O Setembro Amarelo chama a atenção para a prevenção ao suicídio. Infelizmente, em algumas situações a tragédia acontece. Entra em cena a posvenção, ou seja, os cuidados com os sobreviventes.
Sabemos das fases apresentadas pela Dra. Kübler-Ross, que se aplicam a diversos tipos de perda. Elas podem ocorrer em qualquer ordem ou mesmo não ocorrer:
São fases para a elaboração dos vínculos afetivos rompidos.
Trata-se de tema de difícil abordagem, pois o tabu social sobre suicídio afasta o assunto de nossos pensamentos e conversas, atuando inclusive sobre os profissionais de saúde.
Enfrentar a morte significa considerar o desconhecido e o medo provocado pelas incertezas. Um medo universal. Entretanto, o suicídio vai além. Fragmenta vidas, acarreta uma maior gama de sentimentos e apresenta situações distintas e delicadas para os sobreviventes.
Se nos dias de hoje a morte é antisséptica, limpa, assistida, às vezes esperada, e acontece quase sempre no hospital, já no suicídio, o quadro é outro.
A família se depara com imagens trágicas, que maculam locais até então comuns. Aquele banheiro, aquela estação, aquele prédio, passam a ser marcados com tristeza e morte.
Algo que se preferiria privado, pois fala de nossa dor íntima, explode no domínio público. Não morreu conosco. Se jogou do prédio. Teve polícia, TV, curiosos.
Cada sobrevivente possui sua história, sua personalidade, suas visões de mundo. Dependendo de sua idade no momento do suicídio, poderá nem ter acesso ao que aconteceu. Poderá conseguir lidar melhor ou pior – o impacto será diferente em cada momento do desenvolvimento humano.
Afloram diversos motivos para a raiva. Um sobrevivente comenta que seu pai foi vítima de um assassinato. E ele próprio foi o assassino.
Abandonou a família, será que nunca nos amou? Quem éramos para ele? Como num ataque cardíaco, não há adeus. É como se a pessoa nos tivesse deixado falando sozinhos, simplesmente virado o rosto para nós e ido embora.
E algumas pessoas ainda utilizam o suicídio como última retaliação, uma arma apontada para os sobreviventes. Acaba com o sofrimento de quem se matou, e quem fica?
Por que não percebemos? Fizemos todo o possível? Naquele exato dia, tínhamos uma prova, um encontro, ou simplesmente, cansados, não fomos auxiliar. E agora? Fomos nós que causamos? O que faltou?
E quando surge a sensação de alívio, de que o sofrimento da família terminou? É correto, é justo?
Algumas religiões punem os suicidas na outra vida e até proíbem os ritos de passagem. São Tomás de Aquino sustenta que o homem não tem esse direito, vai contra o sexto mandamento (“Não matarás”). Um velório em que cochichos têm um tema constante… O que será que houve? Ou pior, cada um dizendo suas teorias. Ocultamento, distanciamento e fuga se tornam evidentes.
Provavelmente, a dinâmica da família já se caracterizava como disfuncional e, nesse momento, tudo é exposto a todos. Os problemas, antes restritos ao lar, se tornam públicos. Querendo ou não, a família é obrigada a ter consciência de seus relacionamentos inadequados.
O sobrevivente passa, num processo dolorido e que não foi causado por ele, de pessoa normal, a “parente de louco”. Muitas vezes, relacionamentos são desfeitos, estereótipos se formam no trabalho, as amizades se alteram.
Quanto conheci de quem se foi? O que faço, quais hábitos, quais posturas aprendi? Irei me matar também? Serei um bom pai? Ou uma boa mãe? São bons ou maus exemplos? O modelo de vida do suicida se desqualifica. Acusações e comparações que serão uma provável constante na vida dos sobreviventes.
A família se reestrutura, se reconfigura. Tios viram pais, avós viram pai e mãe. Quem comprava o pão, quem ia ao supermercado, quem buscava crianças na escola, quem trabalhava – os papéis na família se transformam profundamente. Muitas vezes, maiores responsabilidades são impostas a cada um.
A retirada abrupta do suicida de nosso convívio pode ficar marcada em nossas memórias e nos levar a perguntar sempre quem mais irá nos abandonar. Fica difícil deixar o filho ir sozinho para a escola, o cônjuge viajar a negócios, até mesmo nós ficarmos sozinhos.
Surge um silêncio na família e nos amigos sobre o assunto. Fotos são perdidas, a existência do suicida é praticamente negada, seu suicídio é escondido. Sua história e o que representava, se perdem no tempo. Mas antes era importante na família. Como excluí-lo?
O suicídio não decorre de uma única causa. É um acontecer, que concretiza e finaliza um processo de sofrimento individual e coletivo. Poderíamos até dizer que é uma soberania do homem em relação a sua existência.
O luto exige muito respeito pela dor e situação. Ocorre um lento processo de cicatrização, com a percepção e responsabilização sobre o controle da vida, redimensionamento dos papéis, criação de nova identidade, reconhecimento da dor, dos riscos envolvidos em viver. Meu nascimento é um fato, a minha morte também o será.
Aqui, a partilha de sentimentos com um psicólogo será bem útil. Perceber os “e se?” que permaneceram, falar das consequências da morte, enfrentar as perguntas sem respostas, as explicações sem comprovações, as ausências de familiares e amigos, lidar com especulações sobre a vida do que se matou e o que se poderia ter feito…
O auxílio de um profissional tem papel importante durante essa fase. Plataformas como a Vittude podem facilitar a busca por um psicólogo que atenda a requisitos específicos para atender a todos que precisem de acompanhamento. Acesse nosso site e confira você mesmo todas as oportunidades oferecidas!
PARA SABER MAIS
Suicídio e Luto: Histórias de Filhos Sobreviventes, entre outros trabalhos da Dra. Karina Okajima Fukumitsu, apresenta diversas reflexões confortantes. Também Crise Suicida, do Dr. Neury José Botega, amplia as condições de avaliação e manejo, sendo uma importante referência para os profissionais de saúde.
Artigo revisado em: 05/12/ 2019
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complicado... as vezes é tanta pressão, faculdade e trabalho e acabam bagunçando tudo. Problemas em ambos os cenários e não é possível focar a mente em uma solução, tipo resolve um e depois resolve outro.
Como fica a família? No caso da minha e principalmente meu pai ficaria brabo por ter que gastar com enterro e velório!
Eu só queria dormi e não acorda mais
Eu também...
A pior prisão é da mente, dias melhores virão
+55 44 99112-0587 (Lá você terá um irmão, amigo). Temos também grupo no whatsapp, de ajuda e mentoria.
Sou uma sobrevivente do terrorismo chamado Suicídio.
Meu nome é Francine, tenho 38 anos, sou casada, mãe, dona de casa e empresária. Sim, minha vida é bem corrida e cheia, cheinha de problemas diários que me esgotam, que entristecem, me frustram porém no meio de tantas coisas que me tiram a energia consigo ver as situações que me dão gratidão. Enfim! Sou humana e estou encarnada num mundo de provas e expiações.
No meio disso tudo também sou uma sobrevivente do atentado suicida. Minha tia tomou essa decisão para a vida dela.
Deve estar se perguntando, então você não tentou se matar? À vezes dá aquela vontade, porém nunca achei que fugir de um problema causando outro seria o ideal, ainda mais de 20 anos pra cá quando conheci a Doutrina Espirita. Mas depois de ler esse relato, você entenderá o porquê sou uma sobrevivente, assim espero!
Minha tia como tantos que vem cada vez mais aumentando não pensam assim. São tantos os motivos que são o estopim para esse ato que fica complicado questionar todos senão isso invés de um relato seria um livro.
Hoje foco em um desses motivos: a depressão.
Depressão, segundo o dicionário é o ato ou efeito de deprimir-se, cova ou cavidade de pequena profundidade.
Pequena profundidade? Nãooooooo.... catastrófica profundidade. Tanto para aqueles que tem como para as pessoas ao redor de quem tem. Minha tia tinha depressão. Se tratava, era casada, filho de 17 anos, estava se formando na faculdade. Se tinha um relacionamento com o marido, familiares e filho igual propaganda de margarina a resposta é, não. Quem tem? Não estou aqui para falar dos problemas dela mas sim o que o ato dela causou.
Conversei com uma pessoa próxima a mim que tentou o suicídio, para tentar entender e talvez superar esse meu luto, ela me relatou que o sentimento era um vazio extremo, um pensamento pertinente de acabar com a vida porém tem que ser de um modo bem efetivo porque não desejam o fracasso. Ela conseguiu vencer, e depois do tratamento de obsessão espiritual ela não pensa em fazer mais isso. Minha tia independente se era doença ou obsessão ela não conseguiu. Independentemente do que ela tinha ela perdeu, deixou vencer os motivos para não estar aqui vencer os motivos dela estar aqui.
Enfim.
Quando você recebe uma notícia dessa o que acontece com você? Cada um tem um jeito de responder a diversas situações, eu vou falar da minha. Quando fiquei sabendo foi uma explosão na minha vida, questão de segundos você se sente culpado, falho e misericordioso.
Culpado porque você acha que deveria ter feito mais e não fez. Falho porque em certas situações você deveria ter sido mais invasivo invés disso respeitou, e misericordioso por ser espirita sei que, não, nada acabou, não está no lugar melhor, não pagou as suas dívidas, e que sim, ela piorou a situação em relação ao universo espiritual. Sabendo de tudo isso, você sabe que além de cuidar de você e das pessoas que estão aqui sofrendo, você tem que se preocupar com quem foi e tentar ajudar orando para ela e implorando ajuda porque apesar da merda toda você ama e perdoa aquela pessoa, por mais que ela foi talvez a pessoa que mais te fez mal, você tem que ajuda-la pois ela estava fora de si de alguma forma.
Momentos depois eu experimentei um outro mix de sentimentos que variava de misericordiosa a raivosa, porém os sentimentos de culpa e falha persistia em todos os momentos e digo mais, eles se fazem presentes até hoje refletindo em várias situações tanto profissional quanto social. Mas falarei da culpa e da falha, talvez mais pra frente. Esse mix de misericórdia e raiva é como uma montanha russa, sobe e desce, sei que ela estava achando que os motivos dela eram o bastante para o ato, a dor, a coragem, o quanto estava achando que seria o melhor para ela e imagino a sensação porque muitas vezes penso no mesmo, porém levar esse ato a frente é muito egoísta.
Um suicida para mim de início é um tremendo EGOISTA, pois não pensa no sofrimento das pessoas que diz amar. É como você cavar um buraco para se jogar, só que a terra sede e leva quem está ao seu redor junto, como uma bomba que você explode e destrói tudo ao redor. Esses dias estava assistindo o seriado Lista Negra na Netflix e o vilão da história disse que um suicida é um ato terrorista, quando um homem bomba se explode você consegue ver direitinho onde ele estava no momento da explosão e as pessoas que mais estavam perto desse homem são as que mais se estilhaçaram, conforme a distância era maior você via que os ferimentos era menor, ficavam menos estilhaçadas ou machucadas. Eu compartilho dessa ideia e acho que figura de uma forma impressionante o que um ato suicida faz com as pessoas ao seu redor, quanto mais próxima da pessoa que fez o ato mais estrago ele causa na vida delas. O suicida se torna o seu terrorista, você não explode com ele, mas se senti estilhaçado por dentro e por fora fica uma camada fina como se estivesse segurando tudo para não explodir junto.
Se você deseja se vingar de alguém o suicídio com certeza faz você ter sucesso. Os sentimentos que planta em você não condiz com uma pessoa que te ama, por mais que esteja “doente” por mais que as coisas sejam difíceis, ou as pessoas te machucaram se resolva, se você acha que acabando com a sua vida é um ato de amor, que você não é necessário na vida das pessoas, não aceitam tal situação, tem problemas, quer chamar a atenção, sei lá mais quais são os motivos que leva ao ato suicida que tanto aumenta, a solução é, se resolva e não joga essa bomba na vida de ninguém porque pode não parecer, mas você vai fuder geral, dentro de você está a solução é só você querer, muitas vezes ela dói, parece difícil mas tome a rédea da sua vida, e se a sua vida está uma bosta o problema e a responsabilidade é sua não jogue essa merda na vida dos outros que muitas vezes tentam te ajudar da forma delas, de repente nem tanto eficaz como você deseja mas sim, dão o melhor delas que talvez não seja o necessário para você simplesmente porque você acha que deveria ser igual aquele filme que você assistiu. As pessoas que nos amam sempre dão o melhor que tem, as vezes o melhor deles não seja o suficiente para você, então tenta entender que ninguém pode dar o que não tem e sintam-se gratos por ter o máximo daquela pessoa, invés de querer acabar com a vida dela com o tamanho estrago dos seus atos retribua dando o seu melhor e perdoando o que ela não pode te dar. Se isso não for suficiente para você e você ainda acha que deve continuar nesse processo de auto destruição pra mim você é igual aos piores terroristas e vermes desse mundo, não merece tanto amor porque acho que ficou bem claro que você não fere somente você, você leva dezenas junto, familiares e amigos. Você ferra com a vida de todos, você vai ser o maior filha da puta na vida daqueles que sempre te ajudaram independentemente do percurso. É esse tipo de sentimento que deseja deixar em quem você diz que “ama”? Se sim, vá em frente e boa sorte. Que Deus tenha misericórdia de todos.
Pode ser que muitas pessoas se lerem ficarão chocadas, indignadas, que seja. Esse é o meu ponto de vista. Tratamos como doentes, dando o sentido que eles são vítimas. Talvez sejam, mas tudo existe um motivo, acho que invés de alimentar esse sentimento que eles são vítimas temos que ajuda-los a sair da posição de vítimas, de auto-piedade e se tornarem fortes e independentes. Essa é a minha opinião, não sou Deus, não estou certa em nada é somente minha opinião e esse é meu relato, para mostrar ao mundo como eu me sinto depois que alguém que eu amo tomou esse ato, pois a sociedade para ajudar não sabe lhe dar com esse assunto, os hipócritas e egoísta que habitam esse mundo invés de dar uma palavra de consolo ou silencia, te olham e tentam descobrir o motivo sendo verdadeiros investigadores da sua vida, você literalmente é classificado como suspeito ou culpado pelo ato alheio além de você ter que aguentar com toda essa merda de sentimento que te impuseram você tem que aguentar o julgamento do ser humano podre, nojento.
No fim de tudo isso o que eu desejo que talvez alguém possa ler e desistir desse ato terrorista dentro da vida das pessoas que a amam, se uma pessoa eu ajudar já vale a pena mesmo recebendo milhões de críticas. O que desejo a todos que pensam em fazer esse ato e seus familiares é coragem, força, a solução está dentro de você só se permita escutar e exercem o perdão ele é essencial nessa caminhada em todas as situações, mesmo depois do ato concluído.
Ame e perdoe sempre independente das situações.
Fiquem na paz!!!
Olha, antes mesmo de entrar nesse site eu estava chorando ainda pouco com as mãos na boca para tapar o grito de tanta dor que essa doença, que você colocou entre aspas, me causa. MAS, notei que você ainda carrega muitas dores quanto a esse ocorrido em sua vida. Primeiramente, te digo que sinto muito pelo o que aconteceu em sua vida, não consigo imaginar o quanto você deve ter sofrido. Mas, vamos concordar, nem você consegue imaginar o sofrimento dessa doença. Somos dois extremos e estou te respondendo pois isso chamou a minha atenção.
Eu até hoje não me suicidei porque penso nas pessoas que me amam e gastam algumas horas da vida delas me ajudando a cuidar da minha.
Mas, digo que um depressivo ODEIA papel de vítima, se gosta é porque ele tem outros problemas psicológicos além da depressão. Mas, o fato é que odiamos ser tratados como vítimas, olhar de pena, etc, até porque um dos sintomas da depressão é o sentimento de culpa por erros que muita das vezes são bobos demais para fazer uma tempestade e carregar como se fosse um fardo. Estamos constantemente nos julgando, a última coisa que percebemos é o papel de vítima, até mesmo depressivos que sofreram abusos se sentem culpados pelo abuso.
Amei seu exemplo com o homem-bomba e a cova, me fez pensar sobre um exemplo que também tenho: Um depressivo é como se fosse uma pessoa perdida em uma ilha deserta. Bem, o que uma pessoa normal tentaria? sobreviver! Mas o suicida apenas fica deitado no mesmo local que a maré o deixou esperando a morte levar. Até que tentamos levantar e agir mas não temos força e nem inteligência para construir uma cabana, uma jangada, caçar comida, achar água, etc. Mas, enfim, começa a aparecer garrafas com papéis dentro e nesses papéis contém formas de como sobreviver nessa ilha, e tem uma assinatura no final e são das pessoas que realmente nos amam tentando nos ajudar. Eles não sabem em qual ilha estamos mas mandam mensagens e deixam a maré nos fazer receber, da melhor forma que podem. Quando abrimos a garrafa, nos papéis contém instruções de como fazer uma cabana, caçar, achar água, uma jangada. Nos sentimos com uma pequena força para começar a sobreviver. A cabana do manual contém furos, a jangada rapidamente afunda, as armadilhas para conseguir alimentos não nos enchem a barriga, mas percebemos que eles deram o melhor que puderam para nos ajudar e sem eles provavelmente estaríamos mortos. Se, por acaso, a pessoa percebe que as forças acabaram, acabam se suicidando. E como ficam as pessoas que fizeram de tudo para ajudar com os manuais nas garrafas com tanto amor nas mensagens? Você seria boa para terminar esse meu exemplo. Talvez muitos iriam se aventurar procurando pela pessoa e acabaria perdido também em uma ilha igualmente sem forças para sobreviver.
Novamente, sinto muito pelo o que aconteceu com sua tia, imagino o que tenha se passado na cabeça dela mesmo com uma vida aparentemente boa. Mas nem sempre o presente feliz tapa o sentimento vazio e profundo de algo que o passado dela provavelmente deixou. Não consigo de forma alguma nem chegar perto de imaginar o tamanho da dor que você sente. MAS, vamos concordar, nem você consegue chegar perto de conseguir imaginar o tamanho da dor e do vazio que um depressivo sente. Nunca irei te julgar e por não conseguir imaginar estar no seu lugar, irei respeitar seu comentário. Porém, tente respeitar um depressivo também e, acima de tudo, respeitar quem já se foi, só querem descanso, o tão sonhado descanso. E sim, você me ajudou a pensar mais nas pessoas a minha volta e a superar mais um dia sem amarrar uma corda. Não desejo a uma pessoa que eu amo passar pelo o que você passou.
E se eu fiquei com raiva ou chateada com seu comentário? Sim. Mas estou acostumada com esse tipo de tratamento.
E de onde você tirou que chamar o depressivo e suicida de egoísta vai ajudar em algo?
Chamou depressão de "doença". É doença sim, sem aspas, como câncer ou qualquer outra doença , ninguém escolhe ter depressão. E tenho certeza que ninguém se suicida com gosto, querendo fazer mal aos outros, e se os familiares estivessem tão atentos e preocupados com o seu ente querido teriam feito algo pra ajudar no tratamento da doença.
Chocada com tudo que eu li , ainda mais de alguém que se diz espírita.
Tomara que o seu comentário , com a sua "opinião" não chegue aos menos preparados , que não sejam capazes de filtrar tanta baboseira, falta de empatia, e amor ao próximo.
Nem cheguei a terminar de ler o comentário mencionado porque se ñ já teria removido minha vida