Trabalho em equipe: como otimizar a performance + 7 práticas que facilitam esse desafio

O trabalho em equipe, seja algo pontual ou recorrente, é fundamental em qualquer organização. 

Mas como você anda escolhendo os integrantes dessa equipe? Aleatoriamente, dando chances para bons e maus resultados ou estrategicamente, certificando-se de aumentar a probabilidade de boas entregas?

Um bom trabalho coletivo significa boas relações interpessoais. 

Talvez você não pense tanto nisso ou se atenha simplesmente às questões mais práticas, mas vamos te mostrar que um olhar mais atento, que considere questões emocionais e relacionais, pode fazer toda a diferença. Para os colaboradores e para a empresa.

Neste artigo, você vai ver:

Qual a importância do trabalho em equipe?

Na rotina profissional, realizar atividades em grupo pode ser uma verdadeira alavanca: seja para buscar uma solução mais criativa, aumentar o engajamento no trabalho ou até melhorar a tomada de decisão.

A intensidade das trocas pode elevar os conhecimentos entre colaboradores com bagagens pessoais e profissionais diferentes. É bastante comum e recomendável que cada pessoa fique com a parte do trabalho que tem mais afinidade, assim os resultados tendem a ser melhores. 

Além disso, através de atividades coletivas também é possível estreitar as relações com colegas de trabalho, o que pode melhorar o clima organizacional e trazer muitos benefícios para todos. 

Perfil comportamental e aptidão para o trabalho em equipe

A capacidade de interagir e colaborar em grupo depende, fundamentalmente, de habilidades sociais. Estas, por sua vez, não existem de maneira igual para todas as pessoas. 

Algumas competências pessoais tornam certas pessoas mais habilidosas para o trabalho em equipe. Se utilizarmos como exemplo o conceito de perfil comportamental e, mais especificamente, o método DISC, veremos isso claramente.

Executores e influenciadores são personalidades mais extrovertidas e, em geral, tendem a se dar melhor no trabalho em equipe. Mas, os perfis mais introvertidos também são muito importantes! 

O planejador, por exemplo, tem habilidades muito importantes para conduzir de maneira estratégica o trabalho e o analista pode notar detalhes que passariam despercebidos pelos outros e podem fazer toda a diferença numa situação específica. 

Como o ser humano tem a capacidade de perceber e modificar seus comportamentos, felizmente, nós podemos desenvolver habilidades necessárias para o relacionamento interpessoal, que é essencial para o trabalho em equipe.

Boas práticas para realizar tarefas em grupo

Conheça algumas práticas que podem transformar o trabalho em equipe em uma atividade mais prazerosa e produtiva:

1. Empatia

Essa palavrinha muito usada, mas pouco praticada precisa guiar todos os trabalhos em equipe.

Ser empático é ter a capacidade de se colocar no lugar do outro e observar o mundo pelo seu ponto de vista. 

Assim, você consegue se identificar com a sua dor e pode fazer concessões, assim como estabelecer limites… ou seja, aumentar seu repertório psicológico e ainda construir relações mais saudáveis.

Bem interessante, não é? Infelizmente, com uma vida tão corrida e tantas preocupações materiais, encontramos pouco espaço para praticar a empatia. Mas ela é o freio para uma sociedade cada vez mais individualista, com pessoas cada vez mais sozinhas e egocêntricas.

Ela também é sinônimo de inteligência emocional. Então talvez valha a pena conhecer mais, realizar treinamentos e trazer esse assunto para o dia a dia da empresa. 

2. Rapport

Rapport é uma técnica de comunicação que visa gerar sinergia, tornando a comunicação harmoniosa. Por meio da identificação promovida entre as pessoas, essa técnica estimula a empatia, gera confiança e as deixa mais confortáveis, incentivando a exposição verdadeira de ideias e pontos de vista. Assim, agir em rapport favorece o trabalho em equipe.

O rapport acontece a partir da comunicação verbal e não verbal e inclui aspectos como: volume e tom de voz, ritmo e intensidade da respiração e da fala, expressões faciais, olhar, postura corporal e gestos.

3. Escuta ativa

A escuta ativa é outra técnica de comunicação, que pode ser aprendida. Ela consiste em dedicarmos atenção integral ao interlocutor, ouvindo verdadeiramente o que a outra pessoa diz. Isso quer dizer concentrar-se em escutar e compreender o que é dito, sem fazer julgamentos.

Alguns exercícios podem te ajudar a desenvolver escuta ativa:

  • Focar na fala da outra pessoa, sem se desconectar da conversa e divagar em seus próprios pensamentos;
  • Evitar formular respostas mentalmente enquanto a outra pessoa ainda está falando;
  • Não interromper a fala do outro.

Por exigir dedicação e interesse genuíno pelo outro, a escuta ativa também gera empatia e promove mais integração entre as pessoas, beneficiando o trabalho em equipe.

4. Reconhecimento

O ser humano tem uma área do cérebro dedicada à recompensa e motivação. Só esse fato já demonstra o quanto o reconhecimento é importante para o desenvolvimento individual.

Estamos habituados a pensar em reconhecimento como algo que acontece da empresa para o funcionário, do gestor para o colaborador. No entanto, o reconhecimento pode ocorrer em outras situações: entre colegas de trabalho, entre pais e filhos, entre casais e entre amigos.

Reconhecer é deixar a outra pessoa saber que algo que ela fez foi notado e merece importância. É mais do que um elogio. Logo, reconhecer é dar valor não só para o resultado alcançado, mas também para as atitudes do outro.

O reconhecimento melhora a autoestima e promove a admiração entre as pessoas, aumentando a motivação para o trabalho em equipe.

5. Corresponsabilidade

A corresponsabilidade consiste na divisão do compromisso e da consequência de uma ação, seja ela ônus ou bônus. Todavia, não se trata de uma mera divisão de metas, mas sim de senso de colaboração, quando cada indivíduo sabe que pode contribuir com o outro e que suas atitudes têm impacto sobre a outra pessoa.

Quando existe corresponsabilidade em um grupo, o trabalho em equipe flui melhor e não sobrecarrega ninguém. Consequentemente, as pessoas sentem-se motivadas a dar o seu melhor.

6. Assertividade

A comunicação assertiva é uma habilidade que explora diversos recursos de linguagem. Ela inclui comunicação verbal e não verbal, e envolve todos os seus aspectos.

Quem pratica comunicação assertiva, demonstra autoconfiança e ganha persuasão. Ter assertividade é saber se expressar de forma clara e objetiva, respeitando o espaço de fala do outro.

Para isso é preciso ter conhecimento sobre o assunto, compreender o contexto, exercitar a empatia e cuidar de aspectos relacionados à oratória, como imposição da voz, ritmo e gestual, além de outros detalhes.

A assertividade evita ruídos na comunicação e tem o potencial de resolver conflitos, especialmente em situações que envolvem vários pontos de vista, como é o caso do trabalho em equipe. Para dar feedbacks, por exemplo, ela é essencial.

7. Equilíbrio emocional

A diversidade de habilidades e pontos de vista é um dos grandes desafios do trabalho em equipe.

Algumas práticas de comunicação e relacionamento interpessoal podem ser recursos valiosos para promover uma relação harmoniosa entre os integrantes de uma equipe, gerando melhores resultados para todos.

Para conseguir assimilar e aplicar essas técnicas e desenvolver essas habilidades é preciso ter autoconhecimento. Porque só é possível evoluir entendendo as próprias dificuldades e limitações, e enxergando as nossas potencialidades.

O equilíbrio emocional, que surge do autoconhecimento, é fundamental para criar empatia, conseguir agir em rapport, saber dar e receber reconhecimento, atuar com corresponsabilidade, promover a escuta ativa e desenvolver a assertividade.

Se você quer trabalhar melhor em equipe ou quer orientar melhor os colaboradores, reflita sobre o equilíbrio emocional. Como estão as suas habilidades sociais? Em quais competências de relacionamento e comunicação você pode evoluir?

Como potencializar a produtividade das equipes?

Já mencionamos acima alguns benefícios que o trabalho em equipe pode trazer tanto para os colaboradores quanto para a empresa. Mas será que qualquer equipe dá certo? 

Um trabalho em equipe é, mais do que tudo, um trabalho de relacionamento interpessoal. E você pode se dar muito bem com outras pessoas e a conexão fluir. Ou o contrário. Assim como qualquer outro tipo de relação. 

Mas, estamos falando aqui do ambiente profissional, então dois aspectos devem ser considerados: de um lado, é importante que a relação entre os membros dessa equipe não seja conflituosa, de outro, também é importante que o trabalho seja produtivo. 

Só que esses dois dificilmente são opostos, né? Veja como os aspectos subjetivos e o desempenho profissional caminham juntos!

A confiança, a intimidade e a segurança psicológica também vão contribuir (muito) para um melhor resultado. 

Por isso, vamos te mostrar algumas opções para tornar essa experiência ainda melhor tanto no processo quanto em relação ao seu objetivo final:

Encontre o match entre o objetivo do projeto e os integrantes ideais

Pode parecer óbvio, mas planejar as equipes é muito mais interessante do que juntar pessoas aleatoriamente. Afinal, o mais importante é que as pessoas se ajudem e consigam contribuir mutuamente. Senão uma equipe nem faz sentido, não é?

Mas, com o cotidiano cheio de tarefas dos profissionais de RH, nem sempre há tempo para olhar com mais atenção. Nós sabemos disso e frisamos aqui a importância de planejar antes de agir para que você possa aumentar as chances de sucesso do grupo.

Para isso, é importante observar o cargo das pessoas que atuarão juntas, seu background profissional e pessoal, além de outras questões específicas que podem ser relevantes.

Lembre-se de fazer isso tanto para equipes que já existem quanto novas. Se a ideia for introduzir novos participantes, você ainda tem a vantagem de já ter observado a atuação do grupo, saber quais são as lacunas que devem ser preenchidas e, através disso, fazer uma escolha mais estratégica. 

Analise os perfis comportamentais

Uma equipe só com pessoas detalhistas pode não sair do lugar. Já outra com muitos líderes pode gerar conflitos. Enquanto uma com pessoas muito criativas pode se dispersar facilmente da estratégia.

Uma equipe ideal possui uma parcela que toma iniciativa, outra que é ótima executora e outra ainda que consegue fazer uma análise crítica, mas construtiva. Todas essas habilidades, somadas, podem gerar uma mistura potente para a realização do trabalho. 

Nós já citamos o método DISC, mas você pode escolher qual tipo de perfil comportamental for melhor para o seu caso. Só lembre de manter esse equilíbrio para que a equipe atue de forma saudável e produtiva. 

A Vittude pode te ajudar com treinamentos e rodas de conversa sobre esse tema, além de atuar pela melhoria do clima organizacional da empresa. 

Somos referência na área de saúde mental e podemos ajudar tanto os setores da empresa com diagnósticos e atividades educativas quanto os organizadores com o benefício de psicoterapia.

Quer saber mais? Converse com um de nossos especialistas!

Autor

Carol Motta

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Redatora sênior, especialista em SEO On Page, cientista social e com experiência em conteúdos de saúde e RH. Trabalha para viver num mundo em que as pessoas sejam mais saudáveis e as organizações, mais inclusivas.