Nós vivemos em tempos difíceis e turbulentos. Estamos face a face com desafios globais sem precedentes. Observamos mudanças climáticas e ecológicas, crises financeiras e econômicas. Vemos também fome e doenças infecciosas, depressão e ansiedade, relações tóxicas, terrorismo e guerras. É exatamente nesses momentos que mais precisamos da solidariedade.
Quando estamos instáveis e confusos, desacreditados do outro e do mundo. Essa é a hora para mostrar o melhor lado da natureza humana: o lado do amor e da compaixão. O lado que preza pelo bem comum acima do egoísmo, do individualismo e do autocentrismo. A vantagem dessa necessidade de mudança é que ser solidário com o outro não só faz bem para o outro. Também faz para você.
São muitos os relatos de que, após uma ação generosa, as pessoas sentem-se aliviadas. Sentem um bem-estar geral e a autoestima melhorada. Fazer o bem nos deixa contentes e mais satisfeitos com nós mesmos e com a vida.
Allan Luks, autor do livro The Healing Power of Doing Good: The Health and Spiritual Benefits of Helping Others (O poder curativo de fazer o bem: os benefícios espirituais e a saúde em ajudar os outros), entrevistou mais de 3.000 voluntários para entender o bem de ser solidário para a saúde física, mental e emocional.
O autor reuniu diversos estudos sobre os benefícios proporcionados pelo altruísmo do trabalho voluntário. Ele identificou uma clara relação de causa e efeito entre ajudar os outros e ter boa saúde. Essas pesquisas concluíram que os participantes tiveram um aumento da sensação de bem-estar após realizar ações filantrópicas. E, consequentemente, apresentaram uma redução em seus níveis de estresse e maior equilíbrio emocional.
A sensação de calor no peito, energia renovada e sentimento eufórico, seguida por uma calma profunda, foi descrita por inúmeras pessoas depois de uma ação generosa. Para além disso, o resultado mais curioso da pesquisa foi relato dos entrevistados de que, após iniciar trabalhos voluntários, tiveram uma melhora e até desaparecimento de problemas como insônia, úlceras, dores de cabeça e nas costas, depressão, gripes e resfriados.
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A teoria da “Sobrevivência do mais gentil”, formulada pelo professor Sam Bowles, do Instituto Santa Fé, nos Estados Unidos, propõe a ideia de que a gentileza foi um dos principais fatores que possibilitou a perpetuação da espécie humana. Segundo a teoria, grupos com muitas pessoas altruístas garantiam a sobrevivência da espécie graças à cooperação e contribuição para o bem-estar dos outros integrantes da sociedade.
Ou seja, precisamos uns dos outros para sobreviver e o melhor jeito de fazer isso é a partir da solidariedade, sem esperar algo em troca. O principal motivo da maioria das pessoas para não inserir práticas de solidariedade na rotina é a falta de tempo. No mundo agitado em que vivemos, parece impossível encaixar mais uma atividade no meio do trabalho, cuidar da família, dos filhos, projetos pessoais, amigos, vida social, entre outros.
Ainda que a gente saiba que não precisa de mais do que algumas horas do fim de semana para visitar um lar de crianças carentes e doar roupas, alimentos ou brinquedos, fazer uma visita ao asilo e compartilhar alguns momentos com quem precisa, dá tornar isso ainda mais possível procurando por ações solidárias dentro dos ambientes em que você já está inserido. No trabalho, na escola, no bairro, no condomínio: que tal se juntar a um grupo para fazer ações em comunidade? Seja para cuidar de uma horta comunitária ou para começar um processo de reciclagem. Em todo lugar existe um jeito de ser solidário.
O principal ponto para começar é encontrar uma causa que faça sentido para você, que você acredite e te impulsione a continuar. Você pode começar a adotar pequenas atitudes no cotidiano ou fazer trabalho voluntário para alguma instituição social. Até nas suas escolhas diárias, como os alimentos que você consome e os produtos que utiliza, já é possível estarem ligadas com um ato de solidariedade.
Alguns exemplos de atividade solidárias simples que podem ser incorporadas no seu cotidiano são:
Fazer o bem sem olhar a quem não precisa estar relacionado com uma religião ou filosofia. Ajudar uns aos outros é condição primária para a vida. Precisamos nos reconectar com esse sentimento de comunidade, de doação, de cuidado com todas as pessoas, não só com quem conhecemos.
E para isso basta começar. Depois dos primeiros atos solidários, já será notável o quanto agir pelo outro faz bem para nós, gera energia, melhora nossa saúde e impulsiona o movimento do bem pelo bem. Não podemos fazer tudo por todos, mas sempre podemos fazer algo por alguém no pedacinho de universo que temos acesso.
Por fim, vale a ressalva de que nesse processo de desenvolvimento pessoal, o auxílio de um profissional é muito bem vinda. Plataformas como a Vittude podem facilitar a busca por um psicólogo que atenda a requisitos específicos para atender a todos que precisem de acompanhamento. Acesse nosso site e confira você mesmo todas as oportunidades oferecidas!
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