Vergonha: 5 passos para superá-la e pedir ajuda

Superar a vergonha de pedir ajuda quando se percebe um problema é fundamental para devolver paz e felicidade para nossas vidas.

Por vários motivos, sendo a vergonha um dos mais latentes, muitas pessoas se recusam a fazer uma autoanálise e admitir que precisam fazer mudanças em suas vidas. 

Quase sempre, a sociedade nos diz para esquecer os problemas e sorrir, mantendo uma postura otimista diante de desafios. Mas será que é possível viver a vida empurrando com a barriga o que nos perturba? 

Apesar de nossos medos e inseguranças, devemos procurar ajuda sempre que acreditarmos ser necessário.

Por exemplo, quando notamos que a nossa vida está saindo de nosso controle e eventos negativos passam a se repetir com frequência. 

Normalmente, atribuímos essas situações recorrentes às falhas em nossa personalidade ou na personalidade alheia. 

Essa interpretação negativa acaba nos colocando para abaixo até o momento que não aguentamos mais e duvidamos da nossa saúde mental. Muitas pessoas apenas buscam a psicoterapia nessas situações extremas. 

Por que temos vergonha de admitir os nossos problemas?

Boa parte de nossas vidas, querendo ou não, é construída atrás de máscaras.

Precisamos agir de determinadas maneiras em situações diferentes, como em reuniões de trabalho ou de família. Geralmente, é requisitado de nós uma postura proativa e de contentamento. 

Essa “exigência” acaba passando a mensagem de que precisamos estar sempre felizes para sermos aceitos. É impossível, contudo, estar 100% bem consigo mesmo o tempo inteiro. Mas é possível trabalhar para lidar com a adversidade de maneira saudável.

A mesma situação se estende para os transtornos mentais. Por conta dos estigmas e julgamentos que seguem as doenças psicológicas, muitos não conseguem superar a vergonha na hora de fazer uma autoavaliação e admitir que sim, precisam de ajuda. 

O medo do julgamento alheio contribui para que a pessoa permaneça em silêncio, especialmente se este vier de pessoas próximas. 

Familiares, amigos, chefes e colegas de trabalho possuem certas expectativas em relação ao nosso comportamento.

É normal não querer desapontá-los. Mas é preciso compreender que, para manter um bom relacionamento com as pessoas que amamos, também devemos estar bem conosco. Pedir ajuda também é uma forma de preservar esses laços.   

Por que é necessário superar a vergonha de pedir ajuda?

Superar a vergonha é o primeiro passo para iniciar um tratamento e recuperar a qualidade de vida. 

Quando essa barreira é derrubada, os problemas são identificados, garantindo a busca e a implementação de soluções. Se esse processo é feito logo no início, o tratamento do transtorno mental é geralmente mais fácil. 

A percepção completa, contudo, não é instantânea. 

É apenas com a reflexão e o tratamento psicológico que é possível compreender todos os fatores associados ao aparecimento do adoecimento emocional.

As modificações no comportamento, atitudes e pensamentos acontecem gradualmente à medida que a pessoa compreende o que está acontecendo com ela.  

No início, pode ser complicado entender a manifestação dos sintomas de transtornos como depressão, ansiedade e síndrome do pânico.

Como eles se instalam gradualmente em nossa mente e ações, acabamos pensando ser algo nosso, uma característica de nossa personalidade a qual desenvolvemos com o tempo.

Uma das funções da terapia é ajudar a perceber esses sintomas e ir fundo na história de cada paciente para descobrir possíveis causas. Por isso, consultar um psicólogo é tão importante. 

Ao tratar distúrbios mentais como “frescura” ou “preguiça”, a pessoa cria mais problemas para si mesma, pois permanece estagnada nos sintomas, sem saber como administrá-los ou aliviá-los. 

Alertas de que precisamos de ajuda

De acordo com os resultados do Teste de depressão, ansiedade e estresse, DASS-21, disponível no site da Vittude, 86% dos respondentes possuem algum transtorno mental. 

Este resultado representa bem a sociedade atual. O estresse constante, o acúmulo de funções no trabalho e a transmissão de informações por diversos meios de comunicação são alguns dos fatores que colaboram para a deterioração da saúde mental dos brasileiros – e de pessoas ao redor do mundo.

Sinais físicos

Os sinais mais preocupantes se manifestam no corpo. A gastrite, a taquicardia, o desmaio, os problemas de pele, as dores musculares, os tremores também são alertas de problemas emocionais.

É comum pessoas, especialmente as que estão estressadas, chegarem ao hospital após uma crise e os exames resultarem em nada. O médico esclarece que, na verdade, a causa é emocional. 

O corpo está sempre tentando comunicar algo. Precisamos ficar atentos para os seus sinais de alerta para sermos capazes de investigar e buscar tratamento para o problema de saúde. Alguns desses sinais são:

  • Taquicardia;
  • Sudorese;
  • Dores no peito;
  • Dor no estômago;
  • Tensões no corpo;
  • Náusea;
  • Falta de ar;
  • Sonolência; 
  • Cansaço constante;
  • Insônia.

Sinais psicológicos

Estes se manifestam em pensamentos e sentimentos. Alguns deles são desânimo, sensação de não pertencimento, negatividade, ansiedade, sensação de inadequação, autocrítica exagerada, mania de perseguição, pensamentos ruins, entre outros. 

São emoções negativas que, não importa o cenário, retornam constantemente para desestabilizar o nosso emocional. 

A manifestação de pensamentos tais como “a vida não tem importância” ou “não vale a pena continuar” ou “as pessoas são todas ruins” são sinais claros de que está na hora de procurar ajuda psicológica

Plataformas como a Vittude podem facilitar a busca por um psicólogo que atenda a requisitos específicos para atender a todos que precisem de acompanhamento. Acesse nosso site e confira você mesmo todas as oportunidades oferecidas!

5 passos para superar a vergonha de pedir ajuda

Se você identificou alguns dos sinais acima, é provável que precise visitar o psicólogo ou psiquiatra para conversar sobre o que lhe aborrece.

Para superar a vergonha de chegar até eles, é preciso modificar a maneira de enxergar o tratamento psicológico. 

1. Admita o problema

Não ignore os sinais de alerta. Não tente ir além de seus limites, pois esta atitude apenas intensifica o estresse, o desconforto e a ansiedade. Preste atenção nos comentários e opiniões de outras pessoas sobre você. 

Nem sempre somos capazes de perceber as nossas mudanças de humor e comportamento, mas as pessoas com quem convivemos sim.

Não confunda suas observações com ataques pessoais. Procure refletir se existe verdade no que estão tentando lhe dizer.

Admitir o problema requer humildade e confiança em si mesmo para não se deixar abalar por possíveis diagnósticos. Afinal, não somos definidos pelos transtornos mentais ou doenças físicas que desenvolvemos. 

A extinção da negação ajuda, também, ao longo do tratamento psicológico. A pessoa com mente aberta consegue seguir as recomendações do profissional com maior facilidade. 

2. Se informe sobre psicoterapia

Faça uma busca completa sobre as abordagens existentes hoje para escolher a melhor opção para você.

Procure referências de profissionais qualificados em sua cidade ou online. Compreenda como a psicoterapia funciona para, então, formar opiniões.

Parece óbvio, mas muitas pessoas têm vergonha ou receio de buscar ajuda profissional por falta de conhecimento sobre como podem ser ajudadas.

Acreditam ser “coisa de louco” por terem escutado o mesmo de parentes e amigos. Com a informação, vem o esclarecimento. A psicoterapia, então, deixa de ser tão assustadora. 

Plataformas como a Vittude têm ajudado milhares de pessoas a superar o medo e a vergonha. Já são mais de 20mil pacientes, em mais de 50 países. A conveniência e o sigilo do atendimento online ajuda a reduzir o atrito e o receio.

Além disso, a própria forma como a empresa faz a curadoria dos profissionais e os apresenta faz toda a diferença. É possível escolher a faixa de preços, assistir a um vídeo de apresentação, conferir a formação, experiência e linhas de atuação e acima de tudo, conferir a opinião e avaliação de outras pessoas.

3. Modifique sua perspectiva

Um estudo da empresa Market Analysis concluiu que, de 906 pessoas entrevistadas em capitais brasileiras, apenas 2% fazem terapia.

Esta postura é prejudicial, pois os transtornos mentais estão cada vez mais comuns na realidade atual. Cerca de 30% dos brasileiros sofrem com os sintomas deles.

Não procurar tratamento ou evitar debates sobre o problema não significa que ele irá desaparecer. Pelo contrário, continuará aumentando e, consequentemente, afetará uma parcela maior da população. 

Buscar ajuda não é um sinal de fraqueza nem de incapacidade. O tratamento de uma doença psicológica tem o mesmo propósito de uma doença que afeta o corpo: ajudá-lo a recuperar a saúde e seguir com a sua vida.

Não tem nada a ver com loucura ou alimentar uma necessidade que a pessoa tem por atenção. 

Você não precisa comunicar ao mundo todo que está consultando um psicólogo ou psiquiatra se não quiser, mas não deve se envergonhar disso.   

4. Foque em seu próprio bem-estar

Se há pessoas em sua vida com opiniões negativas sobre psicoterapia ou transtornos mentais ou medicamentos psiquiátricos, para o seu próprio bem, procure ignorá-las.

Magoa quando ouvimos coisas ruins de quem amamos, mas a sua saúde mental é, no fim, o mais importante. 

Se você não está bem consigo mesmo, não consegue aproveitar a vida propriamente. Parece que nada dá certo, o mundo conspira para deixá-lo infeliz e as pessoas não se importam com seus sentimentos quando, na verdade, essa visão extremamente negativa é criada por você mesmo. 

Para tornar a vida mais feliz e positiva, é preciso ser um pouco egoísta e focar no próprio bem-estar.

A única pessoa responsável pela sua felicidade é você mesmo, portanto, se abra para o amor-próprio e não se deixe levar por opiniões danosas.  

5. Peça ajuda

Depois de seguir os passos anteriores, não hesite em buscar ajuda. O psicólogo é o profissional qualificado para ajudá-lo a reencontrar o bem-estar, autoconfiança e autoestima, além de muitos outros benefícios para a saúde mental.

Além disso, ele poderá ajudá-lo a traçar estratégias para lidar com o estresse diário e trabalhar a resiliência. 

Superar a vergonha de pedir ajuda, então, é importante para obter e manter a vida sempre leve, contente e saudável. 

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Autor

Tatiana Pimenta

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CEO e Fundadora da Vittude. É apaixonada por psicologia e comportamento humano, sendo grande estudiosa de temas como Psicologia Positiva e os impactos da felicidade na saúde física e mental. Cursou The Science of Happiness pela University of California, Berkeley. É maratonista e praticante de Mindfulness. Encontrou na corrida de rua e na meditação fontes de disciplina, foco, felicidade e produtividade. Você também pode me seguir no Instagram @tatianaacpimenta