O transtorno do pânico diminui consideravelmente a qualidade de vida das pessoas. Ele rouba o aproveitamento e a produtividade do dia a dia, bem como a felicidade de pequenos momentos de confraternização e de descanso.
Quando o medo e a apreensão começam a governar a nossa vida, é sinal de que precisamos tirar um momento para refletir o que está acontecendo conosco e o modo como estamos vivendo. Alguma coisa está nos causando extremo desconforto.
Se esse transtorno não é devidamente diagnosticado e tratado, a tendência é que o pânico se torne cada vez mais frequente e interfira em diversas áreas da vida, como o trabalho, o estudo, o relacionamento e a família.
O transtorno do pânico, também conhecido como síndrome do pânico, é caracterizado pela recorrência de ataques de pânico. A pessoa com essa condição passa a sentir medo de sofrer novas crises, modificando o seu comportamento para evitar situações que podem conter gatilhos emocionais.
Os ataques de pânico são consideravelmente comuns, atingindo cerca de 10% da população, segundo o DSM V. Trata-se de crises de cerca de 15 a 30 minutos que podem ocorrer em qualquer lugar sem aviso prévio.
No momento do pânico, as pessoas sentem muito medo e podem ter sensação de morte, além de diversos sintomas físicos como:
Como a experiência do ataque por si só é assustadora, acaba desencadeando mais sintomas.
Não é necessariamente preciso ter um transtorno mental para ter um ataque de pânico. Situações muito estressantes e que normalmente despertam medo, como acidentes de trânsito, assaltos e o diagnóstico de uma doença, podem provocar um ataque.
O medo de viver novas crises e não saber o que fazer acaba levando ao isolamento voluntário. Além disso, por temerem a reação de familiares e amigos, pessoas com esse transtorno não costumam compartilhar que estão tendo ataques de pânico. Elas optam por reduzir o contato social para não serem “pegas” em estado de pânico.
Esta condição pode ter origem em períodos de estresse prolongado em qualquer momento da vida. Crises financeiras, divórcio, brigas, mortes na família, traumas de infância, violência, conflitos pessoais, desemprego e isolamento são alguns dos fatores que corroboram para o desenvolvimento do transtorno.
Outra possível explicação é o funcionamento desregular do corpo. O ataque de pânico acontece quando o cérebro libera uma grande quantidade de adrenalina para que o organismo se prepare para “fugir ou lutar” diante de um perigo. O transtorno do pânico se desencadeia quando essa liberação ocorre sem a presença de uma ameaça real.
A hereditariedade é outra possível causa. Pessoas cujos pais têm ou tiveram transtorno de ansiedade ou de depressão também possuem mais possibilidade de desenvolver essa condição.
Para que seja descoberta uma origem para o transtorno, é necessário fazer uma investigação do histórico de saúde, das experiências de vida e das crenças pessoais do paciente com psicólogos e médicos.
É comum que o tratamento desse transtorno seja feito através da ingestão de medicamentos contínuos que controlam os sintomas e da psicoterapia. A abordagem recomendada é a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), considerada uma das mais eficazes para tratar esse tipo de condição.
As técnicas de TCC utilizadas para o tratamento do transtorno do pânico são:
Com essas técnicas, o paciente aprende a controlar as suas reações, comportamentos, pensamentos e emoções para administrar melhor a influência do transtorno em sua vida. Dessa forma, o medo de perder o controle durante uma crise é gradualmente reduzido.
As reações iniciais no momento do ataque de pânico costumam ser preocupação, ansiedade e mais medo, sentimentos que intensificam os sintomas emocionais e físicos. É possível minimizar as sensações desagradáveis ao recorrer a algumas técnicas de relaxamento e de respiração assim que os primeiros sintomas forem desencadeados.
As primeiras tentativas podem não ser efetivas. Pode levar tempo para que você identifique quando um ataque está prestes a acontecer e consiga combater os sintomas, por isso, não desanime se os seus esforços não trouxerem bons resultados de prontidão.
Durante um ataque de pânico, é essencial trabalhar a sua respiração. Respire profundamente, segure o ar por alguns segundos e exale. A respiração profunda promove o relaxamento dos músculos e da mente, facilitando a tomada de decisão no momento do pânico.
Com a mente mais calma, busque distrações das sensações desagradáveis. Converse com uma pessoa que esteja próxima, jogue um jogo no celular, ligue para um amigo para conversar até que a crise passe, conte até determinado número em sua cabeça e contemple com atenção os seus arredores.
Se você estiver no meio de uma atividade ou de um trabalho, procure manter o foco no que você está fazendo. Tente ignorar as sensações ruins à medida que elas tentam tomar conta de você, trazendo a sua mente de volta para o momento presente. Listar e descrever as suas ações é uma boa forma de controlar a ansiedade crescente.
Além do tratamento adequado, muitas coisas podem ser feitas para vencer esse transtorno. As pessoas com essa condição podem adotar certos hábitos e modificar a sua mentalidade aos poucos para prevenir futuros ataques de pânico e promover o seu bem-estar.
Você já parou para pensar em como a forma como você pensa é importante? Os seus pensamentos influenciam a sua autoestima, perspectiva de vida, impressões sobre o mundo, crenças, decisões, comportamentos e emoções.
Uma mentalidade positiva, além de ser mais agradável, promove o bem-estar emocional, reduz o estresse e a ansiedade, ajuda a combater a depressão e auxilia a administrar as experiências negativas da melhor forma possível.
Para quem tem transtorno do pânico, é fundamental desenvolver uma mentalidade positiva uma vez que os ataques podem ser desencadeados por emoções e pensamentos negativos. Então, trabalhe a sua relação com a positividade!
Você pode fazer isso ao praticar a gratidão, adotar hobbies interessantes para ocupar o tempo livre, estabelecer objetivos de vida para estimular a sua ambição, se relacionar com pessoas bacanas e focar no autocuidado.
Os exercícios físicos são grandes aliados do cuidado com a saúde mental! A prática regular de exercícios produz os chamados “hormônios da felicidade”, que ajudam a manter o bom humor e regular as emoções. Você sente os efeitos positivos de movimentar o corpo logo após a prática.
Os exercícios físicos também acalmam a mente e liberam a tensão do corpo, ajudando as pessoas a preservarem um estado emocional sereno no cotidiano. Quem sofre com ataques de pânico pode se beneficiar muito com a sua prática regular.
Escolha um esporte ou uma atividade física, como corrida ou caminhada, para fazer todos os dias ou algumas vezes por semana. Se você não gosta muito de exercícios físicos, lembre a si mesmo que eles são necessários para cuidar tanto da sua saúde mental quanto física.
Além de ser uma fonte de conforto para quem tem ansiedade e transtorno do pânico, uma rotina estruturada reduz o estresse.
Quando você sabe exatamente o que você vai fazer durante o dia ou a semana, diminui o encontro com imprevistos e pensamentos ansiosos. Assim, consegue aproveitar os momentos agradáveis do seu dia sem se preocupar com outras pendências.
Entretanto, à medida que você constrói o seu planejamento, é preciso lembrar que nem todos os fatores da vida são totalmente controláveis. A organização diária ou semanal concede sensação de segurança, mas você também precisa estar aberto para a possibilidade de encontrar contratempos e precisar mudar os seus planos.
Use a rotina diária como um guia, não como uma regra que nunca pode ser quebrada!
A Vittude pode te ajudar a viver mais tranquilamente e, aos poucos, reduzir os sintomas das crises de pânico. Que tal começar agora a se conhecer melhor e trabalhar essa questão? Agende uma sessão abaixo!
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