O Relatório Mundial de Saúde Mental de 2002, da Organização Mundial da Saúde, revelou um aumento de 26% em transtornos de ansiedade na população mundial. O que muita gente não sabe é que existem vários tipos de ansiedade, sendo um deles o transtorno de ansiedade social.
Quem sofre com a doença enfrenta dificuldades para interagir em meios sociais. Por isso, caso não o indivíduo não seja diagnosticado e tratado adequadamente, pode sofrer com prejuízos na vida pessoal e profissional, afetando o seu bem-estar como um todo.
Quer tirar as suas dúvidas sobre o assunto? Continue a leitura e confira as principais informações!
O transtorno de ansiedade social também é conhecido como fobia social e impacta diretamente a capacidade de interagir socialmente. Isso significa que a pessoa pode enfrentar dificuldades para lidar com situações sociais ou de desempenho, nas quais sente que pode ser julgada ou humilhada pelos outros.
Nesses casos, é comum que o indivíduo que sofre com o transtorno tenha medo de ser julgado ou de ter as suas fraquezas expostas.
É importante reforçar que se sentir ansioso em algumas situações do dia a dia é normal, o problema acontece quando tais sentimentos surgem com muita frequência e, às vezes, sem razão aparente.
Esse transtorno é capaz de gerar vários tipos de sintomas: físicos, emocionais e comportamentais. Confira mais detalhes sobre cada um deles:
Para conhecer melhor o transtorno de ansiedade social, é preciso entender que todas as pessoas sofrem com ansiedade social, ou seja, é normal se sentir inseguro e preocupado em algumas situações cotidianas.
Em apresentações para um público grande ou em uma festa em que não se conhece quase ninguém, por exemplo, é comum que alguns indivíduos se sintam desconfortáveis.
O que diferencia essa ansiedade social ocasional do transtorno em si é que aqueles que têm fobia social sofrem tanto em situações de interação que podem até mesmo acabar evitando-as.
O diagnóstico e a intervenção levam em consideração os prejuízos na vida da pessoa. Se for o caso de uma pessoa mais tímida e inibida, mas que tem amigos, participa de eventos sociais e consegue estabelecer relações, não há um problema. A timidez se trata apenas de um traço de personalidade.
No entanto, se o indivíduo não consegue encarar situações sociais rotineiras e acaba optando pelo isolamento na maioria das vezes, é preciso analisar o caso com atenção para que não se torne ainda mais grave.
As consequências do transtorno são sentidas tanto em âmbito pessoal como profissional, afetando a qualidade de vida como um todo.
No geral, quem enfrenta a doença deixa de participar de eventos sociais, como reuniões, festas e outros tipos de encontros. Sem o tratamento adequado, portanto, pode causar a ruptura de relações amorosas, familiares e de amizade.
Já na carreira, a dificuldade para se relacionar e estar presente em apresentações, festas e reuniões também gera prejuízos enormes, afinal, a pessoa que tem fobia social não consegue executar tarefas que exigem contato com outros profissionais.
Em alguns casos, o transtorno pode até mesmo evoluir para uma depressão devido ao isolamento social e as dificuldades para viver uma vida saudável em condições normais.
Quem sofre com fobia social costuma se preocupar bastante que as suas atitudes sejam consideradas inadequadas pelas outras pessoas.
É normal ter medo de que os outros notem a sua ansiedade por meio dos sintomas físicos, como rubor facial, vômitos, transpiração em excesso, entre outras.
Normalmente, as seguintes situações desencadeiam o transtorno de ansiedade social:
Não há uma única causa para o desenvolvimento do transtorno de ansiedade social. Normalmente, há fatores genéticos e ambientais envolvidos. Vale considerar:
É comum que o transtorno comece a se desenvolver na infância e, se não for tratado, seja arrastado pela adolescência até a vida adulta. Quanto antes for diagnosticado, melhor para evitar grandes prejuízos na qualidade de vida.
É fundamental que os pais prestem atenção em sinais de comportamentos fóbicos no dia a dia da criança, entre eles:
A recusa em ir para a escola deve ser bem analisada junto com os professores para entender se há algum outro problema na rotina da criança. Caso seja percebida a falta de habilidades sociais, é importante buscar ajuda profissional para desenvolvê-las a fim de evitar problemas maiores.
O primeiro nível de prevenção engloba prestar atenção nos filhos de pacientes fóbico-sociais, pois apresentam maiores chances de desenvolver a doença por compartilharem a mesma carga genética.
Além disso, a prevenção também pode ser realizada nas escolas por meio do preparo dos profissionais que ali trabalham. Eles devem ter sensibilidade para identificar quando alguma criança tem comportamentos de isolamento social ou quando é vítima de agressões (sejam estas físicas ou verbais).
O diagnóstico da fobia social toma como base alguns critérios específicos, levando em consideração quando o indivíduo sente ansiedade ou medo com as seguintes características:
O tratamento costuma ser composto por profissionais multidisciplinares, além de ser individualizado de acordo com o quadro do paciente. Normalmente, são considerados os seguintes aspectos:
Trata-se de uma intervenção psicológica que tem como objetivo, de forma sistemática e estruturada, ampliar o conhecimento do paciente e de pessoas próximas sobre o transtorno que está sendo tratado.
Isso é importante para que todos fiquem na mesma página e até mesmo para incentivar a continuidade no tratamento. Pode ser feito por meio de leituras, apresentações didáticas, demonstrações, entre outras ferramentas.
Tende a ser bastante eficaz, porém, não é um processo fácil, pois exige que o paciente se exponha gradativamente e de forma controlada às situações que desencadeiam a ansiedade.
Trata-se de uma técnica em que, de acordo com uma hierarquia, o indivíduo é exposto a diversos estímulos até que o nível de sua ansiedade seja reduzido e, enfim, se torne imperceptível.
Há variantes da exposição gradual que podem ser aplicadas ao vivo, por meio da imaginação ou com o auxílio da realidade virtual, sendo que o ritmo irá depender das possibilidades do paciente e de como ele irá reagir ao tratamento.
Nesses casos, também costumam ser utilizadas técnicas de respiração diafragmática para reduzir o nível de ansiedade gerado pela exposição.
Há algumas explicações sobre a resposta positiva para a terapia de exposição:
Também pode ser importante que o paciente entenda a necessidade de desenvolver determinadas habilidades sociais para se sentir mais confiante em situações que, a princípio, seriam capazes de gerar ansiedade.
Para isso, é importante o autoconhecimento para identificar quais são essas habilidades e, assim, entender como as mesmas podem ser aprimoradas tanto na terapia como por meio de cursos e outras ferramentas.
Em alguns casos, é necessário consultar um médico psiquiatra, que irá receitar medicamentos para auxiliar no tratamento.
O paciente jamais deve interromper o uso dos mesmos e nem alterar as doses sem orientação médica.
O primeiro passo para o tratamento (seja para você ou para uma pessoa próxima) deve ser conversar com um especialista em saúde mental, no caso, um psicólogo.
Para que o tratamento seja conduzido da maneira adequada, é muito importante contar com um profissional qualificado e, por isso, o ideal é buscar indicações ou utilizar ferramentas como a Vittude, que conectam pacientes aos melhores psicólogos.
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