Distúrbios alimentares podem ser originados de hábitos alimentares que causam danos à saúde como a redução extrema ou consumo em excesso de alimentos.
Os distúrbios alimentares são comuns na adolescência e no começo da adulta. Eles estão relacionados a uma série de consequências psicológicas, como ansiedade e pressões sociais para o chamado ‘corpo perfeito’.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Americana de Psiquiatria, um por cento da população mundial – cerca de 70 milhões de pessoas – sofrem com transtornos alimentares.
Embora esses distúrbios sejam mais frequentes com pessoas do sexo feminino, com faixa etária entre 12 e 25 anos, no Reino Unido, um estudo feito pelo Serviço Nacional de Saúde (NHS – sigla em inglês) mostrou um aumento de 67% em homens entre 26 e 40 anos. Os especialistas que realizaram o estudo concluíram que uma parte considerável desses transtornos alimentares está ligada às redes sociais.
Transtorno alimentar é um tema que merece uma atenção especial, por isso separamos os tipos, causas, sintomas e como cada distúrbio pode ser tratado.
Pessoas com depressão, ansiedade e transtorno obsessivo-compulsivo estão propensas a um distúrbio alimentar.
Tudo isso está ligado às seguintes condições: saúde psicológica, sociocultural, biológica e genética.
Pacientes diagnosticados com anorexia nervosa se autoavaliam com excesso de peso – ainda que estejam abaixo do peso ideal. Exercício físicos exagerados, uso indevido de laxantes, diuréticos, entre outros, fazem parte da rotina do portador de anorexia nervosa.
O primeiro passo é hidratar organismo. A Assistência de um bom psicólogo, um nutricionista e terapias, além de medicamentos, faz parte das indicações de tratamentos para a anorexia nervosa. A participação e apoio da família é fundamental para um bom resultado.
Pessoas diagnosticadas com bulimia nervosa comem em grande quantidade. Vômitos forçados, uso de laxantes e diuréticos, jejum e exercícios físicos excessivos, está na rotina de quem é portador desse transtorno alimentar. Esses comportamentos podem ocorrer em qualquer lugar e em várias vezes na semana e ao dia.
O que diferencia a bulimia da anorexia nervosa é que uma boa parte dos pacientes conseguem preservar o peso que é considerado saudável pelo Índice de Massa Corporal (IMC).
Sentimentos de vergonha e desprazer está no comportamento do bulímico, por isso a execução das práticos costumam ocorrer em segredo.
A participação da família também é indispensável. O paciente precisa sentir que não está sozinho e que sua família não sente vergonha da situação e quer ajudá-lo a sair dessa vitorioso. Os especialistas indicados são clínicos, psicólogos, psiquiatras e nutricionistas, além de terapias individuais de grupo ou com a família. A terapia cognitivo comportamental costuma ser muito recomendada.
A compulsão é dos distúrbios alimentares mais comuns. Pode ser visto em pessoas que perdem o controle sobre o consumo de alimentos. Ao contrário da bulimia e anorexia nervosa, as pessoas com transtorno compulsivo, após os períodos de compulsão alimentar, não seguem comportamentos compensatórios (como exercício físico excessivo ou jejum).
É comum os pacientes geralmente terem sobrepeso ou obesidade. O fator preocupante é que eles são as pessoas com maiores riscos de desencadear doenças cardiovasculares e pressão arterial elevada.
*Culpa, vergonha e angústia em frente à situação, são sentimentos que podem levar à uma compulsão excessiva.
Para um tratamento com bons resultados também é o diagnóstico precoce. Um clínico, psicólogo e nutricionista são um dos especialistas indicados como recursos terapêuticos; e assim como os demais, a interação da familiar é primordial.
Além da anorexia nervosa, bulimia e a compulsão alimentar, existem outros distúrbios alimentares menos conhecidos. Listamos abaixo cada transtorno, seus sintomas e tratamento.
A hipergafia deriva de um transtorno mental, onde o paciente sofre de problemas traumáticos que enfrentou em algum momento da vida. Entre eles estão: perda de uma pessoa querida ou até de bens materiais e acidentes.
A hipergafia tem cura. A assistência de profissionais como clínicos, psicólogos e nutricionista e uso de medicamentos, ajudam no tratamento desse transtorno, além da intervenção familiar.
Está relacionada com a obsessão por alimentos saudáveis e nutritivos de forma exagerada. Ou seja, a pessoa diagnosticada com ortorexia excluiu uma grande quantidade de alimentos com químicas, agrotóxico ou aditivos.
A parte preocupante nisso é que o paciente fica preso nesse cenário. Na maioria dos casos a insatisfação com o corpo o leva a compulsão pelos alimentos saudáveis.
Por não ser muito conhecida, pessoas podem ser portadoras da ortorexia sem saber. Se você tem alguns dos sintomas abaixo, consulte um especialista.
Embora parece inofensiva, a ortorexia precisa ser tratada. Orientação médica, psicológica e de um nutrição são indicados no tratamento.
A pessoa que com alotriofagia ou Síndrome de Pica – como é conhecida – consome substâncias não nutritivas (como tijolo, batom, carvão, entre outras). O desejo por esses elementos é classificado como ‘transtorno mental’. Comum em grávidas e crianças.
Acompanhamento com um clínico, psicólogo e nutricionista ajudará o paciente com esse tipo de transtorno.
O paciente com TCAP consome alimentos em grande quantidades em um período de tempo demarcado – mais comum, a cada duas horas.
Estima-se que entre 27 e 47% das pessoas que fazem cirurgia bariátrica tenham esse transtorno.
O que o diferencia da bulimia nervosa é a não utilização dos métodos compensatórios – laxantes, vômitos e diuréticos.
Uso de medicamentos – entre eles o antidepressivo – terapia cognitivo-comportamental, acompanhamento de um psicólogo e um nutricionista são indicados para o tratamento da TCAP. A psicoterapia é um caminho muito importante para que o paciente aprenda a entender os gatilhos que levam ao comer compulsivo.
A vigorexia é um transtorno de ansiedade que faz com que o paciente tenha uma distorção de sua imagem. Comum com pessoas do sexo masculino, a vigorexia também é conhecida pelos exercícios físicos intensos.
O que a diferencia da anorexia nervosa é que o paciente costuma se enxergar mais fraco do que realmente está, por isso a compulsão pelo aumento de massa.
Avaliação médica, psicológica, nutricional, uso de medicamentos para controlar a ansiedade, além de tratamentos terapêuticos envolvendo a família e amigos, fazem parte do tratamento.
Os distúrbios alimentares têm cura, mas se não tratados podem levar o paciente a óbito. Por isso é importante manter um cuidado especial e na medida certa – com você, com seus amigos, família e pessoas próximas.
O MÍNIMO PARA VIVER (TO THE BONE)
Gênero: Drama | Comédia
Conta a história de uma jovem com anorexia, que relutava com os tratamentos oferecidos, até um dia conhecer um médico que utiliza um método não convencional para ajudar pessoas com distúrbios alimentares.
CORPO PERFEITO
Gênero: Drama
Uma ginasta que sonha em participar das Olimpíadas recebe uma chance de trabalhar com um dos melhores técnicos do Estados Unidos. Ao ser zombada pelo líder por conta do seu tipo físico, a partir daí a ginasta adere o caminho da bulimia – “comer de tudo sem ganhar peso”.
ANOREXIA – A ILUSÃO DA BELEZA
Gênero: Drama
A jovem dançarina Hannah conhece um site chamado Thinspiration, que apoia a magreza excessiva entre meninas. A partir daí ela para de comer e adere aos exercícios físicos exagerados. Ao perceber a nova rotina da menina, a família procura ajuda.
Se você se identificou com alguns dos distúrbios alimentares citados acima, procure ajuda. O primeiro grande passo para a cura é reconhecer a necessidade de um tratamento. Um psicólogo pode ajudá-lo a compreender os gatilhos que levam à distorção de imagem e a dificuldade de manter uma dieta equilibrada e saudável.
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Você sabe o que é bulimia?
* Atualizado em 13/12/2019
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