Paroxetina ou cloridrato de paroxetina é um fármaco antidepressivo pertencente a classe de medicamentos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS).
Confira nesse artigo como age o cloridrato de paroxetina, suas indicações, contraindicações, quanto tempo dura o seu efeito e outras informações importantes sobre o uso deste medicamento.
Os medicamentos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), agem no cérebro aumentando a disponibilidade do neurotransmissor serotonina no cérebro e no corpo.
A serotonina é responsável pela regulação do humor e sensação de bem-estar. Desta forma, com os níveis de serotonina elevados, o paciente obtém melhora nos sintomas da depressão.
Paroxetina é indicado para adultos que apresentem sintomas de depressão e transtornos de ansiedade.
Todos os tipos de depressão, incluindo depressão reativa e grave e depressão acompanhada por ansiedade.
Transtorno obsessivo compulsivo (TOC): Tratamento dos sintomas e prevenção de recorrência.
Transtorno do pânico com ou sem agorafobia (medo de lugares e situações que possam causar pânico ou constrangimento). A paroxetina é usada no tratamento dos sintomas e prevenção de recorrência.
Transtorno de ansiedade social (fobia social).
Transtorno de estresse pós-traumático.
Transtorno de ansiedade generalizada (TAG).
O medicamento cloridrato de paroxetina não é indicado para crianças e adolescentes menores de 18 anos. Foram realizados estudos clínicos onde constatou-se que o medicamento não beneficiou o tratamento da depressão na população dessa faixa etária.
Em crianças e adolescentes, observou-se maior frequência de pensamentos e comportamento suicidas, seguidos de alterações de humor, como hostilidade, agressividade e raiva.
Em crianças menores de 7 anos não foram realizados estudos clínicos, portanto não existem evidências e comprovações de sua eficácia e segurança.
O cloridrato de paroxetina não pode ser utilizado por pacientes que anteriormente tenham sido tratados com o medicamento e apresentaram hipersensibilidade. O medicamento também não pode ser utilizado por pacientes que apresentem hipersensibilidade aos componentes da fórmula.
O medicamento paroxetina não pode ser utilizado concomitantemente com antidepressivos inibidores de monoamidoxidase (IMAO). Paroxetina também não pode ser utilizado por pacientes que, nos últimos 14 dias, fizeram uso de antidepressivos do tipo IMAO.
Em caso de substituição de paroxetina para antidepressivos do tipo IMAO, o cloridrato de paroxetina deve ser descontinuado, no mínimo, 7 dias antes.
O médico deve ser informado se a paciente estiver grávida ou pretende engravidar durante o tratamento. O uso de cloridrato de paroxetina só é recomendado quando os benefícios com o tratamento forem maiores do que os riscos que o uso do fármaco pode causar à paciente e ao feto.
O uso de medicamentos antidepressivos nos primeiros três meses de gestação evidencia o aumento do risco de malformações congênitas, principalmente malformação cardiovascular.
No caso do uso de paroxetina nos últimos meses de gestação, o bebê deve ser acompanhado e monitorado, podendo incluir necessidade de suporte respiratório e nutrição parenteral.
No leite materno, uma pequena quantidade de cloridrato de paroxetina foi detectada, não sendo observados efeitos imediatos nos bebês. Porém, não foram realizados estudos sobre a exposição a longo prazo de cloridrato de paroxetina nessas crianças. Portanto, não é recomendado que lactantes utilizem o medicamento, ou recomenda-se a interrupção da amamentação e substituição por fórmulas para nutrição de bebês.
>>> Leia também: Amitriptilina: conheça os efeitos deste antidepressivo
Durante o tratamento com antidepressivos é comum, principalmente em adultos jovens, a frequência de pensamentos suicidas. Isso ocorre principalmente no estágio inicial da recuperação até uma remissão significativa dos sintomas da depressão ou transtorno de ansiedade para qual o medicamento foi prescrito.
Os pacientes que já apresentavam pensamentos e comportamento suicidas antes de iniciar o tratamento podem ter esse quadro agravado. É importante que o paciente, familiares e cuidadores monitorem a incidência desses pensamentos e informem ao médico, que deve realizar ajustes na dosagem ou até mesmo descontinuar o tratamento.
Também devem ser observados o surgimento ou agravamento de episódios de bipolaridade, inquietude, agitação psicomotora e incapacidade do paciente permanecer na mesma posição.
Como qualquer antidepressivo, o cloridrato de paroxetina pode causar reações adversas. A maioria dessas reações aparecem logo no início do tratamento e diminuem sua intensidade e frequência após alguns dias.
As possíveis reações adversas do uso de cloridrato de paroxetina são:
Durante o tratamento com paroxetina, não é recomendado que o paciente dirija veículos ou opere máquinas, pois sua habilidade e atenção podem ser prejudicadas.
É recomendado que o medicamento seja administrado em dose única diária pela manhã, com alimentação. Os comprimidos devem ser engolidos inteiros e, de preferência, com um copo de água. Não mastigue, não triture e não parta os comprimidos.
A dose recomendada é de 20mg ao dia. De acordo com a resposta do paciente, a dose pode ser aumentada gradativamente, com acréscimos de 10mg, até atingir a dose máxima de 50mg ao dia.
O tratamento deve ser iniciado com 20mg ao dia, aumentando-se semanalmente com acréscimos de 10mg, até atingir a dose de 40mg ao dia. Alguns pacientes podem se beneficiar com o aumento da dosagem até 60mg ao dia.
O tratamento deve ser iniciado com 10mg ao dia, aumentando-se semanalmente, com acréscimos de 10mg, até a dose recomendada de 40mg ao dia. Alguns pacientes se beneficiam com o aumento da dosagem até 50mg ao dia. Recomenda-se iniciar com uma dosagem baixa pois no início do tratamento pode ocorrer uma piora nos sintomas da síndrome do pânico.
A dose recomendada é de 20mg ao dia. Dependendo da resposta do paciente, pode-se aumentar a dose conforme necessário, até a dose máxima de 50mg ao dia.
A dose recomendada é de 20mg ao dia. Alguns pacientes não respondem a essa dosagem, sendo necessário aumentar semanalmente, com acréscimos de 10mg, até a dosagem máxima de 50mg ao dia.
A dose recomendada é de 20mg ao dia. Alguns pacientes não respondem a essa dosagem, sendo necessários aumentos de 10mg, até chegar a dosagem máxima de 50mg ao dia, de acordo com sua resposta.
O tratamento com paroxetina não deve ser interrompido abruptamente. O médico deve orientar a diminuição lentamente da dose, até sua parada por completo.
Em geral, recomenda-se a diminuição gradativa de 10mg por semana, até atingir a dose de 20mg ao dia, mantendo essa posologia por uma semana antes da descontinuação do tratamento.
Reações adversas podem ocorrer com a interrupção do tratamento:
Geralmente, esses sintomas ocorrem de forma leve a moderada. Existem raros relatos de ocorrerem no caso de esquecimento de uma dose. De modo geral, esses sintomas desaparecem após duas semanas da descontinuação do tratamento.
Existe uma ampla margem de segurança para superdosagem de paroxetina, de 2.000mg. Houve relatos de pacientes que tomaram essa dose isoladamente, junto com outros medicamentos e até mesmo com álcool.
Em caso de superdosagem, podem ser observados, além das reações adversas listadas em “efeitos colaterais”, os seguintes sintomas: febre, alterações da pressão arterial, contrações musculares involuntárias, ansiedade e taquicardia.
Geralmente, a melhora nos sintomas da depressão e transtornos de ansiedade ocorrem após 7 a 14 dias do início do tratamento. Os pacientes devem manter o tratamento por período suficiente até a remissão dos sintomas.
Sua eficácia é mantida em tratamentos prolongados, por no mínimo um ano.
Além da medicação é sempre importante recorrer à psicologia. Trata-se de uma atitude positiva. Representa a busca por um relacionamento mais satisfatório e lúcido, com a própria existência.
Aceitar que precisamos de novos recursos para solucionar problemas insistentes é o primeiro passo para a conquista de uma perspectiva libertadora.
Um psicólogo é profissional que pode nos ajudar a interromper uma condição dolorosa. Ao avaliar nossos relatos, ele nota como o olhar se constrói de dentro para fora. Percebe onde nossas impressões prévias elaboram nossos relacionamentos com o mundo, nosso processo de atribuição de sentidos — que não são únicos e exatos.
Precisa de apoio psicológico? Use nossa ferramenta de agendamento e encontre o psicólogo ideal em qualquer hora e lugar.
Gostou do artigo? Assine a nossa newsletter e receba, em seu e-mail, notificações e informações sobre novas publicações do site!
Você também pode se interessar:
Aprender como lidar com a tristeza é fundamental para construir uma vida mais saudável e…
Entenda o que é a motivação e quais fatores internos e externos influenciam essa força…
Os exercícios de mindfulness são uma ótima estratégia para encontrar um pouco de paz, silêncio…
Entenda como saúde mental e qualidade de se relacionam e confira hábitos que você deve…
Entenda quais são os efeitos colaterais que podem ser causados por medicamentos psiquiátricos e tire…
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem a maior prevalência…