixa e, nem sempre, é o suficiente para suprir as necessidades de todos os habitantes da região.

Com a regulamentação dos atendimentos online, as pessoas passam a ter acesso a profissionais de qualquer lugar do Brasil ou do mundo, o que contribui para que os tratamentos devidos sejam feitos com muito mais qualidade.

Para quem mora fora do Brasil, essa modalidade também se torna uma ótima oportunidade de manter os cuidados com a saúde mental mesmo em outro país.

Tempo

Por fim, vale pontuar que o modelo online é vantajoso para pessoas com a rotina muito atribulada e que não conseguem se comprometer com o formato presencial, afinal, há tempo de deslocamento para chegar até o consultório.

Isso é um grande benefício principalmente para quem mora nos grandes centros urbanos, como São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, entre outros.

Qualidade

Não há diferenças em termos de qualidade, ou seja, ambas as modalidades são eficazes.

No entanto, algumas pessoas preferem o contato presencial com o psicólogo. A dinâmica do online realmente tem algumas diferenças na hora de falar e escutar outra pessoa, basta pensar em como acontecem as reuniões de trabalho nesse formato.

Vale a pena experimentar ambas para entender com qual você mais se identifica. 

Lembrando que não é recomendado que crianças, adolescentes e indivíduos com quadros de saúde mental muito grave optem pelas sessões online. Se tiver dúvidas, o ideal é conversar com o psicólogo para entender como o caso deve ser conduzido.

Qual é a relação da Vittude com a terapia?

Tudo começou quando a CEO da Vittude, Tatiana Pimenta, lá em 2012 encontrou muitas dificuldades para encontrar um psicólogo adequado para as suas necessidades. 

Na época, ela tinha acesso apenas à guia do plano de saúde com dados dos profissionais. Além disso, nenhum amigo próximo fazia terapia e poderia indicar um profissional. Com isso, foram 3 tentativas até encontrar um bom psicólogo.

Em 2015, diante de um problema de saúde na família, novamente ela se deparou com a dificuldade de acesso aos profissionais da área e, somando isso à necessidade de mudar a sua carreira, em 2016 nasceu a Vittude.

Portanto, foi a partir de uma dor pessoal (que provavelmente era a mesma de outras pessoas) que nasceu a ideia de criar uma plataforma que atuasse como a ponte entre pessoas que desejam fazer terapia e psicólogos que atendem presencialmente ou online.

Nos últimos anos, a Vittude também vem investindo na educação do mercado corporativo ao comunicar a importância dos cuidados com a saúde mental dos colaboradores e a possibilidade de oferecer a terapia como um benefício corporativo. 

O Vittude Match, por sua vez, é uma ferramenta de inteligência artificial que ajuda os indivíduos a encontrarem o psicólogo ideal de acordo com a resposta de sete perguntas. Após um ano no ar, a ferramenta contribuiu para aumentar em 600% a permanência na terapia após a primeira sessão. Incrível, não é mesmo?

Essa é apenas uma das soluções inovadoras da Vittude em prol dos cuidados com a saúde mental de todas as pessoas. Quer conhecer a empresa e começar agora mesmo a sua jornada de autocuidado? Acesse o nosso site e confira todos os detalhes!

Autor

Bruna Cosenza

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Escritora, produtora de conteúdo freelancer e LinkedIn Top Voice 2019. Autora de "Sentimentos em comum" e "Lola & Benjamin", escreve para inspirar as pessoas a tornarem seus sonhos reais para que tenham uma vida mais significativa.

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Vinicius De Barcelos Machado
4 anos atrás

Infelizmente, eu peguei pavor de psicólogo. Uma quase destruiu meu casamento. Foi quando eu disse para a psicóloga que não gostava que ela entrasse nas crenças religiosas de nossa família que é muito católica. Eu e minha esposa nos casamos virgem e vivemos a castidade antes de casar, mas a tal psicóloga disse que isto era coisa do passado e que nossa filha deveria ser criada e educada de acordo com o mundo de hoje, transar com os namorados para escolher um para se casar. Parece que a psicóloga não gostou da minha observação e começou a insinuar para minha… Read more »

Luiz Carlos Notari Barrella Filho
5 anos atrás

Excelente !!!

Artigo publicado em Psicoterapia