Bulimia ou bulimia nervosa é um transtorno alimentar. É caracterizada por episódios recorrentes de compulsão alimentar seguidos por comportamentos compensatórios como, por exemplo, a provocação de vômito.
Pessoas com bulimia, em geral, possuem uma visão bastante distorcida da sua aparência física. Preocupam-se excessivamente com o peso corporal, o que pode afetar diretamente a autoestima de acordo com a forma como se auto avaliam.
Este transtorno alimentar é grave e pode ser fatal. Afeta cerca de 2 milhões de brasileiros por ano. As pessoas com essa doença têm compulsão por comer. Elas tomam medidas para evitar o ganho de peso. Normalmente, isso significa vômitos (expurgo). No entanto, também pode incluir excesso de exercícios físicos ou jejum.
Os motivos para o desenvolvimento de bulimia nervosa diferirão de pessoa para pessoa. As causas conhecidas incluem predisposição genética e uma combinação de fatores ambientais, sociais e culturais.
A compulsão envolve duas características principais:
Os comportamentos compensatórios são usados como uma forma de tentar controlar o peso após os episódios de compulsão alimentar. Eles incluem:
Uma pessoa com bulimia nervosa pode se perder em um ciclo perigoso, comendo sem controle e tentando compensar. Isso pode levar a sentimentos de vergonha, culpa e desânimo. Esses comportamentos podem se tornar mais compulsivos e incontroláveis ao longo do tempo, e levar a uma obsessão com alimentos, pensamentos sobre como comer (ou não comer), perda de peso, dieta e imagem corporal.
Esses comportamentos são muitas vezes escondidos. Indivíduos costumam manter seus hábitos secretos de alimentação e exercícios. Como resultado, a bulimia pode muitas vezes não ser detectada por um longo período de tempo.
Muitas pessoas com bulimia experimentam oscilações de peso e não perdem peso. Elas podem permanecer na faixa de peso normal, estar ligeiramente abaixo do peso ou mesmo ganhar peso.
A conscientização sobre bulimia, seus sinais e sintomas de alerta podem fazer uma diferença acentuada no diagnóstico, tratamento e duração da doença. Procurar ajuda no primeiro sinal de alerta é muito mais eficaz do que esperar até que a doença esteja em pleno andamento. Se você ou alguém que você conhece está exibindo algum sintoma ou uma combinação dos sinais, é vital procurar ajuda e apoio o mais rápido possível.
Os sinais de alerta de bulimia nervosa podem ser físicos, psicológicos e comportamentais. É possível que alguém com bulimia exiba uma combinação desses sintomas.
Os riscos associados à bulimia são graves. Trata-se de um transtorno alimentar que pode levar à morte. Pessoas com bulimia podem experimentar:
Ao considerar as abordagens de tratamento para um transtorno alimentar, é importante entender que diferentes pessoas respondem a diferentes tipos de tratamento, mesmo que estejam com o mesmo transtorno alimentar.
Em geral, uma pessoa com transtorno alimentar precisará de uma combinação de tratamentos como parte de um programa de recuperação. Alguns tratamentos são mais adequados a distúrbios alimentares específicos do que outros e uma abordagem multidisciplinar ao tratamento é muitas vezes a melhor maneira de tratar a bulimia.
Terapias a serem consideradas para o tratamento de bulimia incluem:
Os antidepressivos (em especial os inibidores seletivos da recaptação de serotonina, sigla em inglês ISRS) também podem ser prescritos para alguém que sofre de bulimia. As principais drogas que fazem parte desta classe são: paroxetina, sertralina, escitalopram, citalopram e fluoxetina.
Todavia, apesar do uso de medicamentos poder ser uma ótimo opção, o ideal é que esse tratamento seja combinado com o acompanhamento psicológico. Pesquisas comprovam que a combinação de ambos é o que gera maior resultado. A psicoterapia garante um cuidado geral e contínuo para o paciente.
A orientação nutricional deve ser realizada por um nutricionista, médico endocrinologista ou um nutrólogo. A reeducação alimentar e acompanhamento por um profissional de saúde especializado em nutrição é fundamental para garantir que a pessoa com o transtorno alimentar esteja recebendo o nível certo de vitaminas e minerais ao longo do processo de tratamento. O nutricionista acompanhará o paciente e o ajudará a desenvolver hábitos e comportamentos alimentares normais e benéficos para sua saúde.
As abordagens baseadas em medicamentos são muitas vezes vitais quando alguém com transtorno alimentar também possui outro tipo de transtorno ou doença, como depressão, ansiedade, insônia ou psicose. Isso é conhecido como um transtorno comórbido.
Os medicamentos podem ser prescritos por psiquiatras, clínico geral ou um gastroenterologista. Em casos de bulimia, a medicação deve ser utilizada em conjunto com os tratamentos multidisciplinares, com psicólogos e nutricionistas.
Sim. É possível recuperar da bulimia nervosa. Mesmo que o paciente tenha vivido com a doença há muitos anos. O caminho para a recuperação pode ser muito desafiador. As pessoas com bulimia podem ficar imersas em um círculo vicioso de comportamentos de alimentação e exercício que podem afetar sua capacidade de pensar com clareza e tomar decisões. No entanto, com a equipe certa e um alto nível de compromisso pessoal, a recuperação é um objetivo totalmente alcançável.
Tratamentos para bulimia estão disponíveis. Procure ajuda de um profissional com conhecimento especializado em transtornos alimentares.
Se você suspeita que você ou alguém que você conhece tenha bulimia nervosa, é importante procurar ajuda imediatamente. Quanto mais cedo você procurar ajuda especializada, mais perto estará da recuperação. Embora seu médico de família não seja especialista em transtornos alimentares, ele pode ser uma boa opção para uma primeira consulta. Um médico de confiança pode fornecer referências de profissionais com conhecimentos especializados em saúde, nutrição e distúrbios alimentares.
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Fonte:
National Eating Disorder Collaboration
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