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Aumentar a produtividade: como ajudar os colaboradores e manter a empresa sustentável

Empresas de todos os tamanhos e nichos sobrevivem mediante o resultado que os colaboradores atingem com seu trabalho. Por isso, manter e aumentar a produtividade é uma das questões vitais para a alta gestão. 

Mas, fazer terrorismo na cabeça dos profissionais não é o que vai fazê-los produzir mais. Ao contrário disso, líderes ruins, que pressionam excessivamente os funcionários, podem gerar o aumento do turnover e de adoecimentos. Tudo isso, claro, despenca a produtividade. 

Neste artigo, trouxemos dicas para que tanto os próprios colaboradores melhorem sua produção quanto a empresa os ajude da maneira correta. Além disso, te explicamos a relação direta entre produtividade e saúde mental.

Veja:

8 dicas para aumentar a produtividade 

A produtividade é uma métrica muito importante, mas não é tão simples de medir por ser algo comportamental, logo, subjetivo. Assim, o desafio para os líderes das equipes e gestores de RH fica ainda maior.

Mas, além de existirem maneiras de fazer isso, também é possível se valer de algumas orientações para ajudar os colaboradores a melhorar seu desempenho, além de ajudar a própria empresa com esta tarefa.

E o primeiro passo é entender como cuidar de maneira integral de cada funcionário. 

Veja com mais detalhes a seguir!

Gerencie sua energia

Você já sabe que gerenciar seu tempo é uma das soft skills mais importantes para aumentar sua produtividade, não é? Mas, ainda mais importante é ficar atento para como sua energia se manifesta.

Algumas pessoas são mais produtivas pela manhã; outras, à tarde. Enquanto em algumas pessoas a energia é mais estável e moderada, em outras ela pode se manifestar em picos, sendo muito alta neles e menor do que a média fora deles.

Tudo isso faz parte da diversidade biológica que possuímos. O mais importante é conhecer a si mesmo para aproveitá-la da melhor maneira possível.

É recomendável deixar as tarefas mais complexas, que exigem mais esforço cognitivo, para quando a energia estiver mais alta e, as mais operacionais, quando estiver em queda. 

Estabeleça metas possíveis

Você sempre vai se sentir improdutivo se elencar um número de tarefas enorme por dia. Lembre-se, portanto, de organizar um cronograma que seja, no mínimo, possível. 

Com os avanços tecnológicos, ficamos mais imediatistas mesmo porque estamos nos relacionando com máquinas. E essa velocidade tende a ser ainda maior agora que estamos entrando na era da inteligência artificial. Portanto, lembre-se que seu cérebro (e seu corpo) funcionam de uma maneira muito diferente. 

É interessante criar, todos os dias, uma lista de prioridades. Assim você pode juntar as tarefas mais importantes com os momentos de maior energia, como falamos acima. A regra 1-3-5 é outra ótima opção. Nela, você estipula uma tarefa maior, três médias e cinco pequenas. 

Para se aprofundar na questão das prioridades, o livro “Essencialismo”, do autor Greg McKeown é uma ótima pedida! 

Desative as notificações do celular

Sejamos francos: é impossível viver sem smartphones nos dias de hoje. Uma pesquisa recente já mostrou que existem dois celulares por pessoa no Brasil. Além disso, o tempo médio de utilização das redes sociais é de três horas e meia. 

É assustador mesmo, especialmente se considerarmos que esse tempo é dividido em pequenas olhadas a cada notificação, o que mata nossa produtividade.

Por isso, desativá-las é fundamental! Também há a opção de bloquear o celular para que você se lembre de não usá-lo mesmo que as notificações já tenham sido silenciadas.

Agora, se o seu problema é fazer um uso compulsivo mesmo, pode ser interessante pedir auxílio de um profissional ou ainda fazer um detox digital, como ensinado no livro de Cal Newport, “Minimalismo Digital”. 

Aliás, é um livro que tem tudo a ver com produtividade também!

Flexibilize o modelo de trabalho

Se o que você quer, enquanto líder, é aumentar a produtividade dos colaboradores, vale a pena tentar convencer a alta gestão da empresa a flexibilizar o modelo de trabalho para quem não precisa obrigatoriamente fazê-lo do escritório.

Diversas pesquisas já mostraram que, em geral, as pessoas produzem mais em home office. Então porque fazê-los pegar horas de trânsito, fazê-los ficar longe da família e ainda despender muito mais energia? Seja ela física ou mental.

Veja, quanto mais isso acontece, pior será sua performance no trabalho. 

Por outro lado, também existem aqueles que se sentem melhor no espaço físico da empresa. Tanto por necessidades psicológicas, de estreitar as relações ou ter um ambiente mais silencioso, quanto estruturais, de contar com os materiais necessários para executar sua função.

Agilize o workflow

Numa equipe, qualquer atraso individual se torna um atraso coletivo muito maior. O processo de trabalho fica travado e os resultados, muito aquém do esperado. Como aumentar a produtividade das equipes então?

Em primeiro lugar, é preciso que o líder transmita com clareza e designe todas as tarefas para os responsáveis. 

A partir disso, toda a equipe saberá quais são as metas de cada um e dos colegas. Esta ação é muito importante, pois permite que os profissionais conversem entre si e rearranjem as entregas sem precisar comprometer toda a operação.

Em segundo lugar, o líder também precisa gerenciar a equipe. Adotar métodos ágeis, como scrum e kanban, podem ajudar muito a cortar excessos de tempo e energia. 

Lembre-se também de reavaliar o desempenho individual e coletivo com frequência para otimizar ainda mais o trabalho e peça feedbacks dos colaboradores, para certificar-se de que está tudo bem com todos. 

Incômodos podem existir, como em qualquer time, mas eles não devem ser ignorados. Ao contrário, é imperativo que os conflitos sejam resolvidos o mais rápido possível. A atuação do líder neste sentido é fundamental.

Forneça as ferramentas de trabalho necessárias

As obrigações com a ergonomia já estão na legislação brasileira, mas infelizmente ainda não são realidade em muitas empresas. Inclusive porque não se trata apenas de ter cadeiras confortáveis e um bom computador. 

É preciso, muitas vezes, rever questões estruturais – como a iluminação, a temperatura, entre outros. Sem esquecer de softwares e ferramentas digitais, que podem ser imprescindíveis para a realização de um trabalho.  

Vale a pena repetir que fazer tudo isso é uma responsabilidade inalienável da empresa. Inclusive por serem investimentos cujos resultados retornarão para a própria organização.  

Mantenha uma cultura e clima saudáveis

Sabe o que mais é ergonomia? Tomar cuidado para que o clima organizacional não gere doenças ocupacionais nos funcionários. 

Não só isso ajuda a aumentar a produtividade, mas é essencial para qualquer estratégia de employer branding, retenção e engajamento de colaboradores. 

Hoje em dia, os profissionais estão rejeitando vagas que pagam melhor, mas que tem um ambiente tóxico, para trabalhar em empresas com um salário inferior, mas que se preocupam (na teoria e na prática) com o bem-estar da sua população. 

Uma pesquisa do Gympass mostrou que, em 2023, 87% dos trabalhadores sairiam de uma empresa que não priorize bem-estar e uma enquete feita pelo perfil @festanafirma, com 30 mil respondentes, corrobora com a anterior: 88% disseram que preferem qualidade de vida a um salário mais alto. 

Cuidar da saúde dos colaboradores

Colaborador adoecido, seja líder ou liderado, não produz bem. Não tem jeito: saúde e produtividade são inversamente proporcionais. Por isso, é imprescindível que os gestores de RH façam uma ótima gestão de saúde.

Para começar, tanto a saúde física quanto a mental precisam ser consideradas. E não basta oferecer um plano de saúde e deixar que os funcionários se virem com isso. 

Você já calculou quanto custa para a empresa a soma de afastamentos, valor do FAP e do RAT, queda de produtividade, etc.? Esse é um ótimo começo para entender quanto (literalmente) essa responsabilização é necessária.

E esse é o ponto mais importante: cuidar da saúde dos colaboradores significa cuidar da sustentabilidade financeira da empresa. 

Motivos para a queda da produtividade

Existem inúmeras razões pelas quais não só é difícil aumentar a produtividade. Elas podem estar relacionadas apenas com os colaboradores, apenas com a empresa ou com ambos. 

Neste artigo, vamos separá-las em dois grandes grupos: motivos profissionais e motivos relacionados à saúde. Entendê-las melhor é fundamental para saber como reverter o quadro. Vamos lá!

Motivos profissionais

Entre os motivos que envolvem a empresa ou ambos, uma das principais é a falta de motivação e engajamento com o trabalho

Neste caso, uma postura cética ou desanimada em relação a empresa pode estar presente. Isso acontece quando o salário ou os benefícios estão deficientes em relação ao que o colaborador entrega. 

Também acontece, com frequência, quando há uma relação difícil com a liderança. Alguns dos fatores que influenciam este aspecto são:

  • Falta de clareza na comunicação;
  • Excesso de cobrança por resultados;
  • Falta de empatia e humanização;
  • Problemas de planejamento

E outro motivo importante é a ausência de planejamento para desenvolver os colaboradores. O próprio Henrique Meirelles mencionou, em sua coluna no Estadão, que o crescimento da produtividade no Brasil, em 2024, depende de investimento na educação. 

Se isso é verdade no âmbito público, dentro das empresas também. Afinal, também segundo o ex-presidente do Banco Central e ex-Ministro da Fazenda, trabalhadores mais qualificados têm as habilidades técnicas necessárias para produzir melhor.  

Motivos relacionados à saúde

Agora, um colaborador indisposto, exausto e adoecido, como já mencionamos, também não vai produzir bem. Se o caso for de saúde, é importante avaliar se as causas do adoecimento são profissionais.

Caso sejam, é necessário pensar num plano de ação imediato para o tratamento do colaborador, seja através de médicos do trabalho e psicólogos organizacionais ou do incentivo à utilização dos planos de saúde. 

Mas, para além disso, é fundamental que a empresa se responsabilize pelos danos causados. E isso é muito maior do que o tratamento individual. É necessário pensar em políticas de prevenção para toda a equipe

Até porque, no caso de doenças ocupacionais, é muito raro que elas afetem apenas uma pessoa. Ou seja, é possível que os gastos da empresa aumentem exponencialmente.

Vale lembrar que a síndrome de Burnout, que afeta hoje 25% dos trabalhadores brasileiros e que ainda está numa curva de crescimento ascendente, já é considerada uma doença ocupacional pela CID-11.  

E, assim como ela, existem muitas outras doenças físicas ou transtornos psicológicos que afetam de maneira grave a produtividade do colaborador.

Produtividade e saúde mental: como identificar transtornos?

Como você viu no item anterior, um dos motivos pelos quais a produtividade pode cair é a presença de transtornos psicológicos. 

O Brasil é o segundo país com maior número de casos da síndrome do esgotamento profissional do mundo. Mas, além disso, é o campeão em pessoas com transtorno de ansiedade e ainda tem altos índices de depressão. Não por acaso, também estamos vendo um aumento de episódios suicidas. 

Este contexto dramático é a nossa realidade. Depois da pandemia de Covid-19, especialistas e entidades de saúde afirmam que entramos numa epidemia de saúde mental. 

Diante disso, fazer só o que a lei obriga em relação ao bem-estar dos colaboradores é menos do que o mínimo e vai afetar drasticamente as empresas. Quem já entendeu isso, no cenário nacional e internacional, está liderando o seu mercado. 

Para identificar se os colaboradores estão adoecidos mentalmente, a primeira etapa é valer-se da busca ativa, por profissionais de saúde organizacional, e de pesquisas para diagnóstico de saúde mental.

Essas ações respondem não só se eles estão adoecidos, no geral, mas quais são os profissionais que mais precisam de ajuda em caráter de urgência. A partir daí, é fundamental que a empresa trabalhe de maneira holística para mudar o seu paradigma atual. 

O problema é que nem sempre as empresas têm a expertise ou a quantidade de profissionais necessários para agir de maneira assertiva. E é justamente com isso que a Vittude pode te ajudar!

Nós somos os líderes em saúde mental corporativa do mercado. Possuímos um ecossistema estruturado em diagnóstico, educação, clínica e inteligência para cuidar do bem-estar psicológico dos seus colaboradores.

Uma vez que eles recuperam sua saúde, podem voltar a trabalhar com satisfação e, assim, aumentar sua produtividade para que a empresa caminhe de uma maneira sustentável. 

Fale com um dos nossos especialistas para saber mais!

Carol Motta

Redatora sênior, especialista em SEO On Page, cientista social e com experiência em conteúdos de saúde e RH. Trabalha para viver num mundo em que as pessoas sejam mais saudáveis e as organizações, mais inclusivas.

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