Já ouviu falar em TCC Terapia Cognitivo Comportamental

Terapia Cognitivo-Comportamental: conheça a TCC e suas grandes contribuições!

Nas últimas décadas, ao lado de todo o avanço tecnológico, a humanidade presenciou uma grande revolução da psicologia. A chamada Terapia Cognitivo-Comportamental, a TCC, é um dos campos responsáveis por essas transformações.

Na prática, a TCC permitiu o desenvolvimento de tratamentos eficazes para uma série de problemas, como a depressão, os transtornos de ansiedade, fobias, estresse, insônia e crises conjugais, só para citar alguns exemplos.

Neste texto, você vai saber:

  • O que fundamenta a TCC
  • Como a TCC surgiu e se desenvolveu
  • Como a TCC compreende as doenças
  • Como é realizado o tratamento com TCC
  • A TCC é indicada para que tipos de quadros?
  • Importância do profissional na aplicação da TCC

Entenda agora as bases que sustentam essa revolução:

O que fundamenta a TCC

A Terapia Cognitivo-Comportamental é baseada numa ideia simples: a de que nossas emoções e comportamentos não são motivados pelos acontecimentos da nossa vida, mas pelo que entendemos desses acontecimentos. Da mesma forma, o nosso próprio comportamento pode afetar profundamente os nossos modos de pensar e de nos emocionar.

Ou seja, há um ciclo em que o comportamento gera pensamentos e emoções, da mesma forma que pensamentos e emoções geram comportamentos.

O grande avanço da TCC foi mostrar que, se conseguirmos mudar o comportamento de uma pessoa, isso influenciará seu modo de pensar, gerando outros tipos de comportamento. O mesmo acontece se modificarmos suas emoções ou seus pensamentos.

Como a TCC surgiu e se desenvolveu

Embora a TCC tenha sido conceituada na década de 50 do século XX, a ideia central não é nova. Já filósofos da Grécia antiga defendiam ideias parecidas. Depois, na idade moderna, pensadores como Kant e Heidegger desenvolveram reflexões sobre o papel da atividade cognitiva consciente na vida humana.

Mas o grande boom da TCC veio a acontecer mesmo próximo do final do século XX, sendo essa terapia hoje extremamente utilizada, principalmente devido aos seus resultados comprovados em tratar uma série de quadros psicológicos.

Como a TCC compreende as doenças

O primeiro passo para qualquer tratamento é uma avaliação minuciosa para compreensão do quadro. No caso da TCC, o psicólogo busca compreender principalmente as questões ligadas aos pensamentos, às emoções e aos comportamentos do paciente.

Embora esse seja o centro da avaliação, o profissional busca articular essas percepções dentro de um quadro mais completo da vida do paciente, incluindo uma análise de suas questões biológicas, sociais e interpessoais.

Dois aspectos muito importantes dessa avaliação são as descobertas dos pensamentos automáticos e dos esquemas que não sejam positivos para o paciente. Um exemplo de pensamento automático é este: toda vez que pensa em um novo projeto, a pessoa já tem certeza de que vai falhar.

Já um esquema, como o próprio nome diz, é um modelo de pensamento, usado nas mais diversas situações. Em geral, o esquema distorce uma informação, dando-lhe um valor maior ou menor do que seria normal, tudo para confirmar algum ponto de vista prévio da pessoa.

Alguém com fobia de avião, por exemplo, pode saber que a chance de morrer de acidente aéreo é uma em 11 milhões, menor do que a chance por exemplo de morrer por mordida de cachorro. Porém, a pessoa vai encontrar um jeito de provar que ela pode ser essa “uma em 11 milhões” e vai continuar em terra firme.

Como é realizado o tratamento com TCC

O tratamento da TCC é centrado, em grande parte, na busca de trabalhar as estruturas mentais do paciente, ajudando-o a superar estruturas não adaptativas e reforçar as adaptativas.

O termo “adaptativo”, neste caso, é usado para indicar aquelas estruturas que ajudam o paciente a ter uma vida normal, com autoestima e integrada às pessoas que o rodeiam.

Para isso, são usados vários métodos, como o questionamento socrático, os registros de pensamento, a identificação de erros cognitivos e o exame de evidências, entre outros.

Esses procedimentos ajudam o paciente em uma série de mudanças, como: romper padrões de evitação e de desesperança; enfrentar situações temidas; e reduzir emoções dolorosas ou a excitação autonômica.

Em geral, a TCC é aplicada em prazo curto. Um tratamento para depressão ou ansiedade, por exemplo, pode durar de 5 a 20 sessões de terapia, em sessões de 45 a 50 minutos.

Além disso, é muito comum também o desenvolvimento paralelo da TCC e do tratamento farmacológico. Muitas pesquisas mostram a eficácia desse método, propiciando uma melhora mais rápida para os pacientes.

A TCC é indicada para que tipos de quadros?

Devido às pesquisas mais recentes e a seu histórico de sucessos clínicos, a TCC é indicada para uma série de quadros. Exemplos comuns são: as fobias específicas; o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC); a agorafobia; os transtornos de ansiedade; as disfunções sexuais, em especial ejaculação precoce e vaginismo; os transtornos alimentares; e a depressão.

Outros quadros tratados incluem: dificuldade de relacionamento interpessoal; reabilitação de doentes crônicos; transtornos alimentares; problemas de comportamento na infância e na adolescência; e abuso de dependência de álcool e drogas.

Há estudos ainda documentando sua utilidade para pacientes com transtornos crônicos, graves e resistentes a tratamento, como transtorno bipolar, transtorno da personalidade borderline e esquizofrenia.

Importância do profissional na aplicação da TCC

Até aqui, você já entendeu o amplo leque de áreas cobertas pela TCC, bem como os princípios e métodos que a sustentam. Tudo isso mostra a necessidade de anos de formação e prática para o profissional que atua na área. Por isso, quero deixar só uma última mensagem.

Se você apresenta algum quadro, ou conhece alguém com um quadro que possa ser tratado pela TCC, é muito importante buscar um profissional especializado. Só ele será capaz de fazer uma análise cuidadosa de sintomas, desenvolvendo um diagnóstico correto e indicando o tratamento ideal, seja ele com TCC ou outra abordagem mais adequada ao paciente.

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