Feedback é um ritual muito comum em qualquer instituição. É a partir dele que o líder vai engajar o seu pessoal e garantir que eles estão no caminho certo.
Entretanto, só de falar disso, gestores e funcionários têm pesadelos.
Esse processo se tornou algo tão intimidante a ponto de provocar medo tanto em quem fornece quanto quem recebe. O problema já começa aí: o ambiente emocional está tão negativo que o funcionário mal consegue ouvir as sugestões do gestor e apresentar suas próprias sugestões.
Não há como fugir dele, pois é um direito do funcionário saber os seus pontos positivos e negativos dentro de uma instituição. Mais do que isso: Eles devem ser ouvidos e também receber sugestões de como podem melhorar.
Quando o gestor tem as intenções éticas e o processo é feito da maneira certa, o desempenho do funcionário pode crescer surpreendentemente.
Descubra aqui dicas de coaching para fazer um bom feedback.
Antes de mais nada, devemos saber o que não é um feedback:
Geralmente, os gestores economizam ao máximo os seus comentários até que o funcionário cometa um erro e/ou venha pedir uma avaliação de seu desempenho.
Então, o gestor leva o seu funcionário ao escritório (que, nesse momento, parece mais uma câmara de gás) e fornece uma hora (ou mais) de “críticas construtivas”.
Infelizmente, essa é a tática mais usada, justamente porque os gestores costumam adiar esse momento até não ser mais possível.
Saiba que o feedback é muito mais do que um mero “sermão”.
Dar um feedback positivo nada mais é do que fazer um elogio. É o momento em que mostramos que o trabalho bem feito do funcionário foi reconhecido, ao mesmo tempo em que buscamos motivá-lo a se esforçar cada vez mais.
Infelizmente, poucos líderes têm tempo para expressar gratidão pela colaboração de seu funcionário. Curiosamente, tempo para criticar eles têm de sobra, não é mesmo?
Entretanto, toda oportunidade de dar ao funcionário um sentimento positivo e motivos para que ele vista a camisa da instituição é fundamental para que a empresa cresça.
Para a maioria das pessoas, o feedback é algo um apenas uma desculpa para receber ataques do gestor.
Porém, ele não é uma crítica sem fundamento, mas sim uma ferramenta de apoio, que ajuda o funcionário a saber lidar com o desempenho insuficiente de uma forma construtiva.
Em outras palavras, é fundamental para elevar o desempenho a um nível superior.
A psicologia explica que saber usar a linguagem de maneira correta é fundamental. Para exemplificar, analise as formas que um pai pode abordar o filho que não fez a tarefa:
São três formas de se falar a mesma coisa, não? Entretanto, a terceira forma chama o filho à responsabilidade. Para completar, o pai poderia ter dito “Posso te ajudar em alguma coisa? ” ou “Você está com dúvidas? ”.
Que o funcionário pode (e deve) melhorar a cada feedback que recebe, isso é óbvio. Por isso, vamos ver o que é esse processo para o gestor.
Para o gestor, perguntar para os seus funcionários: “O que você gosta e o que não gosta sobre a forma com que eu trabalho? ” é importante para saber se você está administrando a instituição de maneira correta.
Pode ser complicado, especialmente porque, como vimos, poucos enxergam o feedback de maneira positiva. Porém, saber escutar e refletir sobre o que foi dito é importante para se autoavaliar e pensar no que será feito daquele ponto em diante.
Agora que você entendeu o que é um feedback, precisa entender que há três tipos distintos e, consequentemente, devem ser usados para diferentes finalidades.
O foco desse tipo de feedback é no funcionário. É usado para acompanhar a rotina dele e também o seu desenvolvimento. Em outras palavras, é “educativo”.
O objetivo é que o funcionário pense sobre as suas atitudes e, assim, prepará-lo para tomar as ações necessárias, de acordo com o que é esperado dele.
É usado quando alguma coisa não aconteceu da maneira que deveria. Nesse caso, o foco está na demanda do gestor, já que ele apontará os erros cometidos e, em seguida, apresentará uma sugestão.
Sendo assim, o objetivo deste tipo de feedback é corrigir imediatamente a fim de que o desempenho do funcionário seja melhorado.
O gestor deve expor para o funcionário o que deve ser feito e o porquê.
O foco do último tipo está no comportamento adequado do funcionário. Por isso, ele reforça os comportamentos e atitudes que foram tomadas dentro do esperado, ou ainda quando ele supera as suas expectativas.
Nesse momento, o gestor deve mostrar que está sempre de olho em tudo, inclusive quando os seus funcionários têm uma atitude correta e/ou superam as expectativas.
Não reconhecer o bom desempenho do funcionário pode arrancar-lhe a motivação e, como resultado, o desempenho dele tende a cair.
Dar um feedback é uma habilidade e, como tal, segue o ditado “a prática leva à perfeição”. Para fornecê-lo de maneira eficiente, você deve se certificar de que está se comunicando da melhor maneira possível. Veja:
Em primeiro lugar, você deve garantir que não será interrompido ou ouvido. O seu funcionário deve se ter certeza de que não será humilhado.
Nunca perca de vista o motivo pelo qual você está realizando o feedback: melhorar uma situação ou ajudar o funcionário a melhorar o próprio desempenho.
Se você for ofensivo ou acabar dando críticas em excesso (o que acontece quando “acumulamos” as críticas), o funcionário pode se ofender ou ficar desmotivado.
Nunca discuta mais do que duas questões em um feedback, para que o funcionário não se sinta desmotivado ou até desmoralizado.
É melhor que você tenha reuniões periódicas para este fim do que acumular por meses e bombardear o funcionário com críticas.
Começar o feedback com algo positivo prepara o terreno, pois o funcionário fica mais à vontade. Além disso, é importante terminar a reunião com um elogio e demonstrar que você confia em seu funcionário e sabe que ele é capaz de melhorar.
Ir direto ao ponto e ser o mais específico possível, especialmente nos pontos que o seu funcionário pode melhorar é importante para que não haja dúvidas.
Sempre pergunte se o seu funcionário entendeu e, caso não tenha entendido, pergunte a ele o que precisa fazer para quem ele compreenda.
Ao dar sugestões, também é importante que você seja específico, para evitar ambiguidades que podem levar o seu funcionário a agir de uma maneira totalmente diferente. Por isso, sempre analise se você está sendo claro no que está pedindo.
A autoavaliação é muito importante, pois faz com que o funcionário abandone a sua postura defensiva e passiva e comece a pensar no que pode corrigir ou melhorar.
A maior regra para um feedback é “Critique em particular e elogie em público”. Criticar em público pode fazer com que o funcionário se sinta desmoralizado e, na pior das hipóteses, pode acabar em processo.
Já o elogio em público é muito bem-vindo, pois o funcionário elogiado se sentirá ainda mais motivado e os colegas, a fim de também terem algum destaque, se esforçarão ainda mais.
É importante dar um tempo ao seu funcionário, já que o feedback oferece a ele uma perspectiva que ele não tinha percebido antes. Em outras palavras, ele precisa absorver a sugestão antes de colocá-la em prática.
Como já foi dito, há várias formas diferentes de se dizer a mesma coisa.
Quando der um feedback negativo, por exemplo, é importante ater-se aos pontos que devem ser melhorados, além de conscientizar o funcionário de que ele é, sim, capaz de melhorar da próxima vez.
Em vez de fazer um comentário negativo, como “fiquei desapontado com a sua atitude“, procure agradecer por alguma coisa que o seu funcionário tenha feito, apontar alguma qualidade dele e, somente depois você deve mostrar que há pontos que podem ser melhorados.
O feedback é um ritual das empresas de qualquer tamanho. Incentivar os funcionários a fazer o melhor trabalho possível pode ser um complicado, mas é possível se você se mostrar aberto para ouvir e oferecer sugestões em vez de apenas falar sobre coisas negativas.
Feito de maneira correta, o feedback é essencial para o sucesso da instituição, pois é uma maneira de garantir que os seus funcionários caminhem na mesma direção que a sua empresa.
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