A diversidade nas empresas é o tema do momento. Nunca se falou tanto sobre a importância de compor times com perfis de profissionais de diferentes raças, gêneros, idades, culturas e vivências.
Afinal, é dessa forma que as organizações conseguem construir um dia a dia mais saudável, complementar e inclusivo. Pensando nisso, as áreas de recursos humanos das organizações estão trabalhando em prol de um recrutamento voltado para pessoas com diferentes perfis, experiências e características, além da implementação de outras iniciativas voltadas para inclusão e diversidade.
Para saber mais sobre o assunto, continue a leitura deste artigo e confira tudo o que você precisa saber sobre a diversidade no meio corporativo.
A diversidade nas empresas não diz respeito somente a falar sobre o assunto, mas não agir a respeito. Trata-se de agir em prol de um quadro de colaboradores com pessoas de diferentes:
Estamos falando sobre deixar de priorizar determinados grupos de indivíduos e passar a considerar as habilidades e competências de qualquer profissional acima de suas características, origem ou escolhas pessoais.
Para isso, é necessário garantir políticas de inclusão para que o dia a dia de trabalho, desde o recrutamento até as iniciativas rotineiras, tenham um olhar voltado para a diversidade. Dessa forma, é possível cultivar um ambiente mais rico e repleto de ideias, percepções e possibilidades, pois várias pessoas diferentes passam a atuar de maneiras complementares.
Não restam mais dúvidas da importância da diversidade nas empresas, tanto para a criação de um ambiente de trabalho mais feliz e saudável como para o crescimento das organizações.
Em seguida, confira os principais impactos positivos de ações voltadas para inclusão e diversidade:
Uma pesquisa realizada pela Glassdoor apontou que por volta de 76% das pessoas que estão em busca de emprego consideram um ambiente de trabalho diverso como um importante fator decisivo. Portanto, se a sua empresa for vista pelo mercado como um lugar que possui iniciativas práticas e efetivas voltadas para a inclusão e diversidade, consequentemente se tornará mais atrativa para potenciais candidatos.
Com isso, a atração de talentos é facilitada e a organização consegue atrair profissionais melhor qualificados para as suas vagas.
Um ambiente que preza pela diversidade também tende a reduzir os números relacionados à rotatividade de funcionários. Isso acontece porque um espaço mais inclusivo faz com que as pessoas se sintam representadas e acolhidas na organização.
Outro ponto que se beneficia diretamente é o clima organizacional, pois uma empresa com uma cultura mais inclusiva e diversa promove um dia a dia de trabalho saudável e feliz para os colaboradores. As pessoas tendem a se sentir mais confortáveis, alegres e motivadas, o que é essencial para a execução de um bom trabalho também.
A diversidade nas empresas também é responsável por propiciar um ambiente muito mais inovador. Isso porque são formados times com profissionais de perfis diferentes capazes de chegar a soluções complementares e contribuir com seus pontos fortes.
Organizações com funcionários que têm vivências e características diferentes têm mais chance de chegar a melhores soluções e criar ideias fora da caixa.
Quando as pessoas são acostumadas a enfrentar as diferenças desde o começo da vida profissional, aprendem a lidar melhor com visões e opiniões divergentes no ambiente de trabalho.
Por isso, toda empresa que preza pela diversidade e inclusão acaba tendo uma queda no número de conflitos: os colaboradores costumam ter mais facilidade para lidar com possíveis divergências que possam surgir e discordâncias podem até se tornar estímulos para que um trabalho colaborativo ainda melhor seja executado.
Por fim, outra vantagem que precisa ser destacada é a melhora significativa nos resultados. Um estudo da McKinsey, “Delivering through diversity”, apontou que empresas com um quadro de colaboradores mais diverso tendem a ter 21% mais lucro quando há diversidade de gênero e 35% quando há diversidade racial.
Isso acontece porque times complementares sempre tendem a superar as expectativas e atingir ótimos resultados. Profissionais com perfis diferentes são importantes para o crescimento da organização, pois cada um contribui com uma habilidade.
As lideranças de uma empresa têm um papel muito importante quando estamos falando sobre inclusão e diversidade. Estes profissionais são influentes e responsáveis por direcionar a postura e ações dos outros colaboradores.
Cabe ao líder reforçar a cultura voltada para a diversidade. Isso pode ser feito de maneira simples, por exemplo, garantindo que todos tenham voz ativa no time e possam compartilhar ideias, sentindo que há espaço para diferentes vivências e opiniões. Ao mesmo tempo, é necessário que a composição do time seja diversa e, para isso, o líder deve sempre procurar construir a equipe com talentos diferentes e complementares.
Outro ponto de atenção é em relação aos feedbacks. Se algum dos membros do time tiver uma fala, postura ou ação que não esteja de acordo com os princípios da diversidade e inclusão, é responsabilidade do líder dar um feedback e deixar claro que esse tipo de atitude não será tolerada.
Uma pesquisa conduzida pela consultoria EXEC, realizada com mais de 200 profissionais de cargos de alta liderança, revelou dados curiosos. O levantamento apontou que, por mais que 83,5% dos profissionais afirmem que a diversidade é um assunto familiar no ambiente corporativo, poucas são as ações efetivas no dia a dia das empresas.
Com isso, chegamos ao seguinte questionamento: como cultivar a diversidade nas empresas por meio de ações práticas? Em seguida, confira alguns exemplos de iniciativas que podem ser implementadas:
Tudo começa com uma cultura criada com o objetivo de fortalecer a diversidade. É importante que as crenças, valores e comportamentos cultivados no ambiente corporativo visem fomentar a importância da inclusão e de um time diverso, com profissionais complementares e experiências e características variadas.
A cultura organizacional é o que rege o dia a dia dentro de uma organização, ou seja, a forma que as pessoas agem e falam. Portanto, é o primeiro passo para criar uma estratégia de diversidade nas empresas.
Uma pesquisa de clima organizacional pode ajudar a entender se há grupos de pessoas dentro da organização que se sentem excluídos ou pouco representados. É uma maneira interessante e eficiente de detectar pontos de melhoria.
A mesma pesquisa citada anteriormente, conduzida pela EXEC, revelou que quando perguntados sobre a existência de um comitê interno sobre diversidade, 32% disseram que a empresa possui uma estrutura delicada e 29,6% que o assunto é abordado pelas lideranças, mas não há nada formalizado. Outros 27,9% afirmaram que não há nenhuma estrutura forma ou informal criada pela organização para abordar o tema.
Os dados revelam que os comitês de diversidade ainda não são tão fortes no meio corporativo, mas essa é uma estratégia essencial para garantir iniciativas de fato eficientes e que façam a diferença.
Para montar um quadro de colaboradores diverso é importante prestar atenção nos processos seletivos, pois é nesse momento em que serão atraídos talentos diversos. Uma técnica muito utilizada é o famoso recrutamento às cegas, que avalia apenas as habilidades e competências do candidato, deixando de lado informações como gênero, raça, formação, que podem levar aos vieses inconscientes no momento da seleção.
Além disso, a empresa pode fazer parcerias com comunidades e grupos que tenham como objetivo dar visibilidade no mercado de trabalho para alguns grupos de pessoas da sociedade, como negros, mulheres ou LGBTQIA+.
Quando um novo colaborador chega à empresa, o que ele mais quer é se sentir acolhido e bem recebido. Para isso, é importante criar um processo de onboarding que reforce a importância da diversidade naquele ambiente corporativo.
Mais do que isso, os funcionários devem estar preparados para receber os recém-chegados e ajudar nesse processo de pertencimento e acolhimento, independentemente de raça, etnia, religião, cultura, gênero etc.
Os preconceitos e tabus são um problema muito grande enfrentado por alguns grupos de pessoas, como negros, mulheres, pessoas mais velhas e a comunidade LGBTQIA+ no mercado de trabalho. Esses indivíduos sofrem com preconceito velado ou direto e, em muitos casos, menos oportunidades para assumir cargos superiores.
Pensando nisso, pode ser muito interessante oferecer uma educação voltada para a saúde mental e até mesmo a psicoterapia como benefício corporativo. Tudo isso ajuda os colaboradores a lidarem com as suas próprias dificuldades e promoverem um ambiente mais inclusivo e receptivo para todos. Os cuidados com a saúde mental têm um impacto direto na melhora do clima organizacional.
Para alcançar resultados, é preciso unir discurso à prática. Uma das formas de levantar a bandeira da diversidade é realizando campanhas internas (para o público interno, os colaboradores) e externas (para os clientes, mercado no geral).
Vemos muito hoje em dia um monte de marcas “surfando na onda” da diversidade, se posicionando em relação ao tema, mas não fazendo a lição de casa internamente. Além de contraditório, esse tipo de ação pode simplesmente se voltar contra a própria empresa.
Campanhas valorizando a diversidade e levantando essa bandeira devem ser realizadas com cuidado e coerência. Se a sua organização deseja se posicionar em relação ao assunto, então precisa garantir que a diversidade exista internamente ou que, ao menos, ações concretas estejam sendo realizadas em prol de uma mudança de cenário.
O Nubank, por exemplo, é um ótimo exemplo, pois cerca de 30% da sua equipe faz parte da comunidade LGBTQIA+ e por volta de 40% dos colaboradores são mulheres em todas as funções e níveis de senioridade. Dessa forma, faz sentido que a empresa crie campanhas voltadas para a diversidade, como foi o caso de “Cheios de Orgulho”.
A diversidade não deve ser mais um diferencial e sim uma obrigatoriedade de dentro do meio corporativo. Todas as empresas precisam se atentar à importância de construir um quadro de colaboradores com profissionais de perfis diferentes.
Ao fazer isso, todo mundo sai ganhando e a sua organização contribui para um mercado de trabalho muito mais justo para todos, independentemente da origem, características ou das escolhas pessoais de cada indivíduo.
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