Conhecer os principais sintomas do TDAH é fundamental para ser capaz de identificar quando é necessário buscar ajuda especializada e realizar o diagnóstico e o tratamento adequados.
Apesar de ser um transtorno muito comum na infância, é importante ressaltar que também existem adultos não diagnosticados que convivem com o TDAH.
Se não for tratado, o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, pode gerar diversos prejuízos para a qualidade de vida do portador da doença.
Quer saber mais? Tire todas as suas dúvidas sobre o assunto ao longo deste artigo!
O TDAH é um distúrbio neurobiológico crônico caracterizado por desatenção e impulsividade.
Por mais que os sintomas se manifestem na infância, há casos em que não é realizado o diagnóstico do transtorno na criança ou adolescente e o indivíduo acaba convivendo a vida toda com o transtorno sem o devido tratamento.
Pode ser classificado em três subtipos de acordo com a quantidade dos sintomas. São eles:
Além disso, há diferentes graus de TDAH:
Os sintomas do TDAH englobam um padrão de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade.
Nas crianças, os maiores prejuízos costumam afetar o desempenho escolar e até mesmo o âmbito social. No caso dos adultos, várias esferas são afetadas, sendo as principais os relacionamentos, a vida acadêmica e profissional.
É importante ressaltar que não necessariamente um portador de TDAH apresenta todos os sintomas e, conforme citado anteriormente, o transtorno pode ser de maior ou menor gravidade.
Alguns sintomas são mais frequentes em crianças e outros em adultos, mas, no geral, podemos considerar:
Vale pontuar que em todas as idades, quem tem TDAH está sujeito a desenvolver comorbidades, ou seja, ter simultaneamente outros transtornos mentais, como depressão e ansiedade. Na adolescência, por sua vez, o maior risco está no abuso de álcool e outras drogas.
Entre as causas do TDAH, os estudos revelam a predisposição genética e alterações nos neurotransmissores (noradrenalina e dopamina), responsáveis por estabelecer as conexões entre os neurônios na região frontal do cérebro.
Há pesquisas que também indicam fatores ambientais e neurológicos envolvidos, mas não há consenso sobre o assunto.
O TDAH não tem cura, mas tem tratamento. Com o diagnóstico, é possível amenizar os sintomas de diversas formas para alcançar mais qualidade de vida e bem-estar.
No entanto, não podemos negar que o transtorno gera prejuízos na vida como um todo, principalmente quando não há o tratamento adequado.
Confira como se desdobra esse impacto em crianças e adultos:
Sem o tratamento adequado, crianças e adolescentes podem sofrer consequências bastante negativas no dia a dia escolar e na vida social.
O transtorno faz com que enfrentem dificuldades para ficar paradas, escutar e se concentrar, o que torna a jornada de aprendizado muito mais difícil.
Com isso, problemas no desempenho escolar geram frustração, baixa autoestima e o sentimento de incapacidade e fracasso por não conseguir aprender da mesma forma que os demais alunos.
Outro ponto importante é que, em alguns casos, são relatados até mesmo casos de bullying e rejeição social devido aos comportamentos atípicos do portador de TDAH, o que torna a rotina ainda mais desafiadora para todos os envolvidos.
No caso dos adultos, no geral, os principais prejuízos tendem a ser na esfera profissional e/ou acadêmica e nos relacionamentos.
Por serem pessoas que têm dificuldade para se organizar e cumprir tarefas e horários, podem acabar sofrendo com um desempenho ruim na carreira.
A falta de organização, no entanto, não impacta apenas a vida profissional, mas também o dia a dia pessoal de quem tem TDAH. Organizar ou terminar uma tarefa é um grande desafio, o que acaba gerando um acúmulo de responsabilidades que são jogadas sempre para depois.
Todos esses padrões de comportamento, inclusive a dificuldade para seguir regras, tornam o dia a dia do portador de TDAH e dos indivíduos ao seu redor bastante desgastante. Justamente por isso, costumam ser pessoas que enfrentam problemas para manter os seus relacionamentos.
Os tratamentos formais, como psicoterapia e medicação, são muito importantes, mas, além disso, dependendo do caso podem ser indicadas estratégias complementares para gerenciar os sintomas do TDAH.
Alguns exemplos são:
Uma das grandes dificuldades de quem tem TDAH é se organizar, cumprir horários, priorizar e executar tarefas que, para os outros, podem parecer algo simples.
Para amenizar esses sintomas no dia a dia pessoal e profissional, é interessante estudar e aplicar diferentes técnicas de organização para tentar facilitar a sua vida.
É possível realizar algum tipo de mentoria de produtividade e gestão de tempo com uma pessoa que tenha mais bagagem do que você no assunto. Ou, se preferir, apenas testar algumas ferramentas de organização de tarefas e compromissos, como Trello, Notion ou um mural de post its na sua casa.
Já em casos em que a pessoa tem muitos sintomas de agitação, impulsividade e hiperatividade, podem ser recomendadas técnicas de relaxamento, como meditação, prática de yoga e exercícios de respiração.
Tudo isso com o objetivo de treinar a mente a aquietar e focar no momento presente.
É levado em consideração que o indivíduo apresente seis ou mais dos sintomas por mais de seis meses. Em adultos, por sua vez, é necessário apresentar somente cinco dos sintomas.
Além disso, é preciso que haja evidências de que os sintomas interferem no funcionamento acadêmico, profissional ou social.
O diagnóstico é clínico, realizado por um médico especialista em TDAH. Não é necessário fazer exames de avaliação física e neuropsicológica.
Esse processo analisa critérios médicos específicos, incluindo a determinação de subtipo, a gravidade do transtorno e o nível de remissão. As consultas costumam ser longas para que o médico conheça histórias do paciente e de seus familiares.
O tratamento, por sua vez, é multidisciplinar, com a intervenção de profissionais de diversas áreas. No caso de crianças, além da área médica e de saúde mental, costumam haver necessidades pedagógicas também.
No geral, são consultados especialistas como psicólogos, psicomotricista, otorrinolaringologista, psiquiatra, fonoaudiólogo, entre outros.
Quando o diagnóstico é feito na infância, tanto os portadores do TDAH como seus familiares devem frequentar grupos de apoio psicoeducativos sobre o transtorno. Assim, aprenderão a lidar com os sintomas e trocar experiências com pessoas que estão vivendo os mesmos desafios.
Além da psicoterapia, em boa parte dos casos também é indicado o uso de medicamentos para TDAH, como a famosa Ritalina. No entanto, apenas um médico psiquiatra está apto a orientar qual é o remédio mais indicado para cada caso, assim como a dosagem e a duração do uso.
Para atingir os resultados esperados, é fundamental seguir as orientações, nunca se automedicar e nem interromper o uso do remédio sem consultar o médico antes.
A psicoterapia tem um papel bem importante na maioria dos quadros de TDAH, fazendo parte do plano de tratamento.
Há estudos que apontam que a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) tem maior evidência científica de eficácia para o tratamento dos sintomas do transtorno.
A TCC visa contribuir para o desenvolvimento de novos padrões de comportamentos e pensamentos. Por ser uma abordagem mais técnica, focada e estruturada, são trabalhadas estratégias visando o manejo efetivo dos sintomas do TDAH.
Além disso, ao longo das sessões o paciente também se aprofunda nas suas necessidades de viés emocional, como autoestima, autoconfiança, construção de relacionamentos saudáveis etc.
Caso haja outras comorbidades envolvidas, como depressão e ansiedade, o acompanhamento psicológico também cuida dos sintomas desses transtornos.
A psicoterapia, portanto, é muito valiosa para quem convive com o TDAH, ajudando, de forma contínua e profunda, o paciente a conquistar qualidade de vida e bem-estar.
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