Nem todo mundo sabe, mas um psicólogo clínico também pode conduzir sessões de terapia de grupo.
Esse tipo de modalidade acontece com a presença de várias pessoas que realizam a terapia ao mesmo tempo e são orientadas por um ou mais terapeutas. As interações que acontecem contribuem para a evolução individual e do grupo como um todo.
Ficou interessado em saber como funciona esse tipo de terapia, para quem é indicada e os seus benefícios? Descubra as respostas para todas essas perguntas ao longo desta leitura.
Várias pessoas participam da terapia em grupo e o processo é mediado por um ou mais psicólogos, que são responsáveis por ajudar na resolução de conflitos e interromper um debate no momento certo, quando necessário.
As sessões costumam ser mais longas, com duração de uma hora e meia a duas horas. Esses chamados grupos terapêuticos podem funcionar livremente ou ter uma temática específica sendo que, nesse segundo caso, é importante que os participantes tenham vivências parecidas.
Na terapia em grupo, portanto, há objetivos em comum, seja de compartilhar experiências parecidas ou de desenvolver determinadas habilidades.
Além da fala e da escuta entre as pessoas, também podem ser aplicadas outras técnicas ao longo do processo, como exercícios coletivos, treinamentos de competências ou simulações de vivências.
Quando um profissional recomenda a psicoterapia em grupo a um paciente, deve levar em consideração alguns aspectos,
Uma dúvida muito comum sobre esse formato de terapia é em relação à ética, afinal, todos os participantes compartilham detalhes íntimos de suas vidas com pessoas que, em muitos casos, podem ser desconhecidas.
Normalmente, as regras de confidencialidade são apresentadas no começo da primeira sessão e todos os membros do grupo devem concordar em proteger as identidades uns dos outros. Além disso, é fundamental que mantenham o sigilo referente a tudo o que é dito nas sessões.
Cabe ao psicólogo manter o ambiente respeitoso e ético, garantindo que as sessões sempre sejam isentas de julgamentos e de comentários discriminatórios, assédio ou outros comportamentos que possam fazer com que alguém se sinta desconfortável ou ameaçado de alguma forma.
Apesar de compartilharem uma mesma essência, a terapia individual e em grupo são bastante diferentes.
Além do fato de que o formato em grupo envolve mais de um participante e até mesmo mais de um profissional como mediador, há outros pontos distintos que precisam ser ressaltados.
Para começar, a terapia individual costuma durar por volta de 50 minutos, enquanto a em grupo é mais longa, podendo chegar à duração de 2 horas uma única sessão.
Além disso, a modalidade em grupo exige maior abertura dos pacientes, afinal, eles precisam se expor diante de outros indivíduos nem todos se sentem confortáveis com essa situação. O esforço também acaba sendo maior por parte do psicólogo, que precisa mediar vários processos ao mesmo tempo, inclusive debates e possíveis conflitos.
A dinâmica como um todo do processo em grupo é bem diferente, afinal, não se trata do processo terapêutico de uma única pessoa. Há mais de um ser humano presente e procurando se desenvolver nas sessões, o que exige respeito e empatia de todos os envolvidos.
Apesar da terapia em grupo proporcionar muitos benefícios, não é indicada para todos os casos. É fundamental conversar com um profissional da área para entender qual é o melhor formato para que as suas necessidades sejam atendidas de maneira adequada.
Vale reforçar que não há uma modalidade melhor do que a outra. Ambas são eficazes, tudo depende do que você está buscando no seu processo terapêutico.
A terapia em grupo é utilizada em diferentes contextos.
Normalmente, pode ser indicada para o auxílio de pacientes com questões relacionadas à timidez e problemas em relacionamentos, afinal, contribui para o desenvolvimento de habilidades sociais, como a escuta ativa e a empatia.
Apesar do processo terapêutico em grupo soar amedrontador para alguns, se for bem administrado, contribui para a socialização, acolhimento e aceitação. Isso é importante principalmente para pessoas que estão se sentindo muito sozinhas no enfrentamento de alguma questão emocional ou de um transtorno mental.
Os encontros têm o poder de mudar esse sentimento, pois os participantes têm a oportunidade de trocar experiências com quem vive os mesmos dilemas e inseguranças.
Esse formato costuma ser indicado em diversas situações, entre elas:
A terapia em grupo, apesar de não ser indicada para todas as pessoas, tem muitos benefícios. Em seguida, confira os principais:
Trata-se de uma oportunidade de conhecer indivíduos que estão enfrentando as mesmas dificuldades que você.
O compartilhamento de sentimentos e experiências favorece para o entendimento de que você não está sozinho nessa situação difícil e de que é possível encontrar apoio nos mais diversos ambientes.
Com isso, há o fortalecimento da autoconfiança e da segurança para lidar com as adversidades que possam surgir ao longo do caminho.
Por mais que esse nem sempre seja o foco do grupo, as habilidades sociais costumam ser bem desenvolvidas ao longo das sessões de terapia com mais pessoas.
Isso acontece porque é preciso aprender a escutar, se colocar no lugar do outro e se comunicar com clareza. Há uma troca genuína em que todos estão dispostos a se ajudar.
Um dos principais diferenciais da terapia em grupo é o sentimento de aceitação e acolhimento, pois você entra em contato com pessoas que estão vivendo situações semelhantes às suas.
Assim, aquela sensação de isolamento e de que você não é compreendido tende a ser substituída pela certeza de que você tem com quem contar e pode compartilhar os seus medos e inseguranças.
Por ser uma atividade de interação, a terapia em grupo também contribui para que, mesmo que aos poucos, pessoas tímidas superem as inseguranças de falar em público e se expor para desconhecidos.
Ao compartilhar as suas experiências, o indivíduo vai entendendo que a barreira da timidez pode ser quebrada e se sentindo cada vez mais seguro para socializar.
Dentro da terapia em grupo existem vários tipos que são indicados de acordo com as necessidades de cada indivíduo. Confira quais são os principais:
É um tipo muito conhecido principalmente devido às organizações como Alcoólicos Anônimos.
Mas, além disso, a terapia em grupo para apoio também é voltada para pessoas que estão vivendo outros tipos de situações em comum, como o luto, portadores de doenças, militares que atuam em guerra, entre outros.
O objetivo desse grupo é que os membros possam se apoiar e compartilhar como se sentem, o que propicia a criação de um ambiente de acolhimento e conforto.
Por fim, a cognitivo comportamental foca nas mudanças de crenças que geram comportamentos prejudiciais para o indivíduo, ou seja, é muito indicada para o tratamento de vícios e fobias.
O processo engloba a identificação de situações e comportamentos que desencadeiam a ativação do problema em questão para que, assim, todos do grupo possam desenvolver estratégias voltadas para evitar que a reação em cadeia se repita.
A psicoeducação tem como foco educar pacientes e familiares sobre os problemas de ordem psicológica que estão enfrentando.
O acesso a esse tipo de informação é importante para que entendam pelo o que estão passando e possam tirar as suas dúvidas. Costuma ser um tipo de terapia muito comum para temas específicos, como vícios ou fobias, por exemplo.
O foco desse tipo de grupo é o desenvolvimento de habilidades para que os participantes consigam lidar melhor com as condições que estão vivendo em termos de saúde mental.
Ao longo das sessões, os participantes aprendem como fazer escolhas positivas no dia a dia e evitar se envolver em situações prejudiciais para o bem-estar e a qualidade de vida.
Não há ninguém melhor do que o próprio psicólogo para indicar se a terapia em grupo é adequada para o seu caso.
Tudo depende das suas necessidades e objetivos durante o processo terapêutico. Por isso, não tire conclusões precipitadas e consulte um especialista no assunto que será capaz de direcionar o melhor caminho para você.
Neste artigo você aprendeu mais sobre terapia em grupo, mas se quiser continuar lendo outros conteúdos sobre saúde mental, acesse o blog da Vittude.
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