A discussão em torno do tema qualidade dos colaboradores no trabalho vem crescendo cada vez mais. As pessoas buscam que empresas que prezam por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional e não estão mais se sujeitando a jornadas de trabalho inflexíveis. O papel das empresas nesse cenário é implementar estratégias para aumentar a qualidade de vida dos colaboradores e, assim, construir um ambiente organizacional mais produtivo e satisfatório.

Muitas organizações já aderiram ao movimento, enquanto outras estão se conscientizando sobre tal necessidade e começando a traçar planos dentro dessa esfera.

O mais importante é não desmerecer a qualidade de vida dos seus funcionários, pois a partir do momento em que eles se sentem mais felizes e satisfeitos na empresa em que trabalham, consequentemente se tornam profissionais mais produtivos.

Qualidade de vida dos colaboradores no trabalho: o que é e por que é importante?

Caso você ainda não tenha clareza sobre o que se trata o conceito de qualidade de vida, vamos explicar. Nasceu nos anos 60, quando pesquisadores começaram a se dedicar a entender como o ambiente de trabalho é capaz de afetar os níveis de felicidade e produtividade de uma equipe.

A qualidade de vida dos colaboradores no trabalho trata-se de um conjunto de ações que as empresas colocam em prática com o objetivo de criar bons ambientes corporativos. Portanto, o nível de satisfação de um funcionário em relação ao clima da organização na qual está inserido está muito relacionado a esse índice de qualidade de vida.

E por que é importante que as empresas criem estratégias para aumentar a qualidade de vida no trabalho? Quem não está muito familiarizado com o assunto a princípio pode pensar que os benefícios impactam somente os funcionários, mas não é verdade.

Esse tipo de investimento faz bem para os colaboradores e para a própria organização. Isso porque os trabalhadores são responsáveis por fazerem a empresa crescer. Portanto, em um cenário em que a maioria dos funcionários está desmotivado e infeliz, a produtividade cai e, consequentemente, as metas da empresa também são afetadas negativamente.

Não há como uma organização crescer se os seus funcionários não estiverem felizes e satisfeitos!

7 estratégias para aumentar a qualidade de vida dos colaboradores

Agora que já ficou mais claro por que investir na qualidade de vida no trabalho é tão importante para a empresa como um todo, vamos à prática.

Separamos algumas dicas de estratégias que podem ser implementadas na sua empresa o quanto antes!

1. Proporcionar jornadas de trabalho flexíveis

O home office já é realidade em muitas empresas. A prática é essencial para muitos funcionários que moram longe ou possuem filhos pequenos, por exemplo. Tal flexibilização ajuda a diminuir estresse, horas perdidas em trânsito e, muitas vezes, é benéfica para a produtividade.

Vários funcionários não precisam estar todos os dias fisicamente no escritório para executarem os seus trabalhos e o home office surge como uma alternativa que pode trazer ótimos benefícios para a qualidade de vida dos colaboradores.

É importante as empresas terem uma política clara sobre o tema e, caso seja inviável implementar o home office, a sugestão é criar jornadas de trabalho mais flexíveis, ou seja, permitir que os funcionários entrem ou saiam mais cedo quando precisarem. Dessa forma, conseguem equilibrar outras responsabilidades da vida pessoal com o trabalho.

2. Incentivar equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Por muito tempo, os discursos que enalteciam funcionários que viraram noites e noites trabalhando eram venerados. Esse cenário vem mudando. As pessoas não aplaudem mais esse tipo de postura, pois as horas de trabalho excessivas são o motivo de adoecimentos físicos e mentais.

A conscientização em relação à importância de equilibrar vida pessoal e profissional obriga as empresas a mudarem suas posturas também.

A principal dica aqui é não permitir jornadas de trabalho excessivas e, quando forem necessárias, as mesmas não devem ser veneradas diante de todos os colaboradores. A empresa deve se mostrar consciente de que essa não é uma prática adequada e remunerar as horas extras de acordo com a lei.

3. Proporcionar um ambiente de trabalho adequado

Os funcionários precisam ter condições básicas para exercerem o seu trabalho da melhor forma possível. Isso quer dizer que o ambiente necessita de boa iluminação, ventilação, mobiliário e recursos tecnológicos adequados. Um espaço para descanso e alimentação também são o mínimo para proporcionar a qualidade de vida no trabalho.

Se a sua empresa está preocupada em ir além, vale também oferecer aulas de ginástica, yoga, meditação, entre outros. Em ambientes nos quais os colaboradores ficam muito tempo sentados usando o computador é importante incentivar que se exercitem ao longo do dia.

Promover discussões e palestras sobre a importância de fazer pequenas pausas durante a jornada de trabalho também pode ser uma estratégia eficaz que ajuda a conscientizar os funcionários.

4. Ter uma área de RH ativa e disposta a ouvir

Em muitas empresas a área de Recursos Humanos atua apenas cuidando de contratações e rescisões. No entanto, o papel desses profissionais vai muito além dessas atividades.

Um bom profissional de RH deve trabalhar constantemente no bem-estar e desenvolvimentos dos colaboradores. Seja promovendo treinamentos técnicos ou então eventos e palestras relacionadas a algum tema que precise de atenção dentro da empresa.

Além disso, o RH deve ser o porto-seguro dos funcionários, ou seja, eles precisam se sentir à vontade para dialogar sobre dúvidas e problemas que possam estar enfrentando no dia a dia de trabalho. 

5. Criar um clima organizacional saudável

O clima organizacional de uma empresa é consequência da cultura e valores que são pregados dentro da empresa. É importante que o clima favoreça a paz, honestidade e respeito entre os funcionários, respeitando a diversidade entre as pessoas.

Um clima organizacional ruim pode ser muito danoso para o dia a dia dos colaboradores, contribuindo para que se sintam deslocados ou acuados diante de uma cultura muito agressiva ou seletiva, por exemplo.

6. Criar cultura de feedbacks

Empresas que possuem ciclos de feedbacks consolidados e frequentes também estão trabalhando para aumentar a qualidade de vida dos colaboradores.

Quando se cria uma abertura para o diálogo, os funcionários se sentem à vontade para expor pontos positivos e negativos do dia a dia de trabalho e também sobre a organização como um todo. Dessa forma, cabe aos líderes repassarem a visão dos liderados para que, junto do RH, sejam planejadas ações de acordo com o que os trabalhadores acham que ainda pode ser melhorado.

Aos poucos, cada vez mais pessoas vão colaborar e, com certeza, a organização vai atingir as expectativas e necessidades dos seus colaboradores.

7. Investir em saúde mental para os funcionários

Para muitos esse assunto ainda é novidade, mas você sabia que, ao longo da vida, uma a cada dez pessoas precisará de cuidados de saúde mental? É isso o que apontam estudos da Organização Mundial da Saúde.

Investir em saúde mental como um benefício corporativo dentro da sua empresa pode ser uma das ações que mais contribuem para a qualidade de vida dos colaboradores. Isso porque, além da sua importância para quem enfrente alguma doença mental, a psicoterapia também é essencial para desenvolver habilidades de liderança e inteligência emocional e combater alguns males como insegurança e ansiedade.

Uma empresa que investe na saúde mental dos seus funcionários está investindo em si mesma, pois a partir do momento em que os trabalhadores estão em dia com suas questões emocionais, estão também mais felizes e produtivos, o que afeta positivamente o crescimento da empresa.

E não somos nós que estamos dizendo. Estudos já comprovam que funcionários mais felizes são mais produtivos. Uma pesquisa da Universidade da Califórnia revelou que um trabalhador feliz é, em média, 31% mais produtivo. Já um estudo da Bain & Company apontou que um funcionário engajado é 44% mais produtivo do que um funcionário apenas satisfeito. Podemos sempre ir além, não é mesmo?

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