Você já ouviu falar em psoríase? Provavelmente sim, mas você realmente conhece a doença e sabe sobre o que se trata? Muita gente não tem muita clareza sobre o que é este problema de pele, suas causas e quais são os métodos de tratamento.
Infelizmente, apesar de não ser contagiosa, pode afetar bastante a autoestima das pessoas e provocar o afastamento social por conta da vergonha. Isso porque é caracterizada por manchas avermelhadas no corpo, ou seja, é uma doença aparente.
Neste artigo, entenda melhor sobre as causas, sintomas e tratamentos para a psoríase. Além disso, descubra de uma vez por todas, como as questões emocionais podem agravar o quadro da doença.
Continue a leitura para ter acesso a todas essas informações!
A psoríase é uma doença de pele crônica e não contagiosa, ou seja, uma pessoa não pode passar para outra. No Brasil, a estimativa é de que em torno de 3 milhões de indivíduos convivam com este problema.
Basicamente, se trata de uma doença em que a pele sofre com o surgimento de algumas manchas avermelhadas e descamativas. Normalmente, essas manchas aparecem no couro cabeludo, joelhos e cotovelos. No entanto, podem aparecer em outras partes do corpo também, tudo depende do nível de gravidade e intensidade.
A psoríase é cíclica, ou seja, ela aparece e desaparece periodicamente, podendo ser agravada por alguns fatores que veremos logo adiante. Talvez você não saiba, mas existem vários famosas que convivem com a doença, entre elas Kim Kardashian e Cara Delevingne. Apesar da psoríase não ter cura, pode ser tratada e controlada para que os portadores da doença tenham maior qualidade de vida.
Sim, existem diversos tipos de psoríase. Lembre-se de que é sempre importante consultar um médico dermatologista para receber o diagnóstico. De qualquer forma, ter acesso a informações sobre a doença pode te ajudar a detectar quando algo não vai bem com você e o seu corpo.
Psoríase em placas
Esta é a manifestação mais comum da psoríase, em que se formam placas avermelhadas e secas na pele, com escamas esbranquiçadas ou prateadas. Infelizmente, essas placas coçam e podem até doer, o que gera bastante desconforto para quem precisa conviver com a doença. Em casos ainda mais graves, a pele em torno das articulações pode rachar ou sangrar.
Quando a doença surge no couro cabeludo a pessoa percebe que aparecem áreas avermelhadas com escamas esbranquiçadas que coçam bastante. Pode até se assemelhar à caspa devido às escamas.
É um tipo de psoríase que afeta as unhas das mãos e dos pés, fazendo com que a unha cresça de maneira anormal, fique mais grossa, mude de cor, sofra escamações e até deformações. Em casos mais graves a unha pode até se descolar do leito ungueal.
A psoríase invertida afeta as áreas mais úmidas do corpo, entre elas: virilha, axilas, embaixo dos seios e ao redor dos genitais. Costuma se manifestar por meio de manchas vermelhas e inflamadas.
Causada por infecções bacterianas, este tipo de psoríase se caracteriza por pequenas férias em forma de gota que aparecem no tronco, braços, pernas e couro cabeludo. Diferente da psoríase em placas, a gutata é coberta por uma fina escama.
A psoríase pustulosa é bem agressiva, se manifestado por meio de bolhas, manchas ou até pústulas (bolas que parecem ter pus) em diversas partes do corpo da pessoa. Além disso, pode provocar calafrios, coceira, cansaço e até febre.
Este é um tipo da doença um pouco menos comum e que afeta o corpo todo por meio de manchas vermelhas que podem coçar ou arder, ocasionando manifestações sistêmicas. Pode surgir por conta de queimaduras, tratamentos intempestivos ou infecções. São lesões generalizadas em 75% ou mais do corpo.
Por fim, este último tipo de psoríase causa, além de inflamação e descamação da pele, a artrite psoriática, que causa dores nas articulações. Normalmente, afeta mais as articulações dos dedos das mãos e pés, além de juntas dos quadris e coluna.
A psoríase surge, principalmente, antes dos 30 anos e depois dos 50, mas em uma parcela de casos pode se desenvolver durante a infância também. As causas da doença não são totalmente conhecidas, mas os médicos sabem que pode estar relacionada a alguns fatores:
Além disso, há certos fatores que podem agravar o quadro de psoríase, entre eles, estresse, medicamentos, bebidas alcoólicas e os fatores psicológicos. Isso mesmo, você não leu errado, questões psicológicas podem ajudar a desencadear ou agravar um quadro de psoríase. Portanto, pessoas que estão passando por problemas emocionais ou enfrentando uma crise podem sofrer ainda mais com a doença.
A psoríase é cíclica, portanto, em alguns momentos a pessoa está bem e em outros precisa lidar com a presença da doença. Como citado anteriormente, fatores como estresse, ansiedade e demais questões psicológicas podem afetar quem sofre com este problema.
Portanto, entender, diagnosticar e tratar a doença é essencial para evitar crises muito agudas. A psoríase pode sim ser tratada para que a pessoa tenha mais qualidade de vida. Em momentos de crise, é comum que a pessoa perca o controle e se deixe consumir pelo estresse e ansiedade. Instabilidades financeiras, problemas no relacionamento ou até crises no país podem agravar o quadro.
O momento atual que estamos vivendo, a pandemia do novo coronavírus, é marcado por angústias e incertezas. É o cenário ideal para crises de psoríase se tornarem mais agudas e atrapalharem o dia a dia de quem sofre com a doença que, infelizmente, pode piorar por conta de gatilhos emocionais.
Para lidar com a situação, é importante que a pessoa saiba reconhecer e controlar as suas emoções. Para isso, é recomendado que procure auxílio de um psicólogo para aprender a conviver com a doença de maneira saudável.
Você sabia que o Brasil está entre os países que mais humilham e discriminam pessoas que sofrem com psoríase? Infelizmente este dado alarmante foi revelado pela pesquisa CLEAR, realizada pela Novartis.
O estudo revelou que entre 31 países, o Brasil é o segundo colocado no que diz respeito aos maiores níveis de preconceito contra quem tem a doença. No nosso país, 96% dos pacientes com psoríase afirmaram já terem sido humilhados por conta da doença. A média global, também muito alta, é de 85%.
Um dado que revela como a psoríase impacta no dia a dia das pessoas: 27% dos portadores da doença afirmaram que já tiveram atendimento recusado em cabeleireiros, lojas e barbearias. O convívio social, relacionamentos e o trabalho, portanto, são diretamente afetados por quem convive com a psoríase. É uma questão que impacta a autoestima das pessoas que precisam enfrentar uma sociedade preconceituosa.
Diante deste cenário, não restam dúvidas de que fazer terapia é muito importante para esses pacientes. São indivíduos que precisam aceitar o problema que estão enfrentando e entender como lidar com as adversidades que podem surgir no dia a dia devido à dificuldade de aceitação das pessoas.
O auxílio psicológico ajuda quem está passando por esse problema a encarar a realidade, reconhecer e lidar com as suas emoções. Além disso, é um momento no qual a pessoa pode desabafar e falar sobre o que está sentindo sem precisar se preocupar com os julgamentos. A terapia, portanto, ajuda não apenas a lidar com as crises emocionais que podem agravar a doença, mas também a aceitar a realidade.
Infelizmente, a psoríase não tem cura, mas isso não quer dizer que não existam tratamentos adequados e eficazes para controlar a manifestação da doença.
Por volta de 80% dos casos são leves e moderados, sendo possível controlar a situação por meio de medicação local, hidratação da pele e exposição ao sol. No entanto, vale ressaltar que o tratamento é individualizado, pois o que é eficaz para um paciente pode não ser para outro. Justamente por isso é sempre importante consultar um médico dermatologista que irá acompanhar de perto o quadro do paciente.
Em casos mais graves em que as medidas citadas acima não demonstram ser efetivas para a melhora dos sintomas, o tratamento por meio da exposição à luz ultravioleta A (PUVA) ou ultravioleta B (banda estreita) em cabines pode ser necessário. Também há a alternativa de tratamento com medicações orais ou injetáveis.
Conheça em mais detalhes alguns dos tipos de tratamentos para a psoríase:
Trata-se da utilização de medicamentos como cremes e pomadas que são aplicadas na pele.
São medicamentos em formato de comprimidos ou injeções que são indicados para psoríase moderada a grave ou com artrite psoriásica.
É um tratamento baseado na exposição da pela à luz ultravioleta realizado com a supervisão médica.
Estamos falando de medicamentos injetáveis utilizados no caso de psoríase moderada a grave.
Além de cuidados emocionais e hábitos saudáveis, infelizmente não há muito como prevenir a psoríase. Qualquer pessoa pode desenvolver a doença. Como é um problema com o qual os pacientes precisam lidar ao longo de toda a vida, vale conferir algumas boas práticas para diminuir os riscos de crises:
O afastamento social e problemas relacionados à autoestima podem ser consequências da psoríase. Precisamos ressaltar que não é incomum pessoas portadoras da doença desenvolverem depressão. Para que isso não aconteça, é preciso que ela receba apoio de amigos e familiares e se sinta acolhida.
No entanto, apenas as pessoas próximas podem não ser o suficiente para ajudar quem sofre com a doença. Em muitos casos, é necessário buscar auxílio de um profissional especializado, ou seja, um psicólogo.
Visto que a psoríase é uma doença aparente na pele, muita gente pode até sentir vergonha de ir até o consultório do psicólogo. Nesses casos, é importante saber que existe a possibilidade de fazer as consultas online. O momento que estamos vivendo, de quarentena por conta da pandemia do coronavírus, esta modalidade de atendimento é ainda mais necessária.
O importante é não deixar de consultar um profissional que seja capaz de ajudar no enfrentamento da doença e que esteja atento à saúde mental. Se você está sofrendo com a psoríase ou conhece alguém que precisa de auxílio psicológico, conte com a Vittude.
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