Alprazolam: descubra suas indicações e reações no organismo

Alprazolam é um medicamento utilizado frequentemente no tratamento de ansiedade e síndrome do pânico.

Trata-se de um fármaco conhecido como benzodiazepínico. Estamos falando de medicamentos que produzem efeito ansiolítico.

Os benzodiazepínicos constituem-se na classe de medicamentos mais importante para o controle da ansiedade, devido a sua grande eficácia. Possuem relativa seletividade de efeitos, baixa toxicidade e pouca capacidade de produzirem dependência. Também permitem efeito ansiolítico sem apreciável efeito sedativo.

Distúrbios como depressão e ansiedade já são consideradas epidemias. Eles afetam pessoas de todas idades e gêneros ao redor do mundo. Neste sentido, é crescente o número de esforços e campanhas para diminuir o problema. A conscientização é o primeiro passo na busca pela diminuição do número de pessoas afetadas.

Primeiro é importante saber que doenças psicológicas devem ser consideradas e enxergadas da mesma forma e com a mesma seriedade das doenças que afetam apenas o corpo. Portanto, devem ser tratadas como tal.

Nesse sentido, nas últimas décadas a indústria farmacêutica evoluiu e desenvolveu fármacos eficientes, com o menor número de efeitos colaterais possíveis, sendo um deles o alprazolam

Alprazolam: o que é?

O alprazolam é uma benzodiazepina da classe dos ansiolíticos que atua diretamente no sistema nervoso central. No Brasil é comumente encontrado sob os nomes comerciais Apraz®, Constante®, Frontal® e Neozolam®.

Assim como o diazepam e o clonazepam – popularmente conhecido como Rivotril, o alprazolam está entre os remédios psiquiátricos mais vendidos em todo o mundo. 

O medicamento promove ação tranquilizante através da atuação sob as substâncias químicas do cérebro que sofrem certos desequilíbrios em pessoas com transtorno de ansiedade. Suas principais indicações são para tratar distúrbios de ansiedade, distúrbios de pânico e outros inconvenientes causados ​​pela depressão.

O alprazolam é registrado pela ANVISA e possui uso aprovado para: 

  • Ansiedade;
  • Medo;
  • Dificuldades de concentração;
  • Insônia;
  • Irritabilidade;
  • Transtornos de pânico;
  • Ansiedade associada a abstinência (de álcool ou drogas, por exemplo);
  • Entre outros. 

O uso diferente daqueles autorizados e registrados pela ANVISA e/ou constantes da bula, portanto, passam a ser de inteira responsabilidade do médico. 

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Importante lembrar que nada deve substituir uma consulta com um psicólogo ou psiquiatra.

Alprazolam causa dependência? Como evitar?

O uso do alprazolam é considerado seguro e eficaz quando ocasionalmente ou por curtos períodos de tempo. Assim como a maior parte dos ansiolíticos tarja preta, ainda que pequena, existe sim a possibilidade que o paciente desenvolva dependência química ou psicológica. No entanto, isso é uma consequência do uso diário e prolongado do medicamento. 

Também por isso é crucial que o medicamento seja prescrito e seu uso seja acompanhado por um médico psiquiatra. Isso é importante para que, além de controlar o período do uso, a dosagem seja regulada até o período de desmame. Configura-se como desmame o período onde o alprazolam é retirado aos poucos, de modo a evitar crises de abstinência por falta do medicamento. 

Contraindicações e informações importantes

Como todo medicamento, o alprazolam tem algumas contraindicações. Você não deve usá-lo se tiver glaucoma de ângulo estreito, doença que caracteriza o aumento da pressão intraocular. Indivíduos portadores desta doença devem evitar certos medicamentos, tais como o alprazolam, que podem induzir o fechamento do ângulo da câmera de drenagem dos olhos. Isso acarreta uma piora da lesão do nervo ótico, diminuindo a qualidade da visão. 

O alprazolam também não deve ser utilizado por mulheres grávidas, visto que o medicamento pode causar defeitos congênitos ou sintomas de abstinência fatais em um recém-nascido. Informe o seu médico se estiver grávida ou se pretende engravidar em um período próximo. Durante o tratamento é importante investir em métodos contraceptivos, evitando a gravidez indesejada e a consequente interrupção do tratamento. 

Lactantes também devem evitar o uso do alprazolam, a menos que seja explicitamente descrito por um médico competente. A substância ativa pode passar para o leite materno e prejudicar a saúde do bebê. 

O medicamento é contraindicado para indivíduos alérgicos ou sensíveis ao alprazolam. Deve ser evitado, ainda, por quem toma itraconazol, cetoconazol e/ou inibidores de protease do HIV, visto que a interação medicamentosa entre eles pode apresentar reações adversas e inesperadas. 

Além disso, é recomendada a não ingestão de álcool enquanto estiver tomando este medicando, visto que pode aumentar os efeitos da bebida. 

Por fim, o uso do alprazolam é contraindicado para menores de 18 anos. Por isso, mantenha o medicamento em um local seguro e fora do alcance de crianças e/ou pessoas não autorizadas. 

Para garantir que este medicamento seja seguro para você, informe seu médico se você tiver:

  • Convulsões ou epilepsia;
  • Doença renal ou hepática (especialmente doença hepática alcoólica);
  • Asma ou outro distúrbio respiratório;
  • Glaucoma de ângulo aberto;
  • Histórico de depressão ou pensamentos ou comportamentos suicidas; ou
  • Histórico de dependência de drogas ou álcool.

Informe o seu médico sobre todos os seus medicamentos atuais, bem como todos os que você iniciar ou parar de usar durante o período de tratamento, especialmente: cimetidina; fluvoxamina; nefazodona; fenitoína; ritonavir ou outros medicamentos para tratar o HIV ou a AIDS; ou zolpidem; medicamento antifúngico – itraconazol, cetoconazol, fluconazol, voriconazol.

Outros medicamentos podem interagir com o alprazolam, incluindo aqueles prescritos e vendidos sem receita, bem como vitaminas e produtos à base de plantas. Por isso é importante ser verdadeiro com o seu médico e esclarecer todas as dúvidas antes de iniciar o uso. 

Como tomar alprazolam?

O alprazolam é comumente encontrado sob a forma de comprimidos em diferentes dosagens, contendo 0,25 mg, 0,5 mg, 1,0 mg ou 2,0 mg. Jamais se automedique ou altere a dose sem conversar com o médico responsável pelo seu tratamento, nem o interrompa sem autorização. 

É importante, ainda, informar ao médico quanto às possíveis reações adversas ou a ausência do efeito esperado durante o uso do alprazolam. Nunca compartilhe ou indique este medicamento a outra pessoa, especialmente se essa pessoa apresentar um histórico de abuso ou dependência de drogas. 

Se esquecer ou perder o horário do medicamento, tome a dose esquecida assim que se lembrar. Porém, ignore-a se estiver quase na hora da próxima dose programada. Não é recomendado que você tome medicamento extra para compensar a dose perdida.

O que devo evitar enquanto estiver usando o alprazolam?

O alprazolam pode prejudicar a capacidade de pensamento, raciocínio ou resposta imediata aos estímulos, devido ao seu efeito sedativo. Portanto, evite dirigir ou executar qualquer ação que exija um constante estado de alerta. Além disso, evite ao máximo ingerir bebida alcóolica ou qualquer outro medicamento sem o aval médico, visto que os efeitos colaterais podem ser perigosos. 

Procure atendimento médico imediatamente se você tiver: 

  • Agravamento do quadro depressivo e/ou pensamentos suicidas;
  • Confusão, agitação, hostilidade, alucinações;
  • Movimentos musculares descontrolados, tremores, convulsões); ou
  • Batimentos cardíacos acelerados ou palpitações no peito.

Os efeitos colaterais comuns e aceitáveis do alprazolam podem incluir:

  • sintomas como sonolência;
  • sensação de cansaço;
  • fala arrastada;
  • falta de equilíbrio ou coordenação;
  • problemas de memória;
  • quadro de sedação leve, entre outros que merecem atenção para que sejam imediatamente tratados e controlados. 

O que fazer em caso de overdose de alprazolam?

Procure atendimento médico de emergência ou ligue para o Disque Intoxicação da ANVISA através do número 0800 722 6001. Uma overdose de alprazolam pode ser fatal.

Os sintomas de overdose podem incluir sonolência extrema, confusão mental, fraqueza muscular, perda de equilíbrio ou coordenação, sensação de tontura e desmaio.

Remédio é a cura? Nem sempre

Distúrbios psiquiátricos nem sempre são superficiais. Em geral eles são consequências de um ou mais problemas anteriores enraizados, que por não terem recebido atenção necessária, transformaram-se em um mal maior. 

Assim como qualquer outra doença que afeta o organismo, as doenças da mente devem ser tratadas como tal, com acompanhamento médico, psicológico e auxílio medicamentoso, quando necessário. 

No entanto, nem sempre remédios são sinônimos de cura, principalmente quando se trata da mente. Neste sentido, o acompanhamento psicológico, com psicoterapia e apoio dos amigos e familiares é tão importante quanto o uso de remédios, seja alprazolam ou qualquer outro. 

Além disso, manter uma vida com hábitos saudáveis tanto para o corpo quanto para a mente pode evitar a chegada de determinados transtornos psicológicos. 

Jamais se automedique

A automedicação é um problema sério, assim como suas consequências. Apesar da maioria dos remédios psiquiátricos serem de uso controlado por conta da tarja preta, não é exatamente difícil conseguir comprá-lo. O que parece uma facilidade, na verdade, é um grande risco e coloca a saúde mental e física dos usuários em perigo. 

Não importa se o remédio x foi excelente para a pessoa y, ou se o vizinho dela tomou e não teve nenhum efeito colateral. Apenas e somente um médico pode receitar medicamentos, bem como definir a concentração e a duração do tratamento. 

Entre as consequências do uso indevido e indiscriminado de medicamentos estão os efeitos colaterais indesejáveis e não esperados, que podem resultar no agravamento do quadro. Ademais, o uso prolongado ou a interrupção abrupta também podem ocasionar sintomas de abstinência. 

Procure sempre por profissionais

Nunca peça ou indique medicamentos. Saúde é coisa séria. Então, caso acredite que esteja precisando de um profissional qualificado para lhe ajudar a diminuir os efeitos do transtorno de ansiedade não deixe de entrar em contato conosco.

Na Vittude você pode ser atendido por um psicólogo presencialmente em consultório ou online, através de vídeo consultas. A tecnologia tornou possível fazer terapia do conforto do seu lar, mas com a mesma seriedade e profissionalismo.

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Autor

Tatiana Pimenta

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CEO e Fundadora da Vittude. É apaixonada por psicologia e comportamento humano, sendo grande estudiosa de temas como Psicologia Positiva e os impactos da felicidade na saúde física e mental. Cursou The Science of Happiness pela University of California, Berkeley. É maratonista e praticante de Mindfulness. Encontrou na corrida de rua e na meditação fontes de disciplina, foco, felicidade e produtividade. Você também pode me seguir no Instagram @tatianaacpimenta