Sertralina: descubra pontos de atenção que você precisa ter
1 de agosto de 2019
Tempo de leitura: 11 minutosSertralina é um medicamento utilizado no tratamento da depressão, ataques de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de estresse pós-traumático, transtorno de ansiedade social (fobia social) e uma forma grave de síndrome pré-menstrual (transtorno disfórico pré-menstrual).
Contudo, como todo medicamento, é importante conhecer todos os efeitos colaterais, precauções e a maneira exata de tomar para evitar danos ao organismo.
O que é Sertralina e para que serve?
A sertralina é um tipo de antidepressivo conhecido como inibidor seletivo da recaptação da serotonina (ISRS).
Ao contrário de muitos antidepressivos mais antigos, este medicamento não apresenta tantos efeitos colaterais negativos. Por isso, muitas pessoas se recuperam da depressão com ele.
Como a Sertralina é vendida?
Os comprimidos de sertralina são vendidos mediante receita médica.
É excelente contar com remédios que facilitem o dia a dia de pessoas que sofrem de ansiedade, depressão etc. Porém, é preciso entender que há uma grande diferença entre “estar deprimido” ou “ser depressivo”.
Motivos da popularidade da Sertralina
Como já foi dito, o motivo pelo qual a sertralina é tão popular é o fato de que os efeitos colaterais são bem menores do que os outros antidepressivos vendidos pela indústria farmacêutica.
Além disso, devemos destacar que estatísticas recentes apontam que o Brasil é o segundo país com maior nível de estresse no mundo, perdendo apenas para o Japão.
Como o Brasil está em crise, a economia instável causa grandes problemas à saúde mental da população, pois a maioria das pessoas termina um dia de trabalho sem saber se estará empregado no dia seguinte. Ademais, o trânsito caótico, a ameaça de violência e a “obrigação” de estar bem fazem com que cada vez mais pessoas busquem antidepressivos.
Ao contrário de muitos antidepressivos como o famoso Rivotril, a sertralina não causa dependência química, no entanto, o paciente deve ficar atento à dependência psicológica.
O medicamento pode ser usado por grávidas e lactantes, contanto que o médico seja devidamente avisado. A vantagem desse antidepressivo sobre outros é que a dose que é passada para o bebê por meio do cordão umbilical e do leite materno é muito pequena e, por conta disso, não oferece riscos.
>> Leia também: Amitriptilina: conheça os efeitos deste antidepressivo
Quais são os efeitos da Sertralina?
A sertralina ajuda a restaurar o equilíbrio da serotonina – conhecida como o hormônio da felicidade – no cérebro.
Graças a isso, pacientes que fizeram uso do medicamento apresentaram:
- Melhora no seu humor;
- Melhora na qualidade de sono;
- Aumento de apetite;
- Mais energia;
- Recuperaram o interesse pela vida;
Além disso, apresentaram redução nos seguintes sintomas:
- Medo;
- Ansiedade;
- Pensamentos ruins;
- Crises de pânico;
- Compulsões – atitudes repetitivas – que interferiam em sua rotina.
Sertralina vs. Terapia
Diversos estudos apontam para um sucesso maior do tratamento quando ocorre a combinação de sessões de psicoterapia e administração de medicamentos.
Os resultados de uma pesquisa americana reforçam que a melhor forma de combater a depressão é aliar antidepressivos com sessões de terapia cognitiva comportamental, em comparação com tratamentos baseados unicamente em medicamentos. Segundo o estudo, o método combinado é até 30% mais eficaz do que o uso isolado do remédio.
O estudo, que avaliou 452 adultos com depressão, mostrou que os participantes que, durante o tratamento, utilizaram medicação combinada com a terapia se saíram melhor. Ou seja, recuperaram-se mais rapidamente e foram menos propensos a abandonar o tratamento ou a sofrer uma recaída após o fim da terapia.
De acordo com o psiquiatra Steven Hollon, os antidepressivos atuam em uma determinada parte do cérebro, regulando a atividade da região onde as emoções são geradas.
Contudo, já a terapia cognitiva trabalha a outra parte do cérebro, o córtex pré-frontal, aumentando o controle que um paciente tem sobre suas emoções. Por essa razão, o sucesso do tratamento é tão maior quando ocorre a combinação da psicoterapia com a intervenção medicamentosa.
Portanto, se você recebeu a indicação de uso da sertralina e ainda não faz terapia, recomendamos que você procure um psicólogo! Essa é uma decisão que terá um impacto grande no combate da depressão e também de outros transtornos como a ansiedade.
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Efeitos colaterais: quais são os sintomas que a Sertralina causa?
Como todos os medicamentos, o Cloridrato de Sertralina pode causar efeitos colaterais em algumas pessoas, porém, a maioria não apresenta nenhum ou eles se limitam aos efeitos secundários.
À medida em que o corpo se acostuma com o medicamento, os efeitos vão passando. Avise o médico caso os seguintes efeitos colaterais persistirem ou incomodarem:
- Sentir-se doente;
- Dor de cabeça;
- Insônia;
- Sonolência;
- Diarreia;
- Boca seca;
- Tontura;
- Sensação de cansaço ou fraqueza;
Efeitos colaterais graves
Os efeitos colaterais graves são raros, afetando 1 em cada 100 pessoas. Caso sinta alguns destes sintomas, vá ao médico imediatamente:
- Dor, pressão no peito, ou falta de ar;
- Tontura forte ou desmaio;
- Ereções dolorosas com mais de 4 horas de duração, mesmo que não esteja fazendo sexo;
- Sangramentos que demoram mais do que 10 minutos para passar;
- Falta de memória;
- Dificuldade de concentração;
- Fraqueza;
- Convulsões;
- Perda de equilíbrio;
- Pensamento autodestrutivo;
- Pele amarela;
- Vomitar sangue ou vômito escuro;
- Tossir sangue;
- Sangramento na gengiva;
- Hematomas que aparecem sem motivo.
Confira uma lista de efeitos colaterais considerados muito frequentes ou frequentes:
Muito frequentes (10% ou mais):
- Nervoso: cefaleia, sonolência e tonturas;
- Gastrointestinal: náuseas, diarreia, fezes moles e boca seca;
- Reprodutor: Falha na ejaculação;
Frequentes (1% a 10%):
- No sistema nervoso: convulsões, distúrbios da atenção, comprometimento da concentração, enxaqueca, tremores;
- No sistema cardiovascular: dor no peito, afrontamentos (calor no rosto e no pescoço), palpitações;
- Outros efeitos colaterais: Fadiga;
- Sistema gastrointestinal: dor abdominal, prisão de ventre, dispepsia (dor na parte superior do abdome), gases, vómitos;
- No metabolismo: Anorexia, mudanças no apetite (tanto para mais quanto para menos), aumento ou diminuição do peso;
- Sistema reprodutor: Distúrbios na ejaculação, disfunção erétil, irregularidades menstruais;
- Na pele: Acne, erupções cutâneas, aumento da oleosidade da pele;
- No músculo: Artralgia, mialgia;
- Na visão: Alterações na visão, comprometimento da visão;
- Outros efeitos colaterais: febre, mal-estar, zumbido;
Sertralina vs. Pensamentos suicidas
De toda forma, um efeito colateral da sertralina que merece atenção é a possibilidade de o paciente ter pensamentos suicidas, vontade de se machucar etc.
Estudos clínicos feitos com pacientes entre 6 e 17 anos de idade relatam que 9% deles interromperam o tratamento pelo aparecimento de ideias suicidas.
No entanto, adultos jovens – idade entre 18 e 24 anos – começaram a apresentar comportamento suicida depois de iniciarem o tratamento.
Precauções
Há algumas precauções que podem ser tomadas para diminuir consideravelmente os efeitos colaterais secundários:
- Tomar sertralina com a refeição ou após ela pode diminuir o mal-estar;
- Descansar e aumentar a ingestão de líquidos diminui as dores de cabeça. Evite beber álcool e pergunte ao farmacêutico se ele pode recomendar algum analgésico;
- Tomar o medicamento logo pela manhã reduz o risco de ter insônia;
- Se, pelo contrário, você se sente sonolento, tome o medicamento logo de manhã;
- Beba muita água para não ficar desidratado por conta da diarreia;
- Caso se sinta tonto após tomar sertralina, pare o que estiver fazendo e deite-se;
- Caso sinta fraqueza, pare o que estiver fazendo e deite-se. Evite consumir bebidas alcoólicas, pois pode agravar este sintoma.
Como consumir a sertralina
A sertralina pode ser tomada por crianças a partir de 6 anos de idade que apresentam transtorno obsessivo compulsivo.
Consulte o seu médico antes de iniciar o tratamento caso você:
- Tenha tido alguma reação alérgica aos componentes;
- Tenha problemas cardíacos;
- Já tenha feito tratamento com algum antidepressivo;
- Esteja tentando engravidar, já está grávida ou está amamentando;
- Tem glaucoma, pois a sertralina pode aumentar a pressão no olho;
- Tenha epilepsia;
- Tenha diabetes.
Lembrando que, quem tem histórico de algum problema de saúde, como glaucoma e diabetes, também é importante informar ao médico antes de iniciar o tratamento.
Contudo, o medicamento deve ser tomado uma vez por dia, com o sem o acompanhamento de algum alimento.
O paciente pode escolher o melhor momento para tomar o medicamento, mas é importante que, nos próximos dias, continue a tomar nos mesmos horários.
Em adultos, a dose habitual de sertralina é de 50 mg por dia, mas pode aumentar gradativamente. A dose máxima é de 200 mg.
Já em crianças com idade entre 6 e 12 anos de idade, a dose inicial é de 25 mg por dia, mas pode ser aumentada para 50 mg por dia após uma semana.
Em adolescentes com idade entre 13 e 17 anos de idade, a dose habitual é de 50 mg por dia.
Se necessário, é possível aumentar a dose em pessoas de 6 até 12 anos de idade para a dose máxima do medicamento.
Quanto tempo leva para a sertralina fazer efeito?
Os primeiros efeitos demoram cerca de 15 a 20 dias para aparecer. Contudo, os efeitos colaterais podem aparecer antes disso.
Para aproveitar os benefícios terapêuticos, pode ser necessário ajustar a dosagem do medicamento. Por conta disso, é importante fazer o tratamento com o acompanhamento de um psicólogo ou de um médico psiquiatra.
Qual é a vida útil da Sertralina?
Quando armazenado em condições adequadas (em temperatura ambiente – entre 15°C e 30°C – e protegido da luz, do calor e da umidade), a vida útil do remédio é de 24 meses, a partir da data de fabricação.
Contraindicações e advertências
A sertralina não deve ser usada por pessoas que apresentem hipersensibilidade a quaisquer componentes de sua fórmula. Ou seja, não deve ser combinada com inibidores da monoaminoxidase (IMAO) ou com pimozida.
Decerto, é importante para você e seu bebê que você fique bem durante a gravidez.
Avise o médico se engravidar durante o tratamento. Entretanto, não suspenda o uso da medicação a não ser que o médico mande.
O risco que a sertralina pode causar ao feto é quase nulo. Por outro lado, não tratar a depressão durante a gravidez pode ocasionar em problemas muito maiores.
Entre os antidepressivos permitidos para lactantes, a sertralina costuma ser a favorita entre os médicos. Isso acontece porque o medicamento passa para o leite materno em pequenas quantidades e, portanto, o bebê não corre nenhum risco. Por conta disso, é importante continuar o tratamento para se sentir bem.
Por outro lado, se você notar que o seu bebê não está se alimentando normalmente, ou está com mais sono do que o normal, entre em contato com o seu médico.
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