Ganhar bons salários às custas de horas extras, sobrecarga de funções e pressão dos líderes é algo que causa um arrepio na espinha dos colaboradores hoje em dia. O bem-estar no trabalho nunca foi tão valorizado e sua empresa precisa estar atenta!
Segundo uma enquete feita pelo G1 em 2023 com mais de 30 mil respondentes, 88% dos trabalhadores preferem qualidade de vida a um salário mais alto. Mas, ao mesmo tempo, 49% não acham que os empregadores se preocupam com o seu bem-estar.
Será que as empresas estão fazendo a sua parte para cuidar dos colaboradores e prevenir gastos que pesam no seu próprio bolso?
Neste guia, te mostramos dados das pesquisas mais atuais sobre bem-estar no trabalho (BET) e ainda oferecemos insights para elaborar um plano de ação assertivo!
Veja:
Todos nós temos uma ideia do que é o bem-estar, porque já sentimos isso. Mas pode ser difícil criar uma definição racional e precisa. E isso é tão verdadeiro que nem os especialistas conseguiram entrar num consenso ainda.
Mas, existe um direcionamento claro. O bem-estar no trabalho está diretamente relacionado com a saúde mental. Assim, quanto mais estresse, ansiedade e sintomas depressivos, menor é o sentimento de bem-estar.
Uma das definições de bem-estar no trabalho foi elaborada por Paschoal & Tamayo num artigo publicado na revista Avaliação Psicológica (2008):
“Prevalência de emoções positivas no trabalho e a percepção do indivíduo de que, no seu trabalho, expressa e desenvolve seus potenciais/habilidades e avança no alcance de suas metas de vida”.
Uma definição parecida foi elaborada por Siqueira & Padovam, tomando como base três elementos:
Assim, o conceito está longe de ser apenas ausência de estressores organizacionais, mas tem muito mais relação com a construção de felicidade, satisfação e engajamento em relação ao ambiente profissional.
Se você está se fazendo a pergunta acima, pode estar atrás dos seus concorrentes. Mas vamos te explicar o motivo e ainda mostrar como você vira este jogo!
Veja só: a cultura de uma empresa é extremamente importante, certo? E é fundamental que os colaboradores estejam alinhados com ela. Mas será que o inverso também acontece? Será que a empresa está alinhada com a “cultura” deles?
Entender muito bem quem são os melhores talentos do mercado e as necessidades deles é algo fundamental para atraí-los. Afinal de contas, ter profissionais de qualidade significa criar um relacionamento. E todo relacionamento é uma via de mão dupla.
Você oferece o que os candidatos querem – bons salários, clima saudável, plano de carreira, etc. – e eles oferecem o que você quer – produtividade, inovação, resiliência, etc.
Com certeza você já sabe disso. O problema é que no dia-a-dia, se você não planeja estratégias de employer branding do começo ao fim, é possível que ignore totalmente o que os talentos querem e foque só no que a organização precisa. E isso se torna um grande problema a longo prazo.
Como já falamos, a qualidade de vida interessa muito mais aos funcionários do que um bom salário. Para corroborar com esta ideia, uma pesquisa da Robert Half mostra que 89% das empresas admitiram que bons resultados estão ligados à felicidade dos colaboradores.
Esses dados representam insights muito importantes: o bem-estar e a felicidade no trabalho estão intimamente conectados. E é através deles que você pode impulsionar o desempenho dos profissionais.
O problema é que a realidade é outra: a síndrome de burnout afeta 25% dos trabalhadores e o Brasil tem a segunda força de trabalho mais estressada do mundo (72%).
Ou seja, existe um abismo enorme entre as necessidades dos colaboradores e o que eles estão recebendo.
Algumas pessoas podem alegar que esses índices não são só responsabilidade da empresa e sim de cada profissional também. E isso é verdade!
Mas, as pesquisas mais recentes sobre o assunto mostram cada vez mais que os fatores ambientais são mais importantes do que traços de personalidade.
Se o bem-estar no trabalho é importante para atrair talentos, ele é ainda mais importante para manter os profissionais na sua organização.
A ideia de que uma pessoa fica na mesma empresa a vida toda já não existe. Assim, cada vez mais, os trabalhadores vão buscar empresas em que, além de ganhar bem, sintam-se valorizados, respeitados e incluídos.
Atualmente, o Brasil está em 57º lugar no ranking do instituto suiço IMD, que mede a retenção de talentos em 61 países. Vejam quão baixa é a nossa classificação!
Dados nacionais confirmam que esta é uma das maiores dificuldades do RH.
Segundo a consultoria Robert Half, 49% dos profissionais querem mudar de trabalho em 2023 e uma outra pesquisa feita pela Empregos.com.br, mostrou que 3 em cada 4 brasileiros querem mudar de emprego.
E ainda: de acordo com um levantamento do Gympass, 73% dos profissionais disseram que, se quisessem mudar de emprego, só considerariam empresas que priorizem o bem-estar.
O principal instrumento é a Escala de Bem-Estar no Trabalho, feita pelos especialistas Katwyk, Spector, Fox e Kelloway (2020). Ela já foi testada e aprovada para o contexto brasileiro. Além disso, é separada em duas partes: a primeira foca nos afetos e a segunda na realização profissional.
Sob esta lógica, é muito valioso testar os afetos negativos – nível de estresse, exaustão, transtornos psicológicos, etc – quanto os positivos – felicidade e satisfação com o trabalho, por exemplo.
Inclusive, nossas Escalas de Percepção de Segurança Psicológica e a de Estresse e Propensão à Síndrome de Burnout são ferramentas muito valiosas para medir o bem-estar no trabalho.
Elas fazem parte do pilar de diagnóstico, o primeiro do nosso ecossistema de saúde mental corporativa, e ajudam os especialistas a traçarem um plano de ação baseado nas necessidades específicas da empresa, o que potencializa a probabilidade de obter bons resultados.
Por fim, testes rotineiros no ambiente organizacional também podem ser utilizados para medir o nível de bem-estar no trabalho, como a pesquisa de clima e os vários tipos de pesquisa de satisfação.
É interessante que pelo menos um tipo de cada escala seja aplicada, pois assim é possível ter uma ideia mais verdadeira sobre como as pessoas realmente estão se sentindo em relação ao bem-estar empresarial.
Outros indicadores, como a taxa de turnover, número de afastamentos e produtividade podem ser úteis também.
Depois de fazer um diagnóstico, é hora de fazer um plano de ação completo para aumentar o bem-estar dos colaboradores no trabalho. E a boa notícia é que existem muitas possibilidades. Assim, você pode adequar a estratégia de acordo com as necessidades da equipe.
Um dos principais interesses dos colaboradores é a ausência de um PDI. Segundo a pesquisa da Robert Half, 58% dos pedidos de demissão voluntária acontecem porque existe uma falta de perspectiva de crescimento na empresa.
Ao mesmo tempo, a Pesquisa dos Profissionais Brasileiros constatou que 70% das organizações não oferecem plano de carreira.
Veja, então, que existe uma oportunidade de retenção de talentos e de felicidade no trabalho sendo perdida. Mas isso pode ser mudado com reconhecimentos pelo tempo de trabalho e por mérito, promoções internas e atualização de salário, por exemplo.
Outro aspecto fundamental do bem-estar no trabalho é garantir que a empresa seja, na teoria e na prática, uma empresa inclusiva.
Entender os desafios específicos de pessoas negras e indígenas, LGBTQIA+, com deficiência e de outros grupos minorizados é fundamental para que estes sintam-se acolhidos, respeitados e pertencentes ao ambiente da organização.
O primeiro passo é realizar mudanças na cultura da empresa. Em seguida, fazer atividades de conscientização – como palestras, rodas de conversa e workshops – pode ser especialmente importante para promover este alinhamento interno.
O assunto é tão importante que mais de 80% das empresas brasileiras investem nessa pauta, segundo o Panorama das Estratégias de Diversidade no Brasil 2022 e Tendências para 2023.
Inclusive, algumas das empresas destacadas pela pesquisa como referência no investimento em diversidade são clientes da Vittude: Vivo, Ambev, Grupo Boticário e L’Oréal Brasil.
Este avanço se deve, em grande parte, à mudança de comportamento geracional, já que D&I é um grande interesse das gerações mais novas – que já ocupam a maior fatia entre a população economicamente ativa. E a tendência é isso se acentuar cada vez mais.
Um dos aspectos mais fundamentais para o bem-estar é o relacionamento interpessoal. Seja com colegas ou líderes, ele influencia tão fortemente os colaboradores que é um dos principais motivos para continuar na empresa ou para procurar outro local de trabalho.
E a base de qualquer relacionamento está justamente na comunicação!
Seja para que cada um entenda quais são exatamente as suas tarefas e as das outras pessoas da equipe, para conseguir dar um feedback saudável e eficaz ou para aprofundar o relacionamento em aspectos mais subjetivos.
Por isso, investir em workshops e treinamentos de comunicação interna é extremamente importante.
A saúde mental tem se tornado um dos aspectos mais importantes para o bem-estar.
Tanto é que as próprias pesquisas, citadas no início deste artigo, mostram que o conceito de bem-estar no trabalho (BET), atualmente, tem uma relação direta com a saúde mental.
Além disso, a 23ª Edição do Índice de Confiança Robert Half, que mencionamos anteriormente, mostra que 87% das pessoas estão infelizes no trabalho por implicações psicológicas.
Neste sentido, existe uma série de ações que podem ser feitas. E um dos pontos mais importantes é que antes de subsidiar sessões de psicoterapia, é preciso fazer treinamentos para desestigmatizar o assunto.
Até porque a adesão às sessões só vão acontecer uma vez que os colaboradores compreendem a importância do processo psicoterapêutico.
E não é só isso: a psicoterapia não faz milagre. Se um ambiente em que os colaboradores ficam 40h por semana for tóxico, é impossível que a sua saúde mental fique em dia. Ou seja, também é preciso reestruturar a organização, muitas vezes.
Isso pode ser complexo, portanto, contar com uma empresa parceira pode ser extremamente importante para ajudar no aumento do bem-estar no trabalho.
A Vittude é a líder de saúde mental corporativa do mercado.
Já impactamos mais de 650 mil vidas e transformamos o ambiente interno de grandes empresas através do nosso objetivo: democratizar o acesso ao bem-estar psicológico.
Para isso, desenvolvemos um ecossistema de saúde mental. Apesar de sermos conhecidos pela plataforma de psicoterapia, este é só um dos nossos pilares.
Os outros envolvem o diagnóstico, a educação e a inteligência, que é a centralização de dados para tornar o plano de ação mais fluido e assertivo ao mesmo tempo. Tudo isso ainda pode ser personalizado para que a sua empresa atinja um desfecho positivo.
Fale com um dos nossos especialistas para levar este resultado à sua organização.
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