Provavelmente você já ouviu que os colaboradores são contratados pelas competências técnicas, mas demitidos pelas comportamentais, não é? Mas saiba que esta frase está desatualizada.
Para mais de 92% dos profissionais de RH, as soft skills são até mais importantes do que as hard skills segundo o Global Trends Report, realizado pelo LinkedIn. Além disso, as contratações que não foram bem-sucedidas estão relacionadas com a sua ausência.
As habilidades emocionais no trabalho são extremamente importantes e geram muitas vantagens para as empresas. Entre elas:
Veja, neste artigo:
Habilidades emocionais no trabalho são algumas competências específicas relacionadas ao reconhecimento, expressão e gerenciamento das suas próprias emoções no ambiente profissional.
Como você lida diante de uma situação estressante, por exemplo? Ser impulsivo e falar coisas no calor do momento é uma maneira. Outra, mais madura e consciente, é processar o acontecimento, entender como você se sente em relação àquilo e só depois conversar com as pessoas envolvidas.
Percebe como existe uma diferença enorme entre uma e outra? E que as consequências também mudam muito. A primeira pode resultar, inclusive, numa demissão. Já a segunda demonstra inteligência emocional e, portanto, alguém que vale a pena ter na equipe.
Habilidades emocionais e inteligência emocional são conceitos muito próximos, mas não são necessariamente a mesma coisa.
Afinal, uma pessoa pode ter inteligência emocional, mas ainda não ter desenvolvido as habilidades para expressar esse conhecimento nas suas relações.
Ou seja, adquirir essas competências é o segundo estágio do desenvolvimento emocional. E, no ambiente de trabalho, é o mais importante, uma vez que sempre trabalhamos com outras pessoas e o mais importante é o que acontece na prática.
Assim, habilidades emocionais também são uma parte das soft skills, tão valorizadas hoje em dia. Segundo a pesquisa do xxxx profissionais de RH têm dado uma ênfase cada vez maior para essas habilidades desde o R&S dos candidatos.
Resumindo: habilidades emocionais no trabalho são o ponto de encontro entre soft skills e inteligência emocional.
Elas são cada vez mais importantes num contexto em que o adoecimento psicológico aumenta num nível muito mais rápido do que a iniciativa das empresas em cuidar do bem-estar organizacional.
É claro que essa responsabilidade não é só do colaborador. Mas, para a manutenção de um clima saudável, é importante que cada um faça a sua parte.
E a parte dos profissionais é desenvolver habilidades para lidar com suas emoções de maneira positiva. Tanto para eles mesmos quanto para as equipes.
Mas, afinal, quais são essas habilidades? Veja a seguir!
O autoconhecimento é a “mãe” das soft skills e, portanto, das habilidades emocionais. Através do conhecimento aprofundado de si mesmo você pára de viver no automático e consegue criar metas que fazem sentido para você, por exemplo.
Entender que tarefas você realiza muito bem, sejam elas técnicas ou comportamentais, e quais você sente que não são naturais para você também é muito importante no ambiente profissional.
A partir disso, você entende que precisa procurar ajuda para desenvolver alguma competência. Isso aumenta a sua segurança e pode inclusive melhorar os seus relacionamentos, já que você vai melhorar a sua autoestima e isso pode diminuir a competição com seus pares.
Num nível ainda mais profundo, você tem mais consciência dos seus sentimentos e permite senti-los ao invés de tentar dar vazão a eles adotando comportamentos pouco saudáveis – seja no ambiente de trabalho ou na vida pessoal.
Para chegar neste nível, a psicoterapia é uma ferramenta fundamental!
Profissionais que sabem lidar com situações desafiadoras de maneira confiante também são extremamente valorizados! Afinal, momentos de crise são inerentes à vida profissional. Mas a maneira de gerenciá-las faz toda a diferença.
Uma pessoa resiliente, ao contrário do que muitos pensam, não tem uma postura rígida e está sempre de prontidão.
Mas ela é a pessoa que é impactada por um acontecimento, consegue processar suas emoções e a partir daí adota uma postura estratégica para resolver o problema da maneira mais eficaz possível.
Essa palavra já foi tão usada que também gera confusões quanto ao seu sentido original. A definição mais didática possível é “colocar-se no lugar do outro”. Mas, isso é pouco prático, já que o outro sempre vai ser diferente de você, não é?
Assim, é melhor pensar na empatia como uma postura de escuta ativa, em que você se afasta das suas concepções e tenta absorver as ideias e sentimentos da outra pessoa. Assim, a partir dessa compreensão maior sobre o outro, você encontra uma maneira de resolver qualquer situação de maneira que todos fiquem em paz.
Talvez isso pareça inatingível no seu contexto de trabalho, mas não é.
Existem muitos treinamentos que facilitam uma convivência empática entre colegas e líderes a partir do desenvolvimento desta habilidade.
Assim como em outros espaços, no ambiente profissional existem questões que podemos controlar e muitas que acontecem devido a fatores externos, ou seja, situações imprevisíveis.
De modo que saber lidar com a imprevisibilidade, adaptar-se a contextos que não são exatamente o que você esperava e ser flexível para não gerar tanto estresse para si mesmo é muito importante.
Evita conflitos organizacionais, te ajuda a cuidar da saúde mental e torna o trabalho mais fluido.
Uma pessoa motivada anima quem está à sua volta! E motivação, engajamento e produtividade é um trio que sempre anda de mãos dadas.
É claro que ninguém deve sentir-se obrigado a sorrir o dia todo quando não está bem, mas tem uma postura positiva mesmo diante das adversidades pode ser um grande auxílio nos momentos mais desafiadores.
Afinal, trabalho não é só obrigação. Também é sinônimo de prazer, amizade, felicidade e propósito. Se ainda não é, continue se esforçando porque pode vir a ser logo! Viu só como funciona?
“Pensar fora da caixa” já virou um clichê do ambiente corporativo, mas existe por um motivo. Criar alternativas, ter uma forma de pensar autêntica e elaborar soluções únicas são atitudes extremamente valorizadas por líderes!
Segundo o mentor e professor de criatividade Murilo Gun: “Se você trabalha feito robô, você pode ser substituído por ele. Se trabalha feito um humano, você não pode ser substituído por uma máquina. O grande diferencial do ser humano… é ser humano.”
Esta habilidade emocional é sinônimo de inovação e nunca foi tão valorizada!
Segundo dados da International Management Stress Association, 72% dos brasileiros sofrem com estresse no trabalho. Ou seja, praticamente 3 entre 4 pessoas estão estressadas cotidianamente.
Lidar com essa reação fisioneurológica que afeta tanto nossa saúde mental pode ser desafiador. Por isso, a empresa deve, sim, fazer a sua parte possibilitando um bom clima organizacional e cuidando da saúde mental dos colaboradores, mas estes também tem responsabilidade.
Sem autocontrole e gerenciamento do estresse, estaríamos vociferando com todos à nossa volta o dia inteiro. Já imaginou como isso seria? É bastante provável que nenhum trabalho seja feito, muito menos com qualidade, num local assim!
Por isso, desenvolver competências para regular o estresse e as próprias emoções é fundamental para manter um bom nível de civilidade.
Para desenvolver habilidades emocionais, é preciso exercitá-las. Como você já sabe, o primeiro passo é desenvolver inteligência emocional e depois testar essa inteligência em situações do cotidiano.
Porém, existem diversas ferramentas que podem ajudar neste sentido. Veja algumas a seguir!
Como dissemos anteriormente, o autoconhecimento é a “mãe” das habilidades emocionais. Por isso, a psicoterapia se torna uma ferramenta fundamental. Este espaço privado de escuta de qualidade e auxílio de um profissional qualificado é uma oportunidade enorme de desenvolvê-las.
No processo psicoterapêutico, você olha para si tentando entender as raízes do seu comportamento, seja ele positivo ou negativo.
É ali, também, que muitas pessoas começam a não fugir dos seus sentimentos. Ao contrário disso, encarar até os mais difíceis e ver que o medo de fazer isso pode ser pior do que os sentimentos em si.
Não basta conversar com um psicólogo uma vez por semana para desenvolver habilidades emocionais. A psicoterapia existe como ponto de partida. É a partir do que você aprende sobre si, do conhecimento sobre quais habilidades você já tem e quais não tem, que vai desenvolvê-las.
Talvez você seja uma pessoa que consegue gerenciar o estresse muito bem e que está sempre motivada no trabalho, mas que precisa de ajuda para desenvolver empatia e flexibilidade.
Já outra pessoa pode ser uma pessoa altamente sensível, ou seja, com capacidade desenvolvida de empatia e autoconhecimento, mas precisa de ajuda para ser uma pessoa mais resiliente e ter autocontrole emocional.
É importante entender que cada um vai ser diferente do outro, portanto, mais do que seguir todas essas orientações, vale a pena criar um plano de ação a partir das suas necessidades específicas.
E, a partir daí, colocar em prática! Você pode assistir palestras e ler livros sobre a competência que quer aprimorar, pode conversar com outras pessoas, pedir feedbacks e usar situações da rotina – uma mudança no trabalho ou uma situação familiar – como oportunidade de crescimento emocional.
Existem diversos outros tipos de práticas que podem ser testadas a fim de melhorar habilidades emocionais e, assim como na psicoterapia, cuidar da saúde mental ao mesmo tempo.
Para quem quer desenvolver a criatividade, realizar oficinas de escrita criativa, artesanato, ir a museus e entrar em contato com outras referências que aumentem seu repertório e aprimorem sua capacidade de pensar de maneira diferente, pode ser um grande auxílio.
Já o mindfulness e a meditação podem ser muito importantes para pessoas ansiosas, que tem dificuldade em gerenciar o estresse, serem mais positivas e tornar sua personalidade menos rígida.
São práticas diferentes, mas parecidas. Enquanto a meditação te ensina o “não pensar”, o mindfulness tem mais relação com ter consciência corporal e também sobre seu estado psicológico.
Mas ambas têm benefícios já comprovados pela ciência e te ensinam a manter-se no presente. Segundo o médico e pesquisador da Universidade Federal de São Paulo, Roberto Cardoso, a meditação possibilita:
A prática de exercícios físicos também pode ser útil para aumento da resiliência, através da consciência corporal e da persistência diante de adversidades como o cansaço, fadiga, calor, entre outros fatores.
Além disso, também aumenta a motivação, através da liberação de hormônios como a dopamina, endorfina e serotonina.
Além de todas essas iniciativas individuais, os líderes e gestores de RH também podem – e devem – apoiar os colaboradores no desenvolvimento de habilidades emocionais no trabalho.
Veja como:
Ao invés de analisar apenas as habilidades técnicas no processo de recrutamento e seleção, que tal olhar para as habilidades comportamentais e emocionais também?
Um profissional que já possui essas competências desenvolvidas pode ajudar outros a desenvolvê-las e ser bastante importante, para além das questões técnicas do trabalho.
Insira perguntas e testes de personalidade para avaliar o fit com a cultura da empresa e o nível de maturidade emocional.
Para que os colaboradores tenham interesse em desenvolver habilidades emocionais no trabalho, é importante sensibilizá-los. Faça rodas de conversa e workshops, envie comunicações e peça apoio dos líderes para que eles mostrem para os liderados como essas competências são importantes.
Mostre que eles serão os principais beneficiados, tanto para os resultados no trabalho quanto para a sua saúde emocional.
Se as habilidades emocionais são aprendidas na prática, nada melhor que fazer deste processo um jogo! Assim, todos se divertem – o que aumenta seu engajamento – e tornam essa experiência mais leve.
Lembre-se que as emoções têm uma função muito importante na fixação da memória e, assim, são muito bem-vindas em qualquer atividade de aprendizagem.
Feedbacks construtivos são muito importantes para aprimorar o trabalho realizado, não é?
Mas, e se ao invés de oferecer apenas retornos sobre questões técnicas, esses momentos também tivessem o objetivo de dar devolutivas sobre soft skills e habilidades emocionais no trabalho?
Muitas vezes, basta uma mudança de mentalidade e alguns ajustes para impulsionar a performance dos colaboradores!
Oferecer feedbacks sobre soft e hard skills são importantes, inclusive, para que os líderes humanizem mais os liderados e deixem de separar o trabalho realizado da pessoa que o realizou.
Com isso, os funcionários sentem-se mais valorizados e podem sentir-se mais motivados – que é justamente uma das habilidades emocionais citadas mais importantes!
A Vittude é uma empresa especializada em saúde mental corporativa e pode te ajudar a desenvolver habilidades emocionais no trabalho! Nosso portfólio possui soluções completas e personalizáveis.
Podemos construir juntos uma série de workshops e rodas de conversa para os colaboradores, assim como treinamentos para os líderes, além de oferecer uma plataforma de psicoterapia com profissionais que passaram por um processo de seleção altamente rigoroso.
Afinal, nosso maior objetivo é que sua empresa tenha um desfecho positivo com este investimento.
Converse com um de nossos especialistas para montarmos um plano que funcione para as necessidades da sua empresa!
Mais uma vez, o Brasil sai na frente e se torna referência mundial no apoio…
Entenda o que é a tristeza profunda, como diferenciá-la da depressão e confira estratégias de…
Aprender como lidar com a tristeza é fundamental para construir uma vida mais saudável e…
Entenda o que é a motivação e quais fatores internos e externos influenciam essa força…
Os exercícios de mindfulness são uma ótima estratégia para encontrar um pouco de paz, silêncio…
Entenda como saúde mental e qualidade de se relacionam e confira hábitos que você deve…